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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER E SUAS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS

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Por:   •  9/5/2013  •  1.978 Palavras (8 Páginas)  •  1.851 Visualizações

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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER E SUAS

CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS

Resumo: Este estudo pretende investigar as principais conseqüências psíquicas trazidas à

mulher vítima de violência doméstica, assim como os fatores que a predispõem. Através de

um recorte de gênero, diferenciando as especificidades da violência física e psicológica,

abordam-se também os motivos que contribuem para sua permanência nesta relação. Do

ponto de vista metodológico, trata-se de um estudo qualitativo, com a utilização da entrevista

semi-estruturada como instrumento de coleta de dados. A pesquisa bibliográfica realizada

visou compor um quadro teórico necessário à análise dos dados coletados. A partir das

informações obtidas, pôde-se concluir que vivenciar uma relação violenta acarreta danos à

saúde mental da mulher, traduzidos, principalmente, por constantes estados de tristeza,

ansiedade e medo.

Palavras-chave: Violência doméstica. Gênero. Conseqüências psicológicas. 2

PARECER DO ORIENTADOR

O artigo intitulado Violência doméstica contra a mulher e suas conseqüências

psicológicas de autoria das estudantes Paula Martinez da Fonseca e Taiane Nascimento Souza

Lucas do Curso de Psicologia da Fundação Bahiana para o Desenvolvimento das Ciências

(FBDC) aborda uma temática atual e de grande importância social. As alunas conseguiram

agregar a ele novos valores, especificamente para a formação do psicólogo ao focalizar a

dimensão psicológica que tal prática violenta acometa às vítimas.

O trabalho segue um conceito metodológico adequado, base teórica pertinente e

atualizada. Do mesmo modo, respeita as normas de redação em vigor e possui uma linguagem

clara e correta.

Por estes motivos, o mesmo foi aprovado pela banca examinadora do Trabalho de

Conclusão de Curso (TCC) com excelente conceito, escolhido por uma comissão da

Faculdade dentre muitos para participar do Prêmio, e agora é recomendado por mim, a quem

coube sua orientação.

Elizete Silva Passos 3

INTRODUÇÃO

De acordo com a Declaração das Nações Unidas, de 1949, sobre a Violência Contra a

Mulher, aprovada pela Conferência de Viena em 1993, a violência se constitui em “[...] todo e

qualquer ato embasado em uma situação de gênero, na vida pública ou privada, que tenha

como resultado dano de natureza física, sexual ou psicológica, incluindo ameaças, coerção ou

a privação arbitrária da liberdade.” (ADEODATO, 2006, p.2).

A violência doméstica contra a mulher recebe esta denominação por ocorrer dentro do

lar, e o agressor ser, geralmente, alguém que já manteve, ou ainda mantém, uma relação

íntima com a vítima. Pode se caracterizar de diversos modos, desde marcas visíveis no corpo,

caracterizando a violência física, até formas mais sutis, porém não menos importantes, como a

violência psicológica, que traz danos significativos à estrutura emocional da mulher.

Segundo Dias (2006), o Relatório Nacional Brasileiro retrata o perfil da mulher

brasileira e refere que a cada 15 segundos uma mulher é agredida, totalizando, em 24 horas,

um número de 5.760 mulheres espancadas no Brasil. Outros dados também alarmantes,

referidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2005, indicam que, no Brasil, 29%

das mulheres relatam ter sofrido violência física ou sexual pelo menos uma vez na vida; 22%

não conseguiram contar a ninguém sobre o ocorrido; e 60% não saíram de casa, nem sequer

por uma noite. Ao contrário do que a ideologia dominante, muitas vezes, quer fazer crer, a

violência doméstica independe de status social, grau de escolaridade ou etnia. Verifica-se,

inclusive, que certos tipos de violência (como, por exemplo, os casos de abusos sexuais)

ocorrem com maior incidência nas camadas sociais médias e altas (SOARES, 2006).

O estudo acerca deste tema é de grande relevância no cenário atual, já que é notório o

crescente aumento deste fenômeno entre a população mundial, evidenciando-se um problema

social e de saúde pública, que afeta a integridade física e psíquica da mulher, além de

constituir uma flagrante violação aos direitos humanos. Logo, a psicologia não pode se furtar

de buscar compreender esta problemática, em face da magnitude de sua repercussão, tanto no

âmbito social quanto no que tange à saúde das mulheres vitimadas.

Considerando a importante relevância social deste tema, acredita-se que seja

necessário um olhar mais cuidadoso e atento das autoridades governamentais, através da

criação e desenvolvimento de políticas públicas visando combater este fenômeno, assim como

proporcionar uma assistência mais adequada às vítimas desta violência, além de uma maior 4

implicação

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