VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER E SUAS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS
Artigos Científicos: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER E SUAS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: cleritom • 9/5/2013 • 1.978 Palavras (8 Páginas) • 1.837 Visualizações
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER E SUAS
CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS
Resumo: Este estudo pretende investigar as principais conseqüências psíquicas trazidas à
mulher vítima de violência doméstica, assim como os fatores que a predispõem. Através de
um recorte de gênero, diferenciando as especificidades da violência física e psicológica,
abordam-se também os motivos que contribuem para sua permanência nesta relação. Do
ponto de vista metodológico, trata-se de um estudo qualitativo, com a utilização da entrevista
semi-estruturada como instrumento de coleta de dados. A pesquisa bibliográfica realizada
visou compor um quadro teórico necessário à análise dos dados coletados. A partir das
informações obtidas, pôde-se concluir que vivenciar uma relação violenta acarreta danos à
saúde mental da mulher, traduzidos, principalmente, por constantes estados de tristeza,
ansiedade e medo.
Palavras-chave: Violência doméstica. Gênero. Conseqüências psicológicas. 2
PARECER DO ORIENTADOR
O artigo intitulado Violência doméstica contra a mulher e suas conseqüências
psicológicas de autoria das estudantes Paula Martinez da Fonseca e Taiane Nascimento Souza
Lucas do Curso de Psicologia da Fundação Bahiana para o Desenvolvimento das Ciências
(FBDC) aborda uma temática atual e de grande importância social. As alunas conseguiram
agregar a ele novos valores, especificamente para a formação do psicólogo ao focalizar a
dimensão psicológica que tal prática violenta acometa às vítimas.
O trabalho segue um conceito metodológico adequado, base teórica pertinente e
atualizada. Do mesmo modo, respeita as normas de redação em vigor e possui uma linguagem
clara e correta.
Por estes motivos, o mesmo foi aprovado pela banca examinadora do Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) com excelente conceito, escolhido por uma comissão da
Faculdade dentre muitos para participar do Prêmio, e agora é recomendado por mim, a quem
coube sua orientação.
Elizete Silva Passos 3
INTRODUÇÃO
De acordo com a Declaração das Nações Unidas, de 1949, sobre a Violência Contra a
Mulher, aprovada pela Conferência de Viena em 1993, a violência se constitui em “[...] todo e
qualquer ato embasado em uma situação de gênero, na vida pública ou privada, que tenha
como resultado dano de natureza física, sexual ou psicológica, incluindo ameaças, coerção ou
a privação arbitrária da liberdade.” (ADEODATO, 2006, p.2).
A violência doméstica contra a mulher recebe esta denominação por ocorrer dentro do
lar, e o agressor ser, geralmente, alguém que já manteve, ou ainda mantém, uma relação
íntima com a vítima. Pode se caracterizar de diversos modos, desde marcas visíveis no corpo,
caracterizando a violência física, até formas mais sutis, porém não menos importantes, como a
violência psicológica, que traz danos significativos à estrutura emocional da mulher.
Segundo Dias (2006), o Relatório Nacional Brasileiro retrata o perfil da mulher
brasileira e refere que a cada 15 segundos uma mulher é agredida, totalizando, em 24 horas,
um número de 5.760 mulheres espancadas no Brasil. Outros dados também alarmantes,
referidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2005, indicam que, no Brasil, 29%
das mulheres relatam ter sofrido violência física ou sexual pelo menos uma vez na vida; 22%
não conseguiram contar a ninguém sobre o ocorrido; e 60% não saíram de casa, nem sequer
por uma noite. Ao contrário do que a ideologia dominante, muitas vezes, quer fazer crer, a
violência doméstica independe de status social, grau de escolaridade ou etnia. Verifica-se,
inclusive, que certos tipos de violência (como, por exemplo, os casos de abusos sexuais)
ocorrem com maior incidência nas camadas sociais médias e altas (SOARES, 2006).
O estudo acerca deste tema é de grande relevância no cenário atual, já que é notório o
crescente aumento deste fenômeno entre a população mundial, evidenciando-se um problema
social e de saúde pública, que afeta a integridade física e psíquica da mulher, além de
constituir uma flagrante violação aos direitos humanos. Logo, a psicologia não pode se furtar
de buscar compreender esta problemática, em face da magnitude de sua repercussão, tanto no
âmbito social quanto no que tange à saúde das mulheres vitimadas.
Considerando a importante relevância social deste tema, acredita-se que seja
necessário um olhar mais cuidadoso e atento das autoridades governamentais, através da
criação e desenvolvimento de políticas públicas visando combater este fenômeno, assim como
proporcionar uma assistência mais adequada às vítimas desta violência, além de uma maior 4
implicação
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