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Fundamentos Sociais

Por:   •  29/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.876 Palavras (8 Páginas)  •  295 Visualizações

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Universidade Federal da Paraíba – UFPB

Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes – CCHLA

Departamento de Serviço Social – DSS

Docente – Luciana Cantalice

Discente – Laryssa Alexandra da Silva Castro

Matrícula – 11317269

 Sínteses conclusivas:

o pós-moderno enquanto complexo e o significado

sócio-político de suas incidências no Serviço Social.                                                                                                                  

                                           

                                                              João Pessoa, 10 de dezembro de 2015

O pós-moderno indica um estado posterior á modernidade, surge com o esgotamento da modernidade. O pós-moderno se dá em torno da realidade ou ainda, da multiplicidade de realidades, podendo achar em seu interior aspectos comuns no que se diz ao movimento intelectual pós-moderno. Esses aspectos se reconhecidos e explorados confessam no interior do pensamento pós-moderno ao final um a orientação político neoconservador que atingem o campo da prática profissional.

O pós-moderno como movimento intelectual é formado por diferentes elaborações, que se associam. Qualquer complexo parcial tem uma distinção interna e que tem como base a necessidade de se reproduzir como filosofia.

Em sua origem, pós-modernismo significava a perda da historicidade e o fim da "grande narrativa". Essas narrativas podendo ser chamadas de visões de mundo são aquilo que é negado pela pós-modernidade, a desconstrução da visão de mundo moderna. O núcleo da pós-modernidade é a negação de qualquer fundação. Não há um “real realmente real”, mas unicamente narrativas que estruturam a realidade. 

Este movimento, que também pode ser chamado de pós-industrial ou financeiro, e algumas outras denominações é, sem dúvida, caracterizado pela avalanche recente de mudanças da sociedade que representaram um processo de complexo e fragmentado das relações sociais, com conseqüentes alterações na forma de trabalho, inovações tecnológicas, entre outras. Surgindo assim, um novo quadro social com novas formas de socializações e sociabilidades. Com este novo quadro, o pós-modernismo destruiu algumas afirmações ditas na modernidade e assim fazendo surgir perguntas acerca dessa era. Em esferas como a razão, sujeito, totalidade, real, história, apontando uma nova sociedade.

O pós-modernismo surge fazendo diversos questionamentos para acabar com ‘’as verdades’’ditas pela da modernidade a fim de superar esses conceitos e atualizá-lo de acordo com o presente da sociedade. E assim vai nascendo um processo de invalidação da modernidade com estes tais elementos de sustentação:

a) Anti-razão: uma espécie de irracionalismo técnico em meio à razão lógico-formal, perspectiva que, de maneira alguma, abre mão da importância histórica. Essa concepção se dá por meio do neo-irracionalismo, da falência da razão moderna em confronto com a desrazão, e desconstrução da razão dialética.

A anti-razão do pós-moderno se exibe a partir irracionalismo. De um modo geral, esse é o quadro herdado pelos pensadores da pós-modernidade. O conceito de pós-moderno é a decretação do fim do projeto da modernidade, a falência historicamente constatada de que a razão favoreceria a emancipação do homem. A simulação substitui a realidade, e elege-se o hiper-realismo e que pretende passar para o universo das imagens uma realidade objetiva como expressão máxima da contemporaneidade e das dúvidas humanas.

O hiper-realismo, porém, sendo uma condição ilusória, entra em choque com a existência cotidiana concreta, é difícil estabelecer as fronteiras entre real e ficção. É fantasma, imaginário, subjetiva, enganosa.

A razão, o conhecimento e a ciência miravam a razão como essencial responsável pela repressão e dando a ela todas as dificuldades de que a modernidade passou. Sempre cercando a ordem e dominação do capital. O alvo central que o pós-modernismo tinha era desmontar a racionalidade crítico-dialético, que unidos com o humanismo e o historicismo formariam o fio condutor das lutas sociais.

A razão dialética tem como fundamento o ser social, tendo a apreensão da processualidade da realidade concreta. Já na razão analítica falta essa apreensão da processualidade presente em qualquer realidade.

b) Anti-totalidade: Se dá perante a divisão da vida social, por meio do processo distinção entre os indivíduos e na determinação do fim das metanarrativas. Não existe um sistema total a ser entendido e mudado, não há uma totalidade no interior da qual podemos entender nossas localidades, é uma fragmentação sem rumo. A categoria de totalidade fica numa condição de inutilidade.

Os pós-modernistas, afirmam que não podemos aspirar a nenhuma representação unificada do mundo, nem retratá-lo como uma totalidade cheia, atribuem ao mundo atual um estado pós-moderno de fragmentação constituindo assim a descrença diante das metanarrativas.

O ceticismo teórico e prático vindo das idéias pós-modernas é assustador. É um canto ao irracionalismo e ao capitalismo, um afastamento do sujeito, um verdadeiro anti-humanismo por ver na ação humana a submissão aos mecanismos de controle da estrutura sócio-econômica do capital. Visto que esses pensadores tenham falado da morte do marxismo e o fim da história. Com essa crítica a Marx, poderíamos afirmar que o comunismo ronda os pós-modernos. A própria teoria marxista é o antídoto ao ceticismo pós-moderno.

A crítica pós-moderna à noção de universalidade nega as diferenças e as particularidades dos grupos sociais da humanidade.

c) Anti-história: Há uma redução do vivido, o presente é o que se vive, o passado perde sua significação, sem preocupação com o real abandonando a continuidade e relação com o tempo. Havendo a desvalorização do tempo, ocorre a valorização do espaço. Se existe uma história, ela é aleatória, sem qualquer relação causal entre um momento e outro. Ela é mutável, múltipla e aberta. O entendimento sobre o espaço e o tempo traduz a aceleração do tempo de giro do capital e mediante a qual os novos perfis de vida associados com os modos do pós-modernismo. As seqüelas desse processo vão ser inconstantes e passageiros das coisas em âmbitos gerais, com regressão nos estilos de vida, valores, relações sociais, afins. Cabendo ao pós-moderno comandar essas novas mudanças.

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