FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL I
Por: Rebeca Cristina • 27/10/2015 • Trabalho acadêmico • 2.569 Palavras (11 Páginas) • 238 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP[pic 1]
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
FACULDADE ANHANGUERA DE NEGÓCIOS DE BELO HORIZONTE/MG
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL I
FORMAÇÃO ECONÔMICA E POLÍTICA DO BRASIL
ANDRÉA FAGUNDES SOUZA – RA 1299118214
LUCIANE DORNELAS ESTANISLAO – RA 1299118715
ROSEMEIRE ÂNGELA CORREIA SOUZA – RA 1299117632
REBECA CRISTINA GONÇALVES PEREIRA – RA 1299118221
SONIA MARIA – RA 1299117753
DESAFIO PROFISSIONAL:
ANÁLISE COMPARATIVA: OS PARÂMENTROS DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA DÉCADA DE 80 E NA COMTEMPORANEIDADE
TUTOR (A) A DISTANCIA: REBECA BARBOSA DE OLIVEIRA
BELO HORIZONTE
2015
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DESAFIO PROFISSIONAL:
ANÁLISE COMPARATIVA: OS PARÂMENTROS DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA DÉCADA DE 80 E NA COMTEMPORANEIDADE
Trabalho de Desafio Profissional, apresentado ao curso de Serviço Social da Faculdade Anhanguera Educacional, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel ou Licenciatura em Serviço Social.
Orientadora: Yasmine Jorge
BELO HORIZONTE
2015
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO.............................................................................................4
- O SERVIÇO SOCIAL EM 1980...................................................................5
- OS PARÂMETROS DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE...........................................................................8
- CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................11
- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................12
- INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresenta algumas reflexões sobre o processo de construção do Serviço Social e a atuação dos assistentes sociais nos anos 80 e 2000. Por meio de análises trazemos informações sobre suas origens e ressaltamos movimentos e elementos que trouxeram a necessidade da renovação e reconceituação profissional.
Para tanto, foram feitas pesquisas e leituras em textos e artigos que nos serviram como pilares informativos. Buscamos especificar os momentos históricos e os relacionar com os marcos legais do Serviço Social e sua fundamentação teórico-metodológica.
O estudo mostra claramente as relações entre as complexas bases históricas da profissão, seus momentos conflituosos, o rompimento com o tradicionalismo e o conservadorismo, suas conquistas enquanto profissão e sua inovação científica que deixam um legado para a construção desta disciplina.
Este trabalho nos desafia a refletir sobre o contexto em que o Serviço Social foi inicialmente inserido para em seguida percebê-lo frente à uma sociedade moderna e com novas demandas a serem desvendadas.
“O momento que vivemos é um momento pleno de desafios. Mais do que nunca é preciso ter coragem, é preciso ter esperanças para enfrentar o presente. É preciso resistir e sonhar”
Marilda Vilela Iamamoto
- O SERVIÇO SOCIAL EM 1980
A história do Serviço Social foi marcada por ideias divergentes, conflitos entre burguesia e proletariado e grandes transformações desde seu surgimento até a atualidade. As práticas da assistência social surgiram, inicialmente, como importantes instrumentos da burguesia para acalmar a cólera dos trabalhadores e mascarar suas reais condições de vida e trabalho.
Segundo Martinelli (2011, p. 156) a profissão “nasce articulada com um projeto de hegemonia do poder burguês, como uma importante estratégia de controle social, como uma ilusão de servir, para, juntamente com muitas outras ilusões criadas pelo capitalismo, garantir-lhe a efetividade e a permanência histórica”.
A autora relata ainda que o Serviço Social busca sua identidade enquanto profissão e menciona que este nasce associado ao capitalismo e serviu para amenizar os problemas sociais causados por este sistema econômico.
É uma profissão que já surge no cenário histórico com uma identidade atribuída pelo capitalismo. Em vez de ser produzida historicamente, decorreu do poder hegemônico da classe dominante, que roubou dos agentes a possibilidade de construir formas peculiares de prática, autenticamente sociais; (Martinelli, 2011, p.157)
Nesse momento, o Serviço Social se apresentava apenas de forma caridosa, com o intuito de servir, onde os agentes sociais se preocupavam falsamente com o bem-estar dos trabalhadores, sendo que, na verdade, estavam unidos aos desejos da burguesia.
Durante o governo de JK (Juscelino Kubistchek) nos anos de 1960, surgiram assistentes sociais que começaram a questionar o trabalho social como simples prática assistencialista e sem visão de mudança na realidade dos assistidos, segundo Aguiar (1985).
Silva (1995) afirma que “(...) essa nova postura permite que se registre, no período 1960-1964, uma prática desse reduzido grupo de assistentes sociais que parte de uma análise crítica da sociedade, percebendo as contradições e a necessidade de mudanças radicais”.
O anseio de se afastar do tradicionalismo do Serviço Social colaborou para a construção de grupos de debates entre os assistentes sociais, atingindo os debates ao longo de congressos nacionais e marcando as zonas de pensamentos entre conservadores – os que queriam manter a visão tradicional, e modernistas – um novo projeto que visava a transformação social. Esse debate foi encoberto pela ditadura militar, ressurgindo com o processo de renovação do Serviço Social que ocorreu entre 1967 e 1984.
No início dos anos 70 os movimentos populares e sociais se manifestaram no Brasil. E, segundo Pinsky (2003, p. 568) “os movimentos populares se caracterizaram por um alcance limitado a questões localizadas na vida prática da comunidade”.
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