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Disciplina: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social

Por:   •  23/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.714 Palavras (15 Páginas)  •  346 Visualizações

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[pic 1]FACULDADE ANHANGUERA - UNIDERP

GRADUAÇÃO SERVIÇO SOCIAL (CEAD)

Atividades Práticas Supervisionadas – ATPS.

Disciplina: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social

Profa.Ma.Laura Santos

Alunos: Erica Palma de Jesus

RA 4523809605

Georgette Caleff Alves de Melo

RA 4337798917

Ivete Aranha Piovesan

RA 4322809682

Maria Candelária Lyra

RA 3885771528

Marizilda Sueli Cantelli

RA 4975826183

Pedro Aderbal Rodrigues

RA 4948935885

Silvia A. de Carvalho Simon França

RA 4346852190

Indaiatuba – SP

2º Sem/2012

Postagem em 14/09/2012

Relatório Parcial - (Etapa 1)

Nos anos 30 a população urbana cresceu demasiadamente por causa do êxodo rural provocado pela desestruturação da agricultura.

Com a chegada da Revolução Industrial iniciada na Inglaterra, muitas fábricas foram construídas e era preciso muita mão de obra para dar conta da infraestrutura como: abertura de estradas, suprimentos de energia e etc.

Nas fábricas os operários desempenhavam trabalhos repetitivos em linhas de montagem, onde tinham sua própria força de trabalho alienada. As empresas exerciam rigoroso controle e domínio sobre seus operários que eram abusivamente explorados, tendo que trabalhar em condições sub-humanas, por longas jornadas diárias e salários baixos. A produção em massa só visava aumentar os lucros por causa do Capitalismo desenfreado que assolava o mundo moderno. O Estado, juntamente com a classe dominante e a Igreja Católica criou estratégias com o objetivo de disciplinar e recristianizar a sociedade, e o Serviço Social com seus assistentes sociais foram agentes deste processo que na verdade estava sendo criado para controlar a massa operária, o Estado assumia parte das reivindicações populares como: alimentação, moradia, saúde, ampliando bases do reconhecimento da cidadania social, através de uma legislação social e salarial, tornando as classes subalternas cada vez mais dominadas e manipuladas. Assim, o Estado controlava a regulação do mercado pela política salarial e sindical e também pela prática assistencial.

O Serviço Social enquanto profissão situa-se no processo de reprodução das relações sociais, como atividade auxiliar e subsidiário enquanto controle social e difundindo a ideologia da classe dominante entre a classe trabalhadora. Os problemas sociais eram muitos, as cidades tinham superpopulações, congestionamentos, falta de infraestrutura (saneamento básico, suprimento de energia, moradia, saúde, educação, e etc), para todos, então formaram-se as vilas operárias que eram cortiços, onde se disseminavam as doenças, a fome, a miséria que levavam a marginalidade e consequente exclusão.

Na ditadura do Estado Novo no Brasil (1937/1945) foram criadas instituições como CNSS (Conselho Nacional de Serviço Social-1938) e LBA (Legião Brasileira de Assistencia-1942), que se tornaram instrumentos de controle social e político da classe dominada e manutenção do sistema de produção tanto pelos efeitos econômicos quanto pela absorção dos conflitos sociais e das relações vigentes. Havia muitas greves por causa do desemprego, operários eram mortos durante as manifestações pela polícia. Órfãos eram levados para instituições do governo (orfanatos). Roubavam comida para não passar fome, a acumulação da pobreza e a miséria eram cada vez maiores. A população não podia se levantar contra o Estado  pois era presa como comunista.

Dentro do Serviço Social não houve modificações significativas entre 1946 e 1964, com exceção da Fundação Leão XIII, criada em 1946 pelo governo federal que atendia especificamente moradores de favela, e a criação do SESI (Serviço Social da Indústria).

Em 1964 com a ditadura militar e sua ideologia de "deixar o bolo crescer para depois repartir" a classe trabalhadora empobrecia assustadoramente. Nos anos 70 a LBA abre concurso para várias vagas inclusive para Serviço Social para obter maior controle sobre a sociedade. Em 1980 com o fracasso do milagre econômico cresce ainda mais o número de pobres, sendo registrados níveis expressivos de miséria absoluta e altos índices de mortalidade infantil e desnutrição e o governo através de ações fragmentadas tentando atender as demandas da população, tornava-a cada vez mais dependente de "benefícios".

Na Constituição Federal de 1988, a Assistência Social é elevada ao status de Política de Seguridade Social e passa a ser um direito do cidadão, mas, só em 1993 se regulamenta os artigos das instituições de assistência, o que caracteriza o desinteresse do poder público com a assistência e desvincula as relações de clientelismo e filantropia. Em 1995, Fernando Henrique Cardoso extingue a LBA por decreto devido aos desmandos do governo de Fernando Collor de Melo. Cria-se o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) ligado a Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), e acontece a 1ª Conferencia Nacional de Assistência Social. A Lei Orgânica de Assistência (LOAS) é implantada a partir da concessão de benefícios para idosos, portadores de deficiência, crianças e adolescentes, também neste período deu-se a descentralização do governo, que acaba passando para os estados e municípios a execução e responsabilidade das ações. Com essa nova ideologia União, Estado e Município assumem funções bem definidas, mas os recursos não são suficientes para as necessidades sociais. Essa estratégia é baseada numa proposta de maior integração em nível local entre os recursos públicos e das organizações não governamentais no que diz respeito ao financiamento das políticas sociais. A partir de 1990 o Serviço Social teve necessidade de romper com o tradicionalismo e buscou construir um projeto-ético-político que se posicionasse a favor da reflexão ética da democracia e da liberdade.

Num período de aprofundamento das questões sociais e do crescimento das demandas sociais, torna-se necessário respaldar-se na promoção da justiça social, para isso temos como referência o SUAS com sua proposta de executar o LOAS efetivando deste modo a assistência social enquanto política pública e direito social.

Em seus preceitos o SUAS propõe a equidade dos sujeitos progressivamente vulnerabilizados, considerando não só suas necessidades, mas, também suas capacidades, fazendo oposição a práticas seletivistas e individualistas, pois as ações sociais são executadas no âmbito familiar.

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