Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social I
Por: Mylena Silva • 7/3/2019 • Trabalho acadêmico • 811 Palavras (4 Páginas) • 227 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social I (SSOCI0108)
TURMA: T01
DISCENTE: Mylena da Silva
DOCENTE: Vera Núbia Santos
ESTÁGIO DOCENTE: Rosa Angélica dos Santos (Mestrado em Serviço Social)
Relatório
SEMANA DO ASSISTENTE SOCIAL/MINICURSO SAÚDE MENTAL
Assistente Social: Diléa Lucas de Carvalho
O presente relatório é referente ao minicurso de Saúde Mental, para a disciplina de Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social I, como atividade complementar, realizado durante a Semana do Assistente Social, na Universidade Federal de Sergipe.
A princípio, a ministrante do minicurso fez uma dinâmica com a turma, dividindo-a em 2 grupos de 7 pessoas e 1 de 8, e distribuiu para cada grupo alguns “quebra-cabeça” de palavras. Essas palavras formavam frases de ditados populares, de filósofos e também de músicas. As frases formadas pelo meu grupo foram: “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música”; “De médico e louco todo mundo tem um pouco”; “O amor é a sabedoria dos loucos e a loucura dos sábios”; “Para um louco, um louco e meio”.
Logo após esse momento de descontração, foi comentado o “Holocausto Brasileiro” e exibido um documentário sobre o Hospital Psiquiátrico de Barbacena - MG, nomeado de “Hospital Colônia”.
A reportagem conta a história do Colônia, que foi fundado no início do século XX, com o intuito de tratar tuberculosos e doentes mentais. Todavia, o hospital foi palco de um dos maiores genocídios da história do Brasil e transformado aos poucos em um verdadeiro campo de horrores, virando uma espécie de “depósito de lixo humano”, onde morreram durante 50 anos, cerca de 60 mil pessoas que antes de adentrar ao Colônia não tinham sequer algum problema mental.
Dona Francisca, auxiliar de cozinha do hospital em 1979, conta que tinha o sonho de ser enfermeira, mas que desistiu logo após presenciar uma sessão de tortura com choques elétricos. Os supostos loucos do Colônia eram pessoas que incomodavam a sociedade, pessoas que ninguém queria por perto e sofriam toda espécie de privação e violação de direitos humanos, e passaram a desenvolver doenças reais devido à crueldade com que eram tratados.
As imagens mostram nitidamente a falta de higiene daquele lugar, o que favorecia a presença de ratos; Não haviam leitos: os pacientes dormiam amontoados em montes de palha, onde também faziam suas necessidades, o que pôde posteriormente ser confirmado por uma das entrevistadas, Dona Marlene, funcionária do Colônia naquela época, que afirma que ela mesma colocava o capim pra secar de dia para os paciente dormirem a noite.
Segundo o repórter, no manicômio era servido o “chá da meia-noite”, como era chamada a injeção letal. Além das atrocidades cometidas contra eles enquanto vivos, o destrato continuava mesmo após a sua morte, onde os corpos eram cozidos em tambores de gasolina diante dos outros pacientes.
Crianças também foram vítimas das monstruosidades dentro do Colônia, como conta João Bosco, que foi arrancado dos braços da sua mãe logo após o seu nascimento e criado em um orfanato. Após 45 anos, João Bosco que tornou-se bombeiro, conseguiu reencontrar Dona Geralda, que foi estuprada aos 14 anos e jogada no sanatório, mas sobreviveu a todas as torturas.
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