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Definição de classes sociais

Por:   •  23/4/2016  •  Resenha  •  596 Palavras (3 Páginas)  •  152 Visualizações

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Existem várias formas de definir classes sociais. Para Marx, é o lugar que a pessoa ocupa nas relações de produção: proprietário e fornecedor de mão de obra (não proprietário). E esta divisão é parte da estrutura da sociedade capitalista.

Numa definição oposta, a divisão de classe visa estratificar a sociedade dividindo-as pela renda e pelo poder de aquisição. Essa forma de dividir a sociedade se mostra meramente interesse, pois define para quem os publicitários vão vender, define quem é útil para o capital e quem não é, e os que não, são excluídos.

Acredito que a definição de Marx retrata melhor a realidade da sociedade capitalista, mostrando a visão crítica de exploração e exclusão da classe trabalhadora pela classe dos proprietários e mostra também que essa divisão facilita a lógica capitalista. A sociedade se desenvolve por causa desse confronto entre as classes. Mas a oposição de Marx dizia que com o tempo não haveria mais apenas duas classes, pois surgiria a classe média, que seria intermediária a essas duas classes opostas e com o tempo as condições melhorariam e a classe trabalhadora se tornaria classe média.

Se o desenvolvimento da sociedade depende do confronto entre as duas classes, podemos entender melhor o que acontece no Brasil.

Desde a época da colonização, até a época da industrialização, da ditadura e principalmente da redemocratização (aonde esta foi estipulada de cima para baixo, e assim ficou até hoje), as leis instituídas também vieram da burguesia, as escolas e universidades também eram das elites. Podemos notar que historicamente não houve nenhum confronto com a burguesia no início da história do país.

Outro exemplo é a abolição da escravatura, aonde o escravo não encontra emprego e acaba sendo marginalizado e ainda, o período de escravidão deixou no Brasil um traço de brutalidade na relação: trabalhador e proprietário, transformando o trabalho manual indigno e visto como obrigação, enquanto que o intelectual é digno pois somente a burguesia tem acesso.

Esse confronto começa apenas quando o país exporta mão de obra da Europa. Nesta época as graves operárias eram consideradas casos de polícia, pois o Estado não intervinha e não havia Leis que beneficiassem os trabalhadores.

Mais adiante na história, o Brasil ia na contra mão dos outros países que passavam por uma reestruturação do modo de produção (automatização) enquanto que o Brasil ainda na ditadura, passava por um aumento do sindicalismo. Mais tarde, o país passou pela reestruturação que causou grandes estragos e o sindicalismo perdeu forças, largando a característica confrontadora e se tornando negociador. E com essa reestruturação, os trabalhadores se tornam alienados, individualistas e assim, o confronto de classes perdeu forças.

A sociedade brasileira não chegou a conhecer o Welfare State e ainda pagou as consequências da crise capitalista mundial, sofrendo mais ainda com o capitalismo financeiro que causa mais desemprego, mais desigualdade social, mais violência e etc. É verdade que houve um aumento no número de trabalhadores, mas com a grande competição pelas vagas de emprego, trabalha-se mais e ganha-se menos.

Tudo isso mostra que a classe trabalhadora e também a classe média ficam cada vez mais submissos ao capital. A informatização

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