UTILIZAÇÃO DE BIOFEEDBACK PARA INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA
Por: Cláudia Preto • 1/6/2016 • Bibliografia • 1.678 Palavras (7 Páginas) • 306 Visualizações
[pic 1] | UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS CAMPUS CIDADE UNIVERSITÁRIA |
CLÁUDIA MARIA PRÊTO – RA: B16JIG7
FERNANDA NASCIMENTO PRAES MENDES – RA: A969DG6
HOSANA RIBEIRO FERNANDES DE MOURA – RA: A949FB9
JÚLIO CARVALHO DIAS – RA: A72BEE2
UTILIZAÇÃO DE BIOFEEDBACK PARA INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA
SÃO PAULO
2014
CLÁUDIA MARIA PRÊTO – RA: B16JIG7
FERNANDA NASCIMENTO PRAES MENDES – RA: A969DG6
HOSANA RIBEIRO FERNANDES DE MOURA – RA: A949FB9
JÚLIO CARVALHO DIAS – RA: A72BEE2
UTILIZAÇÃO DE BIOFEEDBACK PARA INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA
[pic 2]
SÃO PAULO
2014
INTRODUÇÃO
O termo biofeedback foi criado por Barbara Brown, em 1969. Trata-se de um campo multidisciplinar, resultado de pesquisas nas áreas médica, psicológica, engenharia biomédica, teoria geral dos sistemas, cibernética, entre outros. Atualmente o Biofeedback é utilizado em vários campos, como por exemplo: educação, medicina comportamental, reabilitação neuropsicológica, jogos eletrônicos, neuromarketing, além de psicoterapia e psicologia do esporte, que enfocaremos no decorrer deste trabalho.
A respeito de terapia pelo biofeedback, podemos conceituar como: "um grupo de procedimentos terapêuticos que utilizam instrumentos eletrônicos ou eletromecânicos para uma mensuração fidedigna, processada, e retroalimentada, para os pacientes e seus terapeutas com informação psicoeducacional e com propriedades de reforçamento sobre a atividade autonômica e neuromuscular, normal e/ou anormal, na forma analógica ou digital, sonora e/ou visual, obtida por meio de um componente profissional de biofeedback, com objetivo de auxiliar os pacientes a desenvolverem consciência, confiança e um aumento no controle voluntário de seus processos fisiológicos, que estão normalmente fora de consciência ou com baixo controle voluntário, sendo primeiramente controlado por sinais externos, e então por meio de cognições, sensações, ou outros meios para prevenir, parar ou reduzir sintomas" (Schwartz, Andrasik, 2003 apud Neto, 2010).
Os equipamentos de biofeedback são dispositivos eletrônicos dotados de sensores que são capazes de coletar pequenos sinais elétricos da superfície da pele (não-invasivos), processá-los e transformá-los em informações compreensíveis e psicoeducativas, como: valores numéricos (por exemplo: temperatura da pele), gráficos (por exemplo: gráfico em linhas com valores de frequência cardíaca em batimentos por minuto), imagens e sons (por exemplo: desenhos, fotos, vídeos, sons e músicas que interagem com as variações do tônus muscular).
DESENVOLVIMENTO
O termo biofeedback se refere a qualquer técnica que se utilize de instrumentos para prover um indivíduo com imediata e contínua informação a respeito da atividade de suas funções fisiológicas. O termo "treinamento em biofeedback" entrou em uso quando o biofeedback demonstrou ser uma ferramenta útil no ensino e aprendizado de processos de autorregulação que envolve treinamento.
Gradualmente o treinamento em biofeedback desenvolveu-se em um poderoso procedimento terapêutico e, quando incorporado a um ambiente clínico, o termo terapia de biofeedback é freqüentemente usado.
Em ambientes clínicos processos de autorregulação adquiridos através do treinamento em biofeedback podem ser usados para reduzir ou eliminar sintomas de desordens orgânicas ou relacionadas ao stress, para recuperar funções musculares e reduzir a dor resultante de um ferimento ou doença. Na clínica, o treinamento em biofeedback pode ser a modalidade terapêutica principal ou pode ser usado com outras intervenções terapêuticas tais como, aconselhamento de estilo de vida, treinamento em dessensibilização, reestruturação cognitiva ou psicoterapia.
Em todas as aplicações a meta do treinamento em biofeedback é a autorregulação. Aprendendo como controlar tanto os processos físicos quanto mentais, o organismo é levado a um funcionamento melhor e mais saudável.
Os elementos chaves no treinamento em biofeedback que fazem a autorregulação possível são a interação mente/corpo, o retorno de informações, aumento da conscientização e a prática. Em muitas aplicações a habilidade de relaxamento profundo é também essencial, porque o relaxamento promove saúde e ajuda no tratamento e prevenção de muitos distúrbios. Em outras aplicações, tais como a recuperação da função muscular depois de ferimentos, a ferramenta primordial é feedback, com um terapeuta funcionando como um treinador, e ensinando técnicas para uma melhoria de performance. O aparentemente simples processo de feedback facilita a aprendizagem e aquisição de técnicas de autorregulação que se tornam hábitos de vida.
De forma objetiva, o Biofeedback se caracteriza como uma técnica que objetiva ensinar o sujeito a realizar o autocontrole de uma resposta fisiológica ou autônoma específica, mediante a retroalimentação constante da informação sobre a função que se deseja controlar, captada por um dispositivo que monitora, amplia, e informa ao sujeito, em tempo real, a variação e influência que ele está exercendo sobre a referida resposta alvo, fornecendo-lhe um feedback visual ou auditivo.
Simón apud Carvalho (2012), ressalta que a chave para o sucesso do Biofeedback reside no feedback direto, preciso e constante que o sujeito recebe sobre a variação da resposta alvo, uma vez que, para aprender a controlá-la voluntariamento faz-se "necessário que o cérebro receba a informação imediata do que ocorre no organismo, a fim de que possa aprender a regular sua atividade". A aprendizagem ou autorregulação, complementa o autor, é concebida como "uma forma de imposição de um circuito de feedback externo adicional aos circuitos de feedback naturais do sistema de controle adaptativo homeostático", potencializando ou substituindo esse circuitos naturais.
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