Transtornos Mentais De Comportamento

 DOENÇAS OCUPACIONAIS

Embora apresentem alta prevalência entre a população trabalhadora, os distúrbios psíquicos relacionados ao trabalho freqüentemente deixam de ser reconhecidos como tais no momento da avaliação clínica. Contribuem para tal fato, entre outros motivos, as próprias características dos distúrbios psíquicos, regularmente mascarados por sintomas físicos, bem como a complexidade inerente à tarefa de definir-se claramente associação entre tais distúrbios e o trabalho desenvolvido pelo paciente.

Comum em empresas que:

 Há aumento das pressões por mais flexibilidade;

 Estilo gerencial autocrático;

 Empresas que reduziram seus quadros além do razoável;

 Que trabalham com prazos além do normal;

 Onde a única retroalimentação é a crítica

Comum em empresas que:

 Não oferecem treinamento adequado;

 Mas punem os erros e onde as pressões e o terrorismo são solo fértil para o estresse patológico.

 Conduta abusiva por parte da chefia que expõe o empregado a situações de humilhação e constrangimento, de forma repetitiva e prolongada;

 Como? Gestos, palavras, comportamento, atitudes, indiferença. Isolamento que leva a adoecimento físico e psíquico;

Comuns em empresas que tem:

• “Brincadeiras” de mau gosto;

• Controle de pausas para o banheiro;

• Ridicularização diante dos colegas e clientes;

• Desvalorização da atividade profissional;

• Culpabilização ou responsabilização pública por erros;

• Estímulo a fofocas;

• Instigação dos colegas contra a vítima;

• Desestabilização emocional e profissional;

Comuns em empresas que tem:

 Após afastamento por doença ...

 Ter outra pessoa na função: ser tratado como “café com leite”;

 Ser colocado em posto sem função nenhuma: “fiscal da natureza”;

 Ter retirados equipamentos e materiais de trabalho;

 Ser colocado em “aquários”, “setores do INSS”;

 Ser considerado explicita ou implicitamente um estorvo;

 Ser exigido além do que consegue dar;

Onde não há organização do trabalho:

• Ritmo de trabalho intenso;

• Aumento da quantidade de trabalho;

• Pressão para produtividade;

• Ausência de pausas;

• Atividades operacionais repetitivas;

• Padronização dos procedimentos ao extremo;

Onde não há Organização do Trabalho:

 Jornadas prolongadas;

 Pressão de chefias;

 Desvalorização do trabalhador;

 Mobiliário e instrumentos inadequados;

 Falta de flexibilidade e autonomia;

 Atinge trabalhadores de várias categorias e em larga escala. Também fora do chão de fábrica.

 Faixa etária relativamente jovem.

 Tratamento prolongado. Futuro incerto.

 Difícil reinserção. Falta de acolhimento das empresas.

Sinais e Sintomas mais comuns:

 Adoecimento - Ansiedade

 Apatia - Falta de concentração

 Depressão - Insegurança

 Insônia - Irritabilidade

 Pesadelos - Síndrome do pânico

 Hipertensão Arterial - Palpitações cardíacas

 Perda de cabelo - Dor de cabeça

 Fadiga - Perda de peso

 Enxaqueca - Gastrite

 Taquicardia - Dermatite

Episódios Depressivos:

 Marcante perda de interesse ou prazer em atividades que normalmente são agradáveis, diminuição ou aumento do apetite com perda ou ganho de peso (5% ou mais do peso corporal, no ultimo mês), insônia ou hipersonia, agitação ou retardo psicomotor, fadiga ou perda da energia, sentimentos de desesperança, culpa excessiva ou inadequada, diminuição da capacidade de pensar e de se concentrar ou indecisão, pensamentos recorrentes de morte (sem ser apenas medo de morrer).

Alterações mentais e comportamentais relacionadas ao trabalho aparecem também por:

 Trabalho em turnos - noturno; Trabalhos com risco de vida; Trabalho com segurança ou vigilância patrimonial;