TRABALHO DE OBSERVAÇÕES DE PSICOLOGIA DO COTIDIANO
Por: stefanyccosta • 17/5/2017 • Trabalho acadêmico • 3.435 Palavras (14 Páginas) • 1.082 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA DE BRASÍLIA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
TRABALHO DE OBSERVAÇÕES
DE PSICOLOGIA DO COTIDIANO
Professora Dra. Luciana Bareicha
HORÁRIO DA AULA: terça – noturno – 1º horário
1ª Parcial de horas: 4 horas para cada aluno do grupo
ALUNOS:
Stefany Cristina Pereira da Costa
Brasília – abril/2017.
ALUNO: Stefany Cristina Pereira da Costa
Data: 06 /03 /2016 Horário: 07:00h – 07:20h
Local: escola municipal Tempo de observação: 20 minutos
Horário da aula: terça – noturno – 1º horário
Três meninos iam para escola próxima a minha casa (20 minutos caminhando). Todos aparentavam ter idades diferentes (deveriam ter entre 7 e 10 anos), iam para a escola conversando. O mais velho falou ‘mulher é obrigada!’. O mais novo começou a falar, mas o mais velho interrompeu e falou novamente ‘mulher é obrigada!’, o menor falou de repente e bem alto ‘mais cara eu também quero ser marido’ o mais velho tornou a repetir ‘mas mulher é obrigada’. O mais novo repetiu e ainda mais alto ‘ eu também quero ser marido, deve ser muito legal ser marido’. O terceiro não falou nada durante a discussão dos dois, ele parecia não estar entendendo nada. Foram o caminho todo discutido. O mais velho parecia não concordar com a opinião do pequeno que tentava argumentar. Eles entraram na escola.
ALUNO: Stefany Cristina Pereira da Costa
Data: 08 /03 /2016 Horário: 13:00h – 13:20h
Local: parada de ônibus Tempo de observação: 20 minutos
Horário da aula: terça – noturno – 1º horário
O senhor falava pra senhora em pé a sua frente “sim, fiquei com aquela mulher sim. O quê que a Maria (nome fictício) tem a ver com isso?! Isso não é da conta dela!. A mulher falou algo, mas não entendi. “Rosa (nome fictício), me diga você nunca ficou com um homem?! Nunca tranzou?!(nesse momento as pessoas que estavam na parada começaram a rir). Nem deu tempo da senhora falar nada ele continuou “outra coisa, diga pra ela que eu não esqueci minhas contas não! Quando tiver dinheiro eu pago. Fiquei com aquela mulher sim, mas não tenho nada com ela”. Tinha poucas pessoas na parada, mas todas prestavam atenção na conversa deles a mulher percebeu que eles estavam sendo observados e começou a ficar com vergonha, abaixou a cabeça e não falava mais nada apenas ouvia o senhor falar. Depois de uns cinco minutos o ônibus dele passou a expressão dela parecia de alívio. Depois que a senhora foi embora duas mulheres começaram falar sobre a conversa levanto algumas hipóteses e fazendo algumas brincadeiras. Elas se perguntavam se a Maria que achou ruim ele ficar com outra seria a ex mulher e a senhora que conversava com ele seria amiga dela. Fizeram mais algumas brincadeiras sobre ele dever dinheiro a ex mulher. Ainda falaram que eles deviam ter vergonha de falar sobre um assunto tão íntimo na frente de pessoas desconhecidas.
