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África - Racismo

Por:   •  25/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  820 Palavras (4 Páginas)  •  256 Visualizações

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A Dor

No preconceito somos discriminados e tratados com indiferença por pessoas que possuem um conceito pré-estabelecido negativamente ao nosso respeito.

Já no auto preconceito a situação é a mesma, porém o preconceito não parte de outras pessoas e sim de nós mesmos, esse é o pior preconceito que existe.

Como não é possível a um chinês passar por judeu, o mesmo ocorre com um negro que pensa poder passar por branco.

Racismo: a legitimação da escravidão

A escravidão colonial importou da África para o resto do mundo cerca de 10 milhões de almas. A quem fale em quase 14 milhões de africanos raptados pelos escravagistas.

O Brasil foi o país que importou o maior número de escravos, tirando as crianças nascidas das escravas em terras brasileiras.

O Brasil se tornou um país possível através da escravidão, contando com o suor e o sangue do negro.

No século XX, a humanidade vivenciou o sacrifício de milhões de pessoas devido ao Nazismo, porém tornou-se pequeno comparado ao tráfico negreiro, que existiu por cerca de 320 anos, equivalente a 64 % do tempo de vida de nosso país.

Os navios negreiros saiam da África com seiscentos escravos em média, embora esse número variasse de acordo com o tipo e o tamanho das embarcações. Receando as possíveis revoltas dos africanos durante a viagem, os traficantes trancavam eles nos porões dos negreiros.

A viagem de Luanda (África) até Recife (Brasil) durava geralmente trinta e cinco dias. Até a Bahia, quarenta dias; até o Rio de Janeiro, cerca de dois meses.

Nos escuros porões dos navios, o espaço era reduzido e o calor, quase insuportável. Além disso, a água era suja e o alimento, insuficiente para todos.

Devido aos maus tratos e as péssimas condições do transporte, calcula-se que morriam de 5 a 25 % dos negros durante a viagem, sendo que os corpos eram lançados ao mar, ou muitas vezes os próprios se suicidavam. Por isto, os navios negreiros eram chamados de “tumbeiros” (palavra referente a tumba) ou “túmulos flutuantes.

O Cotidiano do escravo

Ao longo de mais de 300 anos os escravos negros foram responsáveis pela produção das maiores riquezas, como o açúcar, o outro e o café. Além desses ciclos econômicos houve também a escravidão urbana, os “negros de ganho” , ou seja, eram escravos que realizavam tarefas remuneradas e eram explorados ou mesmo alugados para quem necessitassem de serviços como marcenaria, alfaiataria, ferreiro e outros.

O trabalho escravo indígena também foi usada, porém a mão de obra dos negros eram mais lucrativas.

Financeiramente o tráfico de negros rendia até 4000%, hoje só o hiperlucrativo tráfico de cocaína rende tanto dinheiro.

Muitas vezes o açúcar, o tabaco, a aguardente e outros produtos serviam de moeda de troca. Quando chegavam a América Portuguesa, os escravos eram colocados a venda em mercados. Ficavam a mostra em exposição sendo tratados como mercadorias.

Os escravos começavam a trabalhar ao raiar do dia e só paravam ao anoitecer, não haviam dias livres e nem finais de semanas, não trabalhavam menos que 12 horas por dia, chegando-se a ter jornadas de até 18 horas. Sua alimentação eram apenas feijão, aguado com carne de porco, farinha e alguma fruta de estação, porém esta alimentação não era suficiente para que eles aguentassem toda essa jornada de trabalho.

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