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Fichamento Comentado Iniciação á Filosofia - Marilena Chauí

Por:   •  18/1/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.948 Palavras (8 Páginas)  •  2.738 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

TURNO: NOITE

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE FILOSOFIA

PROF.: JOSÉ ALDO

ALUNA: CAMILA LIMA MARQUES

FICHAMENTO DOS CAPÍTULOS 2, 3 E 4. INICIAÇÃO À FILOSOFIA, MARILENA CHAUÍ.

CAPÍTULO 2 – O QUE É FILOSOFIA?

“Podemos dizer que a filosofia surge quando os seres humanos começam a exigir provas e justificações racionais que validem ou invalidem as crenças cotidianas” (pág. 18)

Na Grécia, a filosofia surge quando pensadores começam a questionar as explicações dadas pelos mitos para a criação do mundo e de todas as coisas. Eles começam então a buscar respostas para os seus questionamentos e passam a descobrir que as verdades estão ao alcance de todos os que ousam saber.

“A face negativa e a face positiva da atitude filosófica constituem o que chamamos de atitude crítica.” (pág. 19)

A atitude filosófica é crítica porque a filosofia requer julgamento, discernimento, olhar racional ao avaliarmos um fato ou fenômeno.

“Para Platão, o discípulo de Sócrates, a filosofia começa com a admiração ou, como escreve seu discípulo Aristóteles, a filosofia começa com o espanto.” (pág. 19)

É a partir do momento em que nos admiramos ou nos espantamos, com as coisas e com as explicações, que começamos a fazer “filosofia”. Deixamos de lado tudo o que achávamos conhecer e passamos a buscar verdades fundamentadas e que possam ser provadas.

“(...) a filosofia se volta preferencialmente para os momentos de crise no pensamento, na linguagem e na ação, pois é nesses momentos críticos que se manifesta mais claramente a exigência de fundamentação das ideias, dos discursos e da prática.” (pág. 19)

Nossos momentos de crises são aqueles onde a realidade que nos é mostrada já não é o suficiente, precisamos de algo a mais. Vamos, então, buscar esse algo a mais através da atitude filosófica.

“A atitude filosófica inicia-se dirigindo essas indagações (o que é, como é, por que é) ao mundo que nos rodeia e às relações que mantemos com ele.” (pág. 21)

 A atitude filosófica começa com a indagação. O que é, como é e por que é são as perguntas chaves e que dão largada para tal atitude.

“A reflexão filosófica é o movimento pelo qual o pensamento, examinando o que é pensado por ele, volta-se para si mesmo como fonte desse pensado. É o pensamento interrogando-se a si mesmo ou pensando-se a si mesmo.” (pág. 22)

Reflexão filosófica # Atitude filosófica

“As indagações filosóficas se realizam de modo sistemático” (pág. 23)

Essas indagações seguem regras e procedimentos próprios do conhecimento científico. Seus resultados exigem provas e passam por avaliações, podendo ser reafirmados, já que a ciência está sempre em movimento.

“Uma primeira aproximação nos mostra pelo menos quatro definições gerais do que seria filosofia:

  1. Visão de mundo de um povo, de uma civilização ou de uma cultura (...)
  2. Sabedoria de vida (...)
  3. Esforço racional para conceber o Universo como uma totalidade ordenada e dotada de sentido (...)
  4. Fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas (...)” (págs. 23,24 e 25)

Existem várias tentativas de explicação para o que seria filosofia. A primeira não satisfaz pois, não traduz as especificidades do fazer filosofia e mais se aproxima dos mitos. A segunda não abrange todo o trabalho realizado pelo filósofo. A terceira confunde-se com religião e também, está ultrapassada, já que mostra o que buscava a filosofia em seu início; hoje em dia, a filosofia não possui mais esse caráter totalizador. A quarta é a definição mais completa, porque nos mostra como é e como se tem uma atitude filosófica.

CAPÍTULO 3 – A ORIGEM DA FILOSOFIA

“Atribui-se ao filósofo Pitágoras de Samos a invenção da palavra filosofia. Pitágoras teria afirmado que a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem deseja-la ou amá-la, tornando-se filósofos. ” (pág. 28)

Para Pitágoras, filósofo é aquele que não é movido por interesses materiais ou por vaidades; mas, é aquele que busca saber, pelo simples desejo de querer saber.

“A filosofia surgiu quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar respostas para elas, demonstrando que o mundo e os seres humanos, os acontecimentos naturais e as coisas da natureza podem ser conhecidos pela razão humana, e que a própria razão é capaz de conhecer-se a si mesma.” (pág. 29)

A verdade não é mais algo inalcançável, revelado por divindades. A verdade agora está ao alcance do homem.

“Os historiadores da filosofia dizem que ela possui data e local de nascimento: fim do século VII a.C. e início do século VI a.C., nas colônias gregas da Ásia Menor, na cidade de Mileto. E o primeiro filósofo foi Tales de Mileto” (pág. 30)

“Ao nascer, a filosofia tem dívidas com a sabedoria dos orientais, (...) Os gregos, porém, imprimiram mudanças profundas ao que receberam do Oriente e das culturas precedentes. Dessas mudanças, podemos mencionar quatro, que nos dão uma ideia da originalidade grega:

  1. Com relação aos mitos (...)
  2. Com relação aos conhecimentos (...)
  3. Com relação à organização social e política (...)
  4. Com relação ao pensamento (...) (pág. 30)”

Os povos do oriente contribuíram com a filosofia, pois foi através do contato com essas culturas que os gregos elaboraram a sua mitologia. Os gregos, porém, realizam mudanças nesses pensamentos precedentes, humanizaram os deuses e deram aos mitos um caráter racional. Eles transformaram em ciência sabedorias do dia-a-dia utilizadas pelos egípcios, pelos caldeus, babilônios. Foram eles que inventaram a política, já que nas outras sociedades não havia distinção entre o poder privado ou o poder religioso. Criaram a ideia de leis e justiça e a ideia de democracia. Eles também nos deixaram a ideia que a racionalidade deve seguir um processo sistemático, com regras, normas e leis.

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