ALUNO: Stefany Cristina Pereira da Costa
Data: 06 /03 /2016 Horário: 19:00h – 19:30h
Local: lanchonete Tempo de observação: 30 minutos
Horário da aula: terça – noturno – 1º horário
Três moças fizeram o pedido e uma moça começou falar ‘precisava desabafar com vocês, briguei com a minha sogra, fiquei muito chateada com as ofensas que ela me disse e decidi que não vou deixar o meu filho com ela’. Uma falou ‘mas amiga calma, me conta direitinho o que aconteceu’. Ela continuou ‘estou trabalhando e minha sogra disse que cuidaria do meu filho para eu poder trabalhar, mas ela tem me falado coisas horríveis, que eu sou irresponsável e que o bebê da muito trabalho, que ela já esta cansada. Engravidei cedo sim, mas sempre trabalhei e ela fala que eu dei o golpe da barriga, só engravidei por interesse. Ela nunca trabalhou e vem falar isso de mim?’. A outra amiga perguntou, mas ela falou assim do nada? Ela respondeu, ‘não, desde que comecei a namorar com filho dela ela me trata mal, disse que não gosta da minha família porque eles são pobres e interesseiros, na frente das pessoas ela me trata bem, mas quando estamos a sós ela me trata assim’. A terceira moça perguntou quem cuidaria do bebê ela respondeu que sua mãe cuidaria enquanto ela trabalhava. A segunda moça perguntou: ‘e o seu marido? Sabe do que aconteceu? Ela respondeu ‘sabe sim, contei tudo pra ele e inclusive mostrei as mensagens que ela mandou, ele ficou muito chateado e foi conversar com a mãe e ela falou que era mentira, ai ele mostrou as mensagens ai ela ficou calada, ia falar o quê? Depois ela veio falar pra mim que eu estava colocando o filho contra ela. Se a filha dela engravidar vou achar bem feito não é vingança não é justiça, ela fala tanto de mim que esqueceu que tem uma moça em casa. Você acredita que ela me xingava e falava que fiz a casa de motel?’. Nesse momento chegou algumas pessoas conhecidas e elas mudaram de assunto.
Conclusão:
A conversa dos três meninos me deixou muito curiosa, queria ter ouvido o início. Esta conversa despertou muitas perguntas em mim. Fiquei tentando entender o que deu início aquela conversa. Será que o mais velho vem de uma família muito tradicional ou quem sabe machista? E o menor com toda aquela empolgação pra ser marido, imaginei que ele viesse de uma família tranquila, pensei que a mãe elogiasse o marido na frente dele. Ele falava de uma maneira tão ingênua. Inicialmente achei a conversa muito engraçada. Me senti tão bem ouvindo as palavras do pequeno.
Na conversa da parada de ônibus fiquei me perguntando se a mulher que não gostou que o senhor se relacionasse com outra mulher seria a ex esposa com ciúmes.
A conversa das moças me chocou bastante, como ainda tem pessoas que pensam dessa maneira? Por que falar mal da nora pras pessoas? A moça deu a entender que trabalhava pra conquistar as suas coisas. As pessoas ainda não estão prontas para respeitar o diferente.
ALUNO: Stefany Cristina Pereira da Costa
Data: 19 /03 /2016 Horário: 10:00h – 11:00h
Local: cachoeira Tempo de observação: 1 hora
Horário da aula: terça – noturno – 1º horário
Fui para a cachoeira imaginando estar cheia, mas para a minha surpresa estava vazia, acredito que por conta do mau tempo. Depois de 5 minutos observando vi um casal chegar. Logo de início o que chamou a atenção foi a beleza do rapaz. Percebi que as outras mulheres também o observavam, ele parecia ter 20 anos, estava acompanhado de uma mulher que aparentava ser mais velha que ele muito bonita e tatuada. Ele muito simpático e sorridente chegou cumprimentados as pessoas, conversando sobre o clima, perguntado o que as pessoas estavam achando da cachoeira. E a mulher sempre muito séria, com a cara fechada. Quando ela percebeu que as mulheres estavam olhando para o rapaz o abraçou e puxou para longe das pessoas. Virava ele de costas, conversavam baixinho, não dava pra ouvir o que eles falavam, não quis me aproximar para não interferir. Sempre que ele tentava olhar para onde as pessoas estavam ela o virava de volta, ficaram assim por uns cinco minutos. Ela foi para a água, mas sempre observando e com a expressão muito séria. Nesse momento chegou um casal um pouco mais velho aparentavam ter uns 40 anos, com equipamentos de esportes radicais. Começaram a organizar o material do rapel para descer a cachoeira. O rapaz ficou interessado e foi conversar com eles e a moça observando. O rapaz perguntava para o casal que esportes eles gostavam praticar, as cidades que conheciam, se eles já participaram de competições. Nesse momento a moça saiu da água e parecia estar irritada se aproximou e cumprimentou o outro casal, ficou séria e calada ouvindo a conversa por uns cinco minutos. Falou para o rapaz de maneira bem rude que queria ir embora ele não deu muito bola e continuou conversando. Ela o puxou pelo braço em direção a saída falando que queria ir embora. Ele se despediu rapidamente e a seguiu de cabeça baixa, parecia ter ficado com vergonha. Percebi que o outro casal ficou sem graça com a atitude da moça.
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