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A INSTRUMENTALIDADE NO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

Por:   •  29/12/2021  •  Ensaio  •  1.160 Palavras (5 Páginas)  •  156 Visualizações

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A INSTRUMENTALIDADE NO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

Ester Ferreira de Souza

Tutor Externo

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I

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RESUMO

A instrumentalidade é um conjunto de instrumentos imprescindível a realização de um determinado compromisso. No caso do trabalho de um assistente social, o conceito vai muito além das ferramentas do trabalho. Nas políticas sociais, a estruturação das ações é precedida da própria implementação. Portanto, os instrumentos por si só não são suficientes. O assistente social primeiro conhece a realidade social em que vai intervir, para só então propor metas a serem alcançadas. Ao combinar planejamento e habilidades técnicas e operacionais, colocando-as em prática, ele intermede mudanças sociais. Para isso é preciso usar a metodologia. Dessa forma, pode-se compreender o seu objeto de pesquisa da forma mais ampla possível. Neste modo, o paper é produto da discussão da graduação em serviço social destacando questões sociais e teve como abordagem pesquisa bibliográfica metodológica e de caráter qualitativo. Concluiu-se que a capacidade de mudar a forma de trabalhar e se adaptar novamente, com foco em um objetivo, que é atingir o objetivo pretendido, para que o funcionário demonstre o sucesso de suas ações, esse conjunto dessas atividades é o que caracteriza a instrumentalidade no trabalho de uma assistente social.

Palavras-chave: Instrumentalidade. Objetivo. Serviço Social.

1 INTRODUÇÃO

A apresentação inicial do trabalho, possibilita uma visão global do assunto tratado com definição clara, concisa e objetiva do tema e da delimitação precisa das fronteiras do estudo em relação ao campo selecionado, ao problema e aos objetivos a serem estudados.

O objetivo geral refere-se diretamente ao objeto – problema – do trabalho. Inicia-se a frase com um verbo abrangente e na forma infinitiva, envolvendo o cenário pesquisado e uma complementação que apresente a finalidade.

2 DESENVOLVIMENTO

Enquanto sujeito, o ser humano é o produtor de valor de uso e torna-se objeto, trabalho e mercadoria que carrega valor de uso e valor de troca. Trabalho que produz mercadorias para troca e deixa de ser um meio de satisfazer as necessidades dos produtores para ser um meio de satisfazer as necessidades de reprodução ampliada do capital.

Em outras palavras, com a venda de mão de obra, as pessoas se transformam em mercadorias. O trabalho como protótipo da existência social se reduz ao trabalho remunerado. Os homens começam a ver uns aos outros como coisas e a se conectar uns com os outros.

De acordo com Guerra (2002), “as bibliografias que tratam do Serviço Social evidenciam ausências e insuficiências na abordagem das questões que permeiam a intervenção profissional do assistente social”, pois ao longo do complexo e contraditório processo histórico da profissão, a intervenção profissional é gestada em meio ao confronto das classes sociais, de um lado sendo conduzida de forma conservadora a partir da ideologia dominante, tratando os problemas sociais de forma individual e reforçando a alienação e a reprodução da força de trabalho, e de outro lado buscando satisfazer alguns dos interesses e necessidades decorrentes das demandas da classe trabalhadora.

Desde a década de 1960, e a partir das peculiaridades sociopolíticas e econômicas do capitalismo, surgiram demandas e demandas de profissionais que não podem ser contempladas no referencial teórico do serviço social. As ações dos assistentes sociais já se referiram a teorias da área do Direito e da Psicologia para realizar suas intervenções em situações pontuais, principalmente nos casos de psicologização de problemas sociais. Desse modo, pode-se perceber que, desde então, houve um distanciamento e uma dicotomia entre teoria e prática que impediram a reflexão crítica sobre a prática profissional. Mais preocupante ainda foi o fato de os assistentes sociais se instalarem no entendimento de que deveriam partir da prática à teoria, o que resultou na formulação de procedimentos que serviram de modelo de intervenção e em ações generalizadas para casos semelhantes e transformadas em direitos.

Conforme (GUERRA, 2002),.por esse motivo citado anteriormente não eram usadas teorias como meios ou instrumentos capazes de proporcionar a operacionalização das ações, já que as mesmas não traziam subsídios às práticas profissionais frente à complexidade das determinações e da dinâmica de contradições constituintes, constitutivas e constituídas dos fenômenos sociais com os quais o assistente social trabalha.

O profissional em Serviço Social não entendia as críticas problemáticas quando lhes chegavam, através da instrumentalidade da profissão como forma de passar a teoria para a prática.

No final da década de 70, a profissão de Serviço Social começou a rever os fundamentos teórico-práticos das suas ações e a refletir sobre os projetos sociais que mobilizam a intervenção profissional. Uma vertente crítica da profissão submete os supostos teóricos que a informam, o conteúdo ideológico do seu sistema de saber e o significado social da sua prática à crítica.  

A autora relata:

Mesmo com avanços decorrentes do amadurecimento das condições objetivas da realidade brasileira e da categoria profissional dos assistentes sociais, verifica-se ainda a presença da racionalidade formal-abstrata, que faz com que o enfrentando dos imediatismos da vida cotidiana continuem ocorrendo a partir de ações manipulatórias e instrumentais. (GUERRA, 2002, p. 135).

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