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MEMORIAL PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL

Por:   •  13/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.275 Palavras (6 Páginas)  •  353 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

Curso Serviço Social

MEMORIAL

PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL

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MACAÚBAS-BA

2014/01

MEMORIAL

PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL

Trabalho apresentado ao Curso (SERVIÇO SOCIAL)  da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas [Gestão Social, Serviço Social e Terceiro Setor, Oficina de Formação e Pesquisa Social].

Orientador: Prof.Maria Angela Santini,Paulo Sérgio Aragão e Rodrigo Eduardo Zambom..

Macaúbas -BA

2014/01

Introdução

O presente memorial faz uma reflexão sobre a origem histórica da profissão do Assistente Social trazendo os avanços e a contribuição para o desenvolvimento da profissão.

A expressão Serviço Social foi usada pela primeira vez em 1904 nos Estados Unidos, onde os agentes sociais, executores da prática da assistência social, profissionalizaram-se com ênfase na prestação de serviços, denominado SERVIÇO SOCIAL. .Nos Estados Unidos e na Europa tal surgimento esteve atrelado ao contexto da Revolução Industrial, surgimento e ascensão do capitalismo industrial, entre os séculos XVIII e XIX. Diante das sequelas sociais impostas por este sistema aos trabalhadores, surgem as práticas assistenciais que serviram como mecanismos de consolidação da hegemonia capitalista. No Brasil, a profissão de Serviço Social foi regulamentada no ano de 1957, suas primeiras escolas surgiram a partir de 1936 no contexto da industrialização e da exploração de operários, ligada a igreja, de caráter beneficente e caritativo.

No período da ditadura militar, décadas de 70 e 80, os assistentes sociais serviam apenas como executor das políticas sociais. Com influência das  idéias de Marx e pelo movimento de reconceituação, onde o Serviço Social assume uma concepção mudancista, repensa o seu papel na sociedade brasileira, conferindo a esta profissão caráter crítico, político e classista. Nas décadas 80 e 90, avanços significativos aconteceram, entre estes a promulgação da Constituição Federal de 1988, e no âmbito do Serviço Social, a elaboração do projeto profissional, destacando o Código de Ética Profissional em 1993, e a Lei de Regulamentação da Profissão.

No contexto atual, o Serviço Social configura-se como uma profissão interventiva, cujo objeto de intervenção são as expressões multifacetadas da questão social que busca diminuir as disparidades sociais, atuando também na gestão e proposição de políticas públicas. Assim, numa perspectiva histórica, dialética e crítica, este trabalho se propõe a refletir sobre a origem da profissão, os avanços, as demandas atuais e contribuições para o desenvolvimento da profissão.

Desenvolvimento

O Serviço Social é uma profissão interventiva que busca diminuir as disparidades sociais. O Serviço Social é uma profissão histórica e decorre das questões capitalistas. Tem seu início atrelado a Revolução Industrial que começou na Inglaterra, século XVIII, alterando as condições de trabalho, trazendo à tona a questão social, expressa no empobrecimento do trabalhador. Neste contexto da Revolução Industrial, o sistema capitalista surgiu como um grande divisor da história das sociedades e das relações entre os homens trazendo consigo uma revolução econômica e social sem precedentes. No capitalismo, o trabalhador passou a vender sua força de trabalho, o seu espaço de trabalho eram as fábricas e uma jornada exploratória e abusiva era determinada pelos patrões, além da submissão destes trabalhadores a tarefas