TDAH
Seminário: TDAH. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: buarque • 9/6/2013 • Seminário • 3.118 Palavras (13 Páginas) • 626 Visualizações
É o que dizem Luiz Fernando Zabom, Margareth da Silva Oliveira e Márcia Fortes Vagner, após pesquisa bibliográfica de estudos sobre o tema.
É o que dizem Luiz Fernando Zabom, Margareth da Silva Oliveira e Márcia Fortes Vagner, após pesquisa bibliográfica de estudos sobre o tema.
De acordo com os autores, o TDAH é hoje uma das principais demandas da clinica de atendimento infantil. Os sintomas do transtorno de hiperatividade diminuem com a chegada da adolescência, restando, de forma mais acentuada, sintomas de desatenção.
Tem se destacado no tratamento do TDAH as intervencões baseadas na técnica da Economia de Fichas. Esta técnica consiste no fornecimento de prêmios às respostas adequadas do paciente – premios estes, chamados de fichas -, que podem ser trocados posteriormente por outras coisas de acordo com o que foi previamente definido para cada caso, de modo a favorecer o aumento da frequência das respostas adequadas.
Um estudo realizado por Reitman, Hupp, Callagan, Gulley e Northup (em 2001) comparando a eficácia de internveçÕes usando a Economia de Fichas e Medicamentos com três crianças portadoras de TDAH com idades entre 4 e 7 anos, demonstrou que a técnica comportamental obteve melhores resultados em duas das três crianças. Foram reduzidos comportamentos indesejados e aumentados comportamentos adequados dos participantes.
Em outro estudo realizado na Universidade de Emory, nos EUA em que participaram 5 meninos com idades entre 7 e 11 anos, também foi utilizada a técnica da economia de fichas além do tratamento já existente. Nesta pesquisa, foi observada redução dos benefícios do tratamento exclusivamente medicamentoso, ao longo do tempo. Nos pacientes que foram submetidos unicamente a tecnica da economia de fichas, foram obtidos poucos efeitos desejados. Já o tratamento combinado mostrou significativo aumento na eficácia.
Luman, Oosterlaan e Sergeant realizaram uma revisão de 22 estudos envolvendo crianças diagnosticadas com TDAH, a partir de uma amostra total de 1181 participantes. Os achados indicaram que intervenções baseadas em manejo de contingências apresentaram altos graus de eficácia no tratamento do TDAH.
Fonte: Psicologia.pt
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Um pouco sobre o TDAH
Conheça o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Um estudo conduzido por Neurologistas e Psiquiatras da USP – SP e Unicamp, no qual foram ouvidos 5.961 jovens com idades entre 4 e 18 anos de 16 estados brasileiros, revelou que apenas 23,7% daqueles que receberam o diagnóstico de TDAH realmente possuíam o transtorno. A situação é alarmante, ainda mais quando vemos outro dado que aponta que entre aquelas que foram medicadas, apenas 27,3% estão com o diagnóstico correto [1].
Olhando para estes números fica difícil resistir à tentação em levantar hipóteses sobre as causas de tantos erros. Mas como a discussão é bastante polêmica e envolve questões delicadas da formação médica, psicológica e pedagógica, bem como da ética e competência técnica destes profissionais, não me prenderei muito a estas questões e procurarei falar mais sobre o transtorno em si. Para contribuir com a discussão, convidei a Psicóloga e Psicopedagoga Blenda Lúcia Silva[2], que desenvolveu seu trabalho de conclusão do curso da pós-graduação em psicopedagogia sobre o assunto. Farei um diálogo entre dados de pesquisas, a leitura analítico-comportamental do TDAH e uma entrevista que ela gentilmente concedeu ao blog.
Conforme explica a Psicopedagoga, o TDAH é um transtorno no qual o indivíduo apresenta grande inquietação e falta de atenção. O Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM – IV) divide os sintomas em três categorias principais: aqueles relacionados à desatenção, aqueles relacionados à hiperatividade e aqueles relacionados à impulsividade. A lista completa deles pode ser acessada neste link, que dá acesso direto a versão online do DSM-IV.
Blenda explica ainda que, de acordo com a apresentação dos sintomas, o TDAH pode ser subdividido em três tipos. O primeiro é chamado Tipo Combinado e o indivíduo apresenta tanto sintomas de desatenção quanto de hiperatividade. O segundo tipo é chamado de Desatento e o indivíduo apresenta mais sintomas de Desatenção. O terceiro tipo, por sua vez, é chamado Hiperativo-Impulsivo e o indivíduo apresenta mais sintomas de Hiperatividade do que de Desatenção. Em qualquer um dos casos, o diagnóstico só pode ser fechado se os sintomas ocorrerem por pelo menos seis meses, em no mínimo dois ambientes diferentes (casa, escola e/ou trabalho) e estiverem presentes desde antes de a pessoa ter completado 7 anos de idade. E como todos os comportamentos/ sintomas do TDAH podem ser observados em qualquer pessoa em algum momento de sua vida, é indispensável saber também se estão trazendo sofrimento ou prejuízo significativo ao indivíduo para que se configure uma Psicopatologia [3].
É possível que a maior parte dos erros diagnósticos ocorra em função da não observância de algum destes critérios. Conforme argumenta nossa convidada, muitos profissionais observam apenas os sintomas para diagnosticar. Outros nem o fazem direito, como acontece quando uma criança é diagnosticada com TDAH simplesmente porque não para quieta dentro da sala de aula. Cabe aos pais exigirem uma avaliação adequada do filho, pedindo ao profissional responsável que seja claro quanto aos critérios empregados no processo diagnóstico. Caso ainda assim não obtenham uma resposta satisfatória, devem recorrer ao direito de uma segunda opinião, buscando um profissional ético e com competência técnica o bastante para realizar um bom atendimento e ser claro quanto aos critérios adotados. Nada de “ele tem TDAH porque eu sei que tem” ou “ele tem TDAH porque é impossível na aula” – vocês já sabem, isto
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