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Terapia de doenças geneticas

Por:   •  12/11/2015  •  Dissertação  •  1.134 Palavras (5 Páginas)  •  281 Visualizações

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Terapia de Doenças Genéticas e Terapia por Uso de Células Tronco

Grande parte da população pode ser afetada por desordens genéticas, uma vez que doenças como diabetes, Alzheimer, câncer e problemas cardiovasculares, dentre outras, possuem caráter gênico. Além destas, também existem as doenças monogênicas que são causadas pela mutação ou alteração na sequência de DNA de um único gene e, devido serem mais raras, na maior parte dos casos, não há cura. Essas desordens são inatas ao DNA e, assim sendo, o mais comum é pensarmos que não há como modificar algo que está no DNA de cada indivíduo. No entanto, a terapia genética, campo promissor da ciência e da pesquisa, vem tentando reescrever o que está constituído no DNA.

A terapia gênica consiste em identificar, selecionar e modificar genes relacionados a doenças ou síndromes. Basicamente, é o processo em que se introduz um material genético funcional dentro das células humanas, a fim de conferir uma nova função ou corrigir uma informação que está errada ou ausente no DNA de um indivíduo, aliviando sintomas ou até mesmo curando-o de determinada desordem. Teoricamente, é possível transformar tanto células somáticas (a maior parte de células do corpo) quanto células germinativas (espermatozóides, óvulos, e suas células-tronco precursoras). No entanto, todas as terapias genéticas realizadas até o momento em humanos foram dirigidas às células somáticas, enquanto a engenharia de células germinativas continua altamente controversa.

Para que o material genético atravesse a membrana plasmática é necessário encontrar formas que facilitem a entrada de DNA nas células alvo. Diversos métodos têm sido desenvolvidos e aprimorados para que ocorra esse transporte. Na maioria dos estudos a respeito da terapia genética, onde o gene "normal" é inserido no genoma para substituir um gene "anômalo", a transferência desse material é realizada através de “vetores” que funcionam como veículos carreadores de genes para o interior das células. Estes vetores podem ser de natureza biológica, química ou física. Atualmente, os vetores mais utilizados pela terapia gênica são os vírus. Porém, para utilizá-los é necessário modificá-los geneticamente, de modo a retirar qualquer informação que possa desencadear uma resposta imune. Nessa modificação, o genoma do vírus sofre uma manipulação, na qual genes causadores de doenças são removidos e, então, inseridos genes terapêuticos. Sendo assim, apenas os genes essenciais para a constituição do vírus são mantidos.

A administração dos vetores pode ser dividida em duas categorias: ex lvivo (em que as células-alvo são removidas do organismo, expostas ao contato com os vetores e, finalmente, transplantadas novamente no indivíduo após a modificação genética) e in vivo (em que os genes são modificados nas células diretamente no paciente, permitindo, uma interação in vivo entre o fator genético e o tecido ou célula-alvo).

O tratamento de doenças humanas através da transferência de genes foi originalmente direcionado para doenças hereditárias, causadas normalmente por defeitos em um único gene, como por exemplo, fibrose cística, hemofilias, hemoglobinopatias, distrofia muscular, dentre outras. Entretanto, atualmente, a maioria dos experimentos clínicos de terapia gênica está direcionada para o tratamento de doenças que são adquiridas ao longo da vida pela ação ambiental como a AIDS, doenças cardiovasculares, e diversos tipos de câncer (de mama, de próstata, de ovário, de pulmão e leucemias). Alguns resultados já foram obtidos e, apesar da aprovação para a transferência de genes em humanos, até o momento, muitos testes clínicos não obtiveram resultados satisfatórios, ou porque não foi possível detectar a proteína resultante do gene inserido ou porque a terapia não resultou nos efeitos esperados. Além disso, esse procedimento gera incertezas com relação a possíveis alterações genéticas e reações imunológicas desencadeadas pelo vetor ou pelo DNA inserido que podem ser entendidos pelo organismo como um elemento estranho a ser combatido. Entretanto, em alguns casos a terapia gênica tem mostrado resultados de sucesso, como a correção do gene mutante.

Muitas barreiras ainda necessitam ser adaptadas para que sejam alcançados resultados satisfatórios através da terapia gênica. Os métodos de transferência são pouco eficientes e apresentam limitações quanto ao direcionamento celular e dúvidas quanto a segurança. Outro ponto importante que requer atenção está relacionado às questões éticas e filosóficas que permanecem em debate, já que

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