Tipos de Entrevista
Por: Marluci Azevedo • 17/6/2015 • Resenha • 1.170 Palavras (5 Páginas) • 675 Visualizações
Introdução
No trabalho a seguir falaremos sobre alguns pontos que na visão de Alfred Benjamim
são essenciais numa entrevista de ajuda. Pontos que para nós estudantes de psicologia deverão ser
seguidos para que a entrevista seja produtiva, tanto para nós quanto para o entrevistado.
O Registro da Entrevista
Iniciamos falando sobre as anotações. A anotação é parte integrante do processo de
entrevista. Precisamos dela para reavivar a memória, lembrar da execução de nossa parte do plano
estabelecido de ação e discutir a entrevista e com nossos colegas de profissão. O registro pode ser
uma ponte entre o passado e o presente para nossas futuras atuações, á medida que adquirimos
experiência em entrevista.
O relacionamento poderá sofrer prejuízo se a entrevista de ajuda tiver interferência do
entrevistador ou de seu modo de tomar notas. Se o entrevistador se sente bem consigo mesmo e
com seu método, as possibilidades são de que o entrevistado aceite rapidamente a ambos.
Em nossa cultura, quando as anotações são manipuladas com discriminação, não costuma
haver reações negativas. Normalmente, não é necessária nenhuma explicação sobre nossa técnica
de registro. Contudo, podese dar sem dificuldade uma explicação, de acordo com as necessidades
de uma ou das duas partes da entrevista.
Há pessoas que anotam apenas informações básicas. Outras anotam também planos de ação
e decisões tomadas em conjunto. Alguns entrevistadores anotam ideias e sentimentos expressos
pelo entrevistado; outros, resumem também seus próprios comentários.
Algumas coisas que não devem fazer merecem maior atenção, não devemos transformar a
tomada de notas em um interrogatório, não devemos deixar que as anotações interfiram no ritmo
da entrevista. Se nós permitirmos um envolvimento maior com o registro do que com o
entrevistado, não estaremos dando a ele o respeito que merece e necessita. O registro deverá
sempre subordinarse ao processo da entrevista, e numa ao contrário. Não devemos nos ocultar ou
fugir através das anotações.
Não é correto que façamos segredos de nossas anotações, para que isso não desperte
ansiedade ou curiosidade do entrevistado, não devemos escrever nada que não estejamos dispostos
á mostrar a eles.
Se considerarmos legítimo e necessário anotar comentários significativos apenas para nós,
e não para o entrevistado, tais como avaliações, determinações, conclusões, isso não deverá ser
feito em sua presença e, evidentemente, deverá ser mantido fora do seu alcance durante as futuras
entrevistas.
Supõese que a entrevista de ajuda seja confidencial, e frequentemente isso é afirmado.
Essa confiança precisa ser mantida. Nossas anotações, ou registro da entrevista, estão sob formar
de resumo, relato corrente, pontos resumidos que servem como lembretes, ou uma combinação de
todos esses, com um provável acréscimo de uma apanhado geral de uma avaliação.
A gravação de uma entrevista não pode ser considerada como um conjunto simples de
anotações. Tratase de um registro completo do que foi dito e no caso do videotape, é também um
registro do que ocorreu. Esse registro pode servir a muitos fins, mas não é como tomar notas.
Considerando os custos e o espaço necessários, as entrevista gravadas geralmente não podem ser
guardadas por muito tempo, é mais fácil recorrer a anotações escritas do que a fitas gravadas.
A principal utilidade da entrevista gravada é o aprendizado ou a pesquisa. Ao escutar sua
própria entrevista, o entrevistado avalia com frequência mais profundamente sua seriedade,
esclarece para si mesmo sua finalidade e obtém muitos insights importantes.
A Pergunta
Questionando a Pergunta
Muitos entrevistadores estão convencidos ou, pelo menos, agem como se estivessem – de
que seu principal papel é fazer perguntas. Estou certo de que fazermos perguntas demais, muitas
delas sem importância. Fazemos perguntas que confundem o entrevistado, que o interrompem.
Fazermos perguntas que provavelmente o entrevistado não tem condições de responder. Fazemos
inclusive perguntas para as quais não queremos resposta e, em consequência, não ouvimos as
respostas que vão ser dadas.
Se iniciamos a entrevista de ajuda fazendo perguntas e obtendo respostas, fazendo mais
perguntas e obtendo mais respostas, estamos estabelecendo um modelo do qual nem nós, nem
certamente
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