TRABALHO PSICOLOGIA
Por: alexguitarrasolo • 29/11/2015 • Trabalho acadêmico • 602 Palavras (3 Páginas) • 260 Visualizações
Luto e Melancolia
Freud escreveu um texto que se chama “Luto e Melancolia”, a palavra melancolia era considerada como sinônimo de depressão. Este texto foi muito importante, para pensarmos sobre depressão. Foi realizada por Freud uma profunda comparação entre o estágio de perder alguém (luto) e o estágio depressivo que se chama melancolia.
Luto é tanto a perda de alguém (parente, amigo) ou o falecimento de alguém, como também podemos viver o luto após o fim de um relacionamento. Freud entendia que as causas da melancolia e da depressão, são psíquicas, emocionais e mentais.
Segundo Freud, há semelhanças entre melancolia e a depressão, como a influência do ambiente, desânimo profundo, perda de interesse no mundo externo, perda da capacidade de amar, inibições das atividades cotidianas que a pessoa tinha interesse antes do luto. Há diferença entre o luto e a melancolia que é a diminuição do sentimento da auto-estima na depressão, isso não acontece no luto. No luto há a perda do objeto consciente, na melancolia essa perda é inconsciente, também na melancolia a pessoa tem um sentimento ruim em relação a ela própria, também a auto- recriminação, o sentimento de culpa pela morte do ente querido. O luto pode nos levar a melancolia.
Com a perda de um ente querido, é retirada da libido a energia do objeto. Freud fala das expectativas isoladas, através das quais a libido está vinculada ao objeto, são invocadas e hiper catequizadas e o desligamento da libido se realiza em cada uma delas. Ou seja, as lembranças relacionadas ao objeto perdido são trazidas á tona, são valorizadas, revividas e catequizadas, após isso é liberada a energia da libido. Como quando perdemos alguém ficamos lembrando dos momentos vividos com profundo sentimento de tristeza, mas aos poucos essas imagens vão se dissipando e as lembranças vão sendo separadas ao afeto. No luto normal há a superação da perda do objeto.
Freud diz que quando o trabalho do luto se conclui, o ego fica outra vez livre e desimpedido, pois as energias que estavam vinculadas as imagens, vão sumindo.
Na melancolia, há uma desvalorização do ego, um sentimento de incapacidade de realização. Apresenta um quando de delírio, inferioridade moral, completada pela insônia ou excesso de sono e recusa de alimentação. Psicologicamente é notável uma separação do instinto que compele a todo ser vivo, que é o apego à vida. A melancolia possui outra fase, com a qual pode geralmente se alternar, com traços opostos aos seus, a mania. Esta fase é caracterizada por sentimentos de alegria, triunfo ou exultação, de autossatisfação, maior disposição para qualquer tipo de ação devido à maior quantidade de energia, desinibição, humor jocoso, busca voraz por novas catexias objetais que se traduz em maior sociabilidade, perda de autocrítica, de sentimentos de consideração pelos outros e de autocensuras.
Embora o luto seja um grave afastamento do que constitui atitude normal e esperada no tocante a vida, não é considerada condição patológica que necessite de tratamento médico, uma vez que será superado após certo tempo, sendo inútil ou prejudicial qualquer interferência no que concerne a esse processo normal e necessário (Freud, 1917/1996), ao contrário da melancolia, uma condição notavelmente patológica.
Para a psicanálise
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