Viver é Um Desafio

Viver é um desafio

A vida que temos e que vivemos, sem nos dar conta, é um desafio constante.. Constante porque a cada desafio superado advém outro e o processo recomeça. Nossa vida tem 2 etapas a primeira intra-uterina e a segunda extra-uterina. A única constante de ambas são os desafios.

Para existirmos precisamos ser concebidos, esse é o desafio fundamental, pode-se dizer o desafio-mãe porque ele vai dar à luz, todos os outros. Na concepção um espermatozóide, entre milhões, tem que vencer seus adversários, nadando no escuro, numa velocidade de 10 quilômetros por hora, para fecundar o óvulo. O próximo desafio é tornar-se um embrião, numa luta de até 3 semanas. Nas 5 semanas seguintes terá a tarefa de formar todos os sistemas orgânicos, necessários para viver após o nascimento. Completá-la, impedindo que ocorram má-formações é trabalho hercúleo. Enfim chega-se a reta final, as 32 semanas que, o agora feto, precisa transpor.

Eureka! Chegou o grande dia. Será que finalmente nosso guerreiro vai poder descansar? Ledo engano, sua primeira batalha é respirar com seus próprios pulmões.

Quem chegou até aqui, deve estar-se perguntando estou no Mural do Coach ou no Mural Biomédico?

A resposta, caro leitor, é Você está sim no Mural do Coach e o que foi dito até aqui tem muito a ver com a metodologia Coaching. O princípio basilar da MC é fazer emergir de dentro do coachee suas fortalezas, seus recursos para atingir seus objetivos. As raízes dessas qualidades estão no processo que descrevemos nos três primeiros parágrafos do artigo. Daí também podemos deduzir que todos nascemos iguais com as mesmas possibilidades. Maria Montessori comparava o nascituro a um feixe de potencialidades. Se nascemos todos iguais, se ao nascer somos todos vitoriosos, porque uns tem uma vida plena e outros vivem muito aquém de suas possibilidades?

Para a resposta valho-me novamente de Montessori “ao nascer nós nos transformamos em um embrião espiritual” o que equivale dizer que a exemplo no outro período embrionário, a tarefa desse período é construir nossos sistemas, agora não orgânicos, mas sim os sistemas “biopsicológicos para processar informações que pode ser ativado num cenário cultural para solucionar problemas ou criar produtos que sejam valorizados numa cultura",

conforme definido por Howard Gardner.

Esses sistemas nos permitem confrontar e avaliar objetos e situações; comunicar nossos pensamentos e idéias; fruir, compor e executar padrões musicais com seus ritmos e timbres; perceber o mundo visual e poder transformá-lo e recriá-lo; perceber , reconhecer e controlar os movimentos do próprio corpo; reconhecer e expressar emoções; etc.

Fazer tudo isso é relativamente fácil e natural, o grande desafio é colocar todas essas capacidades a serviço da conquistas de nossos objetivos! Alguns o fazem melhor que outros, mas tudo é possível para todos!

Yara Prates

08/01/2014