Texto Conportamental
Artigo: Texto Conportamental. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jara • 26/11/2013 • 1.022 Palavras (5 Páginas) • 304 Visualizações
"Quando criança, reprimimos sentimentos ligados a situações de desprezo, rejeição, abandono, solidão, pois não havia ninguém com quem pudéssemos compartilhá-los. Agora adultos, passamos a recriar situações e relacionamentos para podermos expressar aqueles mesmos sentimentos que foram reprimidos, com a fantasia inconsciente de resolver o trauma original"
Todos nós temos um pouco de dificuldade em lidar com nossos sentimentos. Tudo começa quando ainda somos crianças.
Naquela época, raramente tínhamos alguém que nos desse apoio para que pudéssemos demonstrar sentimentos como raiva, ciúme, inveja, vergonha... Nem chorar nos era permitido. Nos ensinavam, com raríssimas exceções, que nada devíamos demonstrar, e aos poucos aprendemos a reprimir o que sentimos.
Como não tivemos quem nos ajudasse a lamentar nossos momentos de dor, solidão, tristeza, acabamos por bloquear, reprimir para outras pessoas e para nós mesmos, tudo aquilo que sentimos.
Queremos ser fortes e conseguimos, mas só nós sabemos qual o preço que pagamos. Com o tempo começamos a perceber que tudo aquilo que por anos ficou muito bem guardado, começa de alguma forma a pedir, para não dizer gritar, que precisa sair. É neste momento que inconscientemente criamos situações nas quais estes sentimentos possam ser experimentados novamente.
Quando criança, reprimimos sentimentos ligados a situações de desprezo, rejeição, abandono, solidão, pois não havia ninguém com quem pudéssemos compartilhá-los. Agora adultos, passamos a recriar situações e relacionamentos para podermos expressar aqueles mesmos sentimentos que foram reprimidos, com a fantasia inconsciente de resolver o trauma original. Nem sempre recriamos as mesmas situações, mas sim qualquer situação que nos faça sentir os mesmos sentimentos.
Sentimentos de rejeição, abandono e abusos vividos durante a infância são os mais difíceis de serem superados.
É como se registrássemos que não somos dignos de sermos amados, nem aceitos por aquilo que somos, gerando assim muitas dificuldades nos relacionamentos pela necessidade constante de aprovação e reconhecimento. Por exemplo, uma pessoa que viveu situações de rejeição e abandono durante a infância, pode buscar, é isso mesmo, buscar inconscientemente, situações que a façam se sentir abandonada e rejeitada. Se teve um pai e/ou mãe que a rejeitaram, foram ausentes, distantes, poderá fazê-la recriar relacionamentos com pessoas que a faça se sentir igualmente rejeitada e abandonada. Com qual intenção? Para que possa se libertar daqueles sentimentos que tanto machucaram e continuam a machucar, mesmo depois de muitos anos.
Mas para isso é importante ter alguém com quem possa contar o que sentiu, lamentar, e receber todo apoio que não recebeu na época que aconteceu. Há pessoas que perderam pessoas significativas quando crianças e até hoje, já adultas, não choraram, nem elaboraram, e muito menos superaram essa dor. Ser capaz de falar sobre a dor que sentimos significa que inconscientemente estamos dispostos a aceitar e superar o que nos aconteceu. O que nem sempre é fácil, pois assusta, causa medo de sentir mais dor, o que faz com que as pessoas evitem tocar nesses assuntos, o que só causa mais dor. O fato de não falar sobre o que sentimos, não nos isenta de senti-los.
Quando passamos uma vida sendo machucados e passamos por cima, ignorando como se nada tivesse acontecido, pois do contrário ficaríamos completamente só, acabamos por permitir que outras pessoas nos machuquem mais e mais. Assim, perdemos o foco em nossa própria vida, deixando de nos ouvir para ouvir aos outros, deixamos de ser nós mesmos para sermos quem gostariam que fossemos, e é assim que nos perdemos de nossa essência, de quem somos verdadeiramente.
É preciso lembrar e ter consciência que se um dia alguém não te aceitou, te abandonou, muitas outras lhe deram valor, gostaram de você e estiveram ao seu lado.
É preciso parar com essa busca incessante de aprovação, seja de quem for, geralmente dos genitores, e que pode
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