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Fichamento Da Obra Filosofia E Formação No Ensino Superior

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Por:   •  3/12/2014  •  1.358 Palavras (6 Páginas)  •  860 Visualizações

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Filosofia e formação no ensino superior

LORIERI, Marcos Antônio. Filosofia e formação no ensino superior. In: Revista Páginas de Filosofia, v.2, n.1. São Paulo: UNINOVE, 2010. P. 47- 60.

O trabalho do autor baseia-se em defender e justificar a importância do ensino da filosofia na educação superior e fundamenta suas considerações indicando o exercício do filosofar como um suporte fundamental para a formação do profissional e pessoal na sociedade. “A filosofia é uma necessidade porque é através dela que as pessoas podem produzir, de uma forma reflexiva, crítica, metódica, abrangente e profunda, algum significado, algum sentido, para suas existências, o que engloba produzir algum significado ou sentido para a realidade de que fazem parte.” (p. 48)

Primeiramente, no trecho citado acima o autor nos traz o tópico Necessidade da Filosofia, que trata da importância desta em, praticamente, todos os campos sociais, pois é através dela que adquirimos uma formação crítica, reflexiva e abrangente de pensar o sentido das “coisas” e a nossa existência. Necessitamos da filosofia para justificar e responder a todos os nossos anseios sociais e humanos, ela nos dá sustentação para nos questionarmos a respeito da realidade que nos cerca e da qual fazemos parte, a filosofia é fundamental, pois dá sentido a vida e é isso o que buscamos a cada instante, significados e sentidos.

O autor cita as religiões como uma forma de conhecimento que nos dá algum sentido ou significado, porém não como algo que esteja a postos para reflexão ou sentido crítico e sim como uma doutrina e que a seguimos não por compreensão, mas pela fé, pois não é algo racional, embora se tenha argumentos racionais que justifiquem as doutrinas religiosas; com isso, podemos perceber que embora não possamos com toda a certeza explicar o sentido das coisas, como citado o da religião, ainda assim buscamos significados para seguir acreditando nelas. Neste mesmo caminho são formadas as ideologias, quando um pensamento ou uma produção consegue nos trazer sentidos e responder aos questionamentos, e dessa forma passamos a acreditar nelas e o autor cita como exemplo no texto a ideologia liberal que, como outros pensamentos devido a referências de outras épocas, se tornou uma ideologia, e que para a compreensão desta mesma podemos fazer uma análise crítica e reflexiva.

(...) a imposição possibilitada pela força da persuasão publicitário-ideológica e possibilitada, mais ainda, pela falta de condições de análise filosófica à qual as pessoas são condenadas. Não é permitido que as pessoas possam aprender a analisar “respostas” filosóficas às questões de fundo e nem que as pessoas tomem e retomem essas “questões de fundo”, sem as escamotear, e aprendam a colocá-las cada vez de forma melhor. (p. 49)

No trecho dessa citação acima, o autor nos traz que algumas ideologias nos são impostas sem que ao menos possamos ter o direito de questioná-la; pois, há uma certa restrição do filosofar, todos temos o direito de questionar se aquilo é bom para nós e se é essa ideologia que queremos para a sociedade de modo geral, mas muitas vezes não é permitido o pensamento crítico às pessoas e que essas façam uma análise filosófica; a educação é primordial nesse contexto, porque é ela que vai nos dar subsídios para o pensar e o filosofar crítico e profundo, pois isso pertence a todos, a filosofia e a educação são o caminho para a criticidade. Nem sempre esse direito é permitido ou bom, pois o pensar gera questionamentos e qual o Estado que deseja que seus cidadãos o critiquem ou o questionem? Pois o pensar gera conflitos, gera guerras. Como a filósofa Ivete Simionato afirma sobre pensamento gramsciano:

O sistema educacional se constitui num dos canais onde se dá a produção e a difusão da ideologia. Nesse sentido, "a escola é o instrumento para formar intelectuais de vários níveis". No sistema educacional burguês tradicional são formados os intelectuais orgânicos da classe burguesa que contribuem para a manutenção da hegemonia. Existem nesse grupo de intelectuais indivíduos que têm uma concepção de mundo que transcende os seus interesses de classe e auxiliam na formulação da contra-hegemonia. (SIMIONATO, 2011)

O segundo tópico do autor é a respeito da Necessidade da filosofia na formação do jovem universitário. Ele vem dar ênfase no que já foi falado anteriormente, mas agora de como a filosofia é importante na universidade, pois os jovens necessitam aprender a serem críticos, rigorosos, radicais e abrangentes na análise das “questões de fundo”, segundo o autor.

O ensino dos jovens universitários baseia-se em lhes proporcionar uma formação científica e técnica, porém não se restringe somente a isso e como o autor coloca, “há algo que é necessário para eles como seres humanos e a que se deve somar a sua formação” (p.50) e esse algo que é necessário às pessoas são as sensibilidades que estes desenvolverão a partir da educação e da filosofia. Essas sensibilidades são essenciais ao longo da trajetória profissional e pessoal de cada um. Essas sensibilidades são

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