Memorias Falsas

A memória é a capacidade do ser humano em conservar e relembrar mentalmente

conhecimentos, vivências, sensações e pensamentos experimentados em tempo anterior. É,

também, ativadora da imaginação, problematização, reinvenção, nas quais atuam sobre o que

é recordado pelo indivíduo. Contribuindo assim, para que aconteçam composições, lacunas,

distorções, ampliações, reduções dos conteúdos o que sem dúvida, afeta a veracidade do fato

ocorrido. A facilidade com que ele acessa esse arquivo é vital para interpretar o que está à sua

volta e tomar decisões. As nossas memórias acerca de pessoas, lugares e eventos definem

quem nós somos. Aristóteles

Esta é realmente formada por um grupo de sistemas em que cada um tem um papel

diferente na criação, no armazenamento e na lembrança dessas memórias. Quando o cérebro

processa as informações normalmente, todos esses sistemas diferentes trabalham

perfeitamente para fornecer um pensamento em comum.

O processo mnemônico é o conjunto de técnicas usadas na memorização, é dividido,

portando, em três momentos: aquisição, retenção e recordação. A aquisição representa a

aprendizagem, quando chega informação antiga, gera lembrança, e quando chega informação

nova, gera mudança, aprendizado. Na retenção a informação é menos completa e exata, pois

ocorre um esquecimento normal após o fato. A recordação é uma fase onde é produzida a

recuperação das informações armazenada na memória através da lembrança. Para se recordar,

algumas pessoas vivencia novamente o local dos acontecimentos, outras têm a memória

estimulada por vários sentidos, uma forma de contribuir na reconstituição dos fatos.

para

que muitas pessoas não se recordem de detalhes importantes de eventos ocorridos com elas ou

com outras pessoas, quando chamadas a testemunhar. Os mecanismos psíquicos protegem a

mente, embora possam ser um obstáculo para identificar a verdade dos acontecimentos.

De fato, o importante fenômeno relativo á função da memória, vem sendo muito explorada

principalmente, na ajuda de soluções jurídicas e psicológicas que envolve a obtenção de

testemunhos que por sua vez , pode vir prestar falsas declarações ocorrendo assim A

Síndrome de Falsas Memórias.

A síndrome de falsas memórias traz em si a conotação das memórias fabricadas ou

forjadas, no todo ou em parte, na qual ocorrem relatos de fatos inverídicos, supostamente

esquecidos por muito tempo e posteriormente relembrados. Podem ser implantadas por

sugestão e consideradas verdadeiras e, dessa forma, influenciar o comportamento.

Estas memórias falsas devem ser distinguidas das memórias recobradas, isto é, são

recordações de fatos do passado, tais como violência sexual, que foram reprimidas. Aquelas

que realmente permanecem esquecidas por algum tempo, mas, posteriormente, vêm á tona.

Na Síndrome das Falsas Memórias, o evento não acontece realmente, mas a pessoa reage

como se efetivamente tivesse acontecido, pois passa a ser realmente vivido como real e

verdadeiro. A grande dificuldade, é que não se tem a certeza sobre diferenciar entre falsas ou

verdadeiras recordações. Uma vez que, nas falsas declarações ocorre a interferência de fatores

internos onde a mentira é deliberada pelo consciente, e fatores externos com a presença do

inconsciente criando assim o fato inexistente e existente.

É importante, distinguir o aspecto de Síndrome de Falsas Memórias e a Síndrome de

Alienação Parental, são dois distintos bem diferentes, onde ocorre uma confusão

entre o significado de ambas as partes, sendo que eles nem são utilizados como

sinônimos.A Síndrome da Alienação Parental é o distúrbio de afeto, que ocorre

durante uma separação conjugal, onde muitas vezes são implantadas falsas

memórias por parte o genitor alienado. É um procedimento usado pelo genitor que

detêm a guarda da criança, no qual faz crer uma situação que não existiu realmente,

forjado a acreditar que sofreu abuso sexual, onde através desse fato relatado o

genitor busca denegrir a imagem do outro. A idade da criança