Um Estudo Sobre A Escolha Profissional

A escolha desse tema foi em decorrência da constatação pelos integrantes do grupo que a área de Recursos Humanos vem passando por grandes mudanças e transformações e que nos últimos anos vem ocorrendo uma mudança no perfil dos profissionais, sendo que as grandes corporações estão cada vez mais exigentes com relação à contratação de novos funcionários.

Os componentes do grupo em suas experiências na área acadêmica, mas especificamente como professoras universitárias têm constatado que um número elevado de alunos apresenta dificuldades de ingressar nas futuras profissões, mesmo como estagiários.

A maioria que atuam nas áreas são estudantes que já estavam nas corporações e vem para a universidade complementar os seus conhecimentos e competências.

Esse trabalho visa um estudo sobre a escolha profissional em jovens, levando-se em consideração os talentos individuais versus mercado de trabalho brasileiro. O trabalho será realizado em grupos com técnicas vivencias e jogos e técnicas psicodramáticas.

Existem várias teorias e estudiosos que abordam a Orientação Profissional, conforme relacionamos abaixo:

“As teorias não psicológicas entendem que a escolha profissional do indivíduo é causada por elementos externos a ele (teoria do acidente, teoria econômica, teoria cultural e sociológica). São teorias que descrevem o processo de inserção das pessoas no trabalho, mas que não vislumbram qualquer papel ativo para o sujeito; portanto, descarta a possibilidade de “orientabilidade” do processo, entendendo esse termo como possibilidade do indivíduo planejar seu roteiro profissional ou a possibilidade de algum auxílio profissional para ajudar no processo. As forças quer das contingências, das leis do mercado (oferta e procura) ou do padrão cultural das famílias, definem invariavelmente a posição e a ocupação do indivíduo na sociedade.” (Bock, 2006 p. 26-27).

Ainda, segundo BOCK, (2006, p. 36) existem outras teorias como as decisionais que importam seus pressupostos da administração de empresas e da economia visando à racionalidade das escolhas. Assim, a decisão deve ser fruto de análise minuciosa dos elementos que intervêm no processo.

A racionalidade proposta prevê uma etapa chamada preditiva, em que se identificariam as possibilidades oferecidas e se analisariam as conseqüências de cada uma dessas possibilidades; prevê uma segunda etapa, a avaliativa, onde se analisaria a “desejabilidade” das conseqüências arroladas na etapa anterior e, por último, a decisória, onde se avaliariam as decisões e finalmente se chegaria a uma escolha (Bock, 2006, p. 37).

O autor Bohoslavsky afirmava que: “a escolha do adolescente é influenciada pelos vínculos que o adolescente/adulto estabelece no decorrer de suas vidas. O autor afirma que a pessoa que escolhe recebe influencia das relações interpessoais passadas, presentes e futuras. Ele menciona que se devem examinar as relações com membros das famílias, do mesmo ou do outro sexo, professores técnicos e chefias. Muitas vezes o adolescente que escolhe pode fazê-lo por influência dessas relações pessoais e do meio social em que ele vive, bem como, aqueles que decidem somente baseados em “status”, “poder”, “dinheiro, etc.”. (Bohoslavsky, 1977 p.51).