Entrevista Cras e Sasf

INTRODUÇÃO

O Presente trabalho foi decorrente de entrevistas realizadas com Assistentes Sociais do CRAS Jardim Ângela (Centro de Referência de Assistência Social, unidade pública estatal de base territorial, localizada em áreas de vulnerabilidade social. Executa serviços de proteção social básica, organiza e coordena a rede de serviços socioassistenciais, locais da política de assistência social. Dada a sua capilaridade nos territórios se caracteriza como principal porta de entrada dos usuários à rede de proteção social do Sistema Único de Assistência Social – SUAS) e do SASF Jardim Angela IV (O serviço desenvolve proteção social básica no domicílio junto a famílias em situação de risco e de vulnerabilidade social, com idosos e pessoas com deficiência. Prevê a convivência e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, por meio de ações socioeducativas que visam: o acesso à rede socioassistencial, a garantia de direitos, o desenvolvimento de potencialidades, a participação e ganho de autonomia, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo, às situações de risco, exclusão e isolamento dos grupos familiares.)

RELATORIO

As entrevistas foram feitas no dia 20 de setembro com a Assistente Social do Cras, Alessandra Rosalino Martins e a Assistente Social do Sasf, Luciana Aparecida Peruci Borges, formada em 2009 pela Universidade Santo Amaro e pós-graduada em Politicas Publicas.

O objetivo era conhecer a prática profissional das entrevistadas, correlacionando com o conhecimento teórico.

A Assistente Social Luciana do Sasf nos relatou que as bases teóricas, metodológicas, técnico e ético-politicas são fundamentais para o exercício de sua função. Para ela o grande desafio é o trabalho em rede.

Relatou que o despreparo dos novos profissionais é alto, percebe no dia a dia que muitos estagiários não sabem escrever corretamente.

Ao longo das entrevistas pude perceber que os desafios para a atuação profissional dos Assistentes Sociais são muitos e as possiblidades são poucas, muitos aspectos interferem no cotidiano do trabalho desses profissionais, como por exemplo, as relações de poder e a falta de profissionais.

Entrevista com a Assistente Social do Cras

Como se dá a atuação da/o Assistente Social? 

Minha atuação se dá em duas frentes de trabalho: supervisão técnica de serviços socioassistenciais no território do Jardim Ângela que mantém convênio com a Prefeitura de São Paulo por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADS; atendimento social para as famílias que procuram atendimento no CRAS, acolhida, escuta, encaminhamentos e acompanhamento social. 

 

Como é avaliado o trabalho em equipe? (qual tipo de equipe, multidisciplinar, interdisciplinar, etc.? Quais profissionais compõem a equipe?). 

Nossa equipe técnica é composta somente por assistentes sociais o que dificulta uma discussão mais ampla e enriquecedora dos casos. 

Quanto ao trabalho em equipe, realizamos discussão de casos para contribuições visando a qualidade do acompanhamento realizado e trocamos conhecimento/informações para manter um padrão de atendimento. 

 

Como se dão as relações de poder institucionais? 

Para que as relações de poder não interfira no trabalho técnico, busco estar sempre em busca de conhecimento para me respaldar em minhas ações e sempre tenho como documento norteador o código de ética profissional 

 

Qual o principal público e demandas atendidas pelo Serviço? 

No atendimento social a maior procura dos atendidos é a regularização de benefícios de Programa de Transferência de Renda (Bolsa Família) e solicitação de auxilio alimentação, no entanto essas solicitações são os motivos que trazem as pessoas até o CRAS, mas as demandas apresentadas ultrapassam a solicitação inicial, sendo assim a escuta qualificada acaba identificando outras demandas. 

 

Quais os principais instrumentais e técnicas utilizadas na prática cotidiana? 

Legislação vigente (SUAS, NOB, Tipificação Nacional), portarias publicadas pela SMADS e código de ética. Quanto as técnicas utilizadas; escuta qualificada, registro, visitas e elaboração de relatório. 

 

Quais são os principais equipamentos/serviços que compõem a rede socioassistencial e como avalia a articulação com a rede desenvolvida junto ao território? 

Na rede socioassistencial nós temos todos os serviços que compõem a Proteção Social Básica – PSB e Proteção Social Especial - PSE, a articulação ocorre por meio de contato direto entre os serviços e o CRAS/CREAS, referência e contra referencia, fomento da equipe de supervisão técnica (no momento estamos sem Coordenadora no CRAS, sendo a coordenação um ator importante nessa ação) por meio de orientações.