Teste Sociométrico - Psicologia
Artigos Científicos: Teste Sociométrico - Psicologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rafaellatorres1 • 24/2/2015 • 4.330 Palavras (18 Páginas) • 504 Visualizações
-) GRUPO
Pode-se definir grupo como uma unidade social, um conjunto de indivíduos, mais ou menos estruturada, com objetivos e interesses comuns cujos elementos estabelecem entre si relações e interagem.
O ser humano é gregário por natureza e somente existe, ou subsiste, em função de seus inter-relacionamentos grupais. Sempre, desde o nascimento, o indivíduo participa de diferentes grupos, uma constante dialética entre a busca de sua identidade individual e a necessidade de uma identidade grupal e social.
Um conjunto de pessoas constitui um grupo, um conjunto de grupos constitui uma comunidade e um conjunto interativo das comunidades configura uma sociedade.
O conceito de grupo é apresentado por diferentes autores de forma distinta. Para Zimerman(1997) a definição do termo grupo pode designar diferentes acepções; tanto pode se constituir de duas pessoas como uma família, uma turma, uma classe de aula, uma gangue, uma fila de ônibus, uma torcida no estádio etc. Pode ainda ser um conjunto de pessoas sintonizadas num mesmo programa de rádio, televisão.
Na concepção de Contreras(1999) a definição de grupo não está relacionada ao número de indivíduos que o compõe, mas ao conjunto de sujeitos que interagem movidos por um fim comum a todos eles. Para este autor cada indivíduo influencia o grupo a que pertence e recebe, reciprocamente, a influência do mesmo.
Também para Aubry e Saint-Arnaud(1978), a definição de grupo não se apóia na
soma de indivíduos, mas depende intimamente das relações que se estabelecem entre os diferentes indivíduos. Os membros do grupo devem aceitar o trabalho comum, participar da responsabilidade coletiva e somar seus esforços para a realização deste trabalho.
Compartilhamos com estes autores que grupo é mais que uma soma de indivíduos. Um grupo se forma quando um conjunto de pessoas busca um objetivo comum. Por nossa experiência sabemos que cada grupo tem um ritmo próprio, formula exigências diferentes e reage de forma distinta.
A importância do conhecimento e a utilização da psicologia grupal decorre justamente do fato de que existe em todo indivíduo passa a maior parte do tempo de sua vida convivendo e interagindo com distintos grupos. Assim, desde o primeiro grupo natural que existe em todas as culturas - a família nuclear, onde o bebê convive com os pais, avós, irmãos, babá, etc., e, a seguir, passando por creches, escolas maternais e bancos escolares, além de inúmeros grupos de formação espontânea e os costumeiros cursinhos paralelos, a criança estabelece vínculos diversificados. Taís grupamentos vão se renovando na vida adulta, com a constituição de novas famílias e de grupos associativos, profissionais, esportivos, sociais, etc.
A essência de todo e qualquer indivíduo consiste no fato dele ser portador de um conjunto de sistemas: desejos, identificações, valores, capacidades, mecanismos defensivos e, sobretudo, necessidades básicas,
como a da dependência e a de ser reconhecido pelos outros, com os quais ele é compelido a conviver. Assim, como o mundo interior e o exterior são a continuidade um do outro, da mesma forma o individual e o social não existem separadamente, pelo contrário, eles se diluem, interpenetram, completam e confundem entre si.
Um conjunto de pessoas constitui um grupo quando interagem com freqüência, partilham normas e valores comuns, participam de um sistema de papéis, cooperam para atingir determinado objetivo, reconhecem e são reconhecidos pelos outros como pertencentes do grupo.
A importância do estudo dos grupos na Psicologia se dá pelo fato dos grupos serem o fundamento da Psicologia Social que é o campo da psicologia que estuda o comportamento coletivo. Surgiu no final do século XIX e era denominada de Psicologia das Massas ou Psicologia das Multidões, sendo Gustav Le Bom um dos primeiros pesquisadores (autor do tratado “Psicologia das Massas”). O estudo dos grupos teve grande influência da Revolução Francesa e o fato que originou sua existência era a busca por parte dos seus pesquisadores que queriam compreender como a Revolução Francesa foi capaz de mobilizar tamanho contingente de pessoas.
O objeto de estudo era entender qual o fenômeno psicológico que leva à coesão das massas fazendo até com que o indivíduo corra riscos ao seguir líderes. O estudo das massas e o comportamento decorrente desse viver coletivo é a tônica da Psicologia
Social.
Kurt Lewin, professor alemão refugiado do nazismo, a partir de 1930 desenvolveu a primeira teoria consistente denominada Cognitivismo e sua teoria teve forte influência na Psicologia Social e na Organizacional. Mayo e seus colaboradores depararam-se com o fenômeno das relações interpessoais (entre os próprios operários e destes com a administração) e que deu novo rumo à pesquisa, passando esta a priorizar o estudo das relações sociais entre supervisores e subordinados, a informalidade do comportamento, motivações e atitudes dos operários no seu grupo de trabalho.
Os primeiros grupos estudados pela Psicologia eram chamados de massas, porém a Psicologia Social teve como base esse estudo das massas, porém somente quando o estudo foi direcionado a grupos menores é que seus objetivos ficaram claramente definidos. Um dos primeiros pesquisadores foi Gustav Le Bom.
É impossível entender o indivíduo se não tivermos conhecimento do meio em que ele vive, das influência que sofre deste meio e até dos conflitos oriundos desta convivência com o seu grupo, acrescentando ainda como ponto de grande importância o fato de que a individualidade só se manifesta, e tem razão de ser, através da relação do indivíduo com os grupos que o cercam, ou seja, a individualidade e a individuação de alguém só acontece diante da expressão deste com os grupos com o qual convive.
Qualquer organização tem exigências técnicas que nascem de suas metas. A realização dessas
metas requer a execução de certas tarefas e a presença de pessoas que as executem. Como resultado disso, a maioria dos empregados participará de determinado grupo, por causa do cargo que ocupa dentro da organização.
Chamaremos a estes grupos de grupos formais. Por outro lado, sempre que as pessoas se reúnem de maneira mais ou menos contínua surge uma tendência de se formarem grupos cujas atividades podem ser diferentes das atividades da organização. Estes grupos serão chamadas de grupos informais. Embora tal distinção seja conveniente para o estudo dos grupos organizacionais, ambos os tipos apresentam as mesmas características gerais.
Os objetivos do grupo, quando claramente entendidos, podem
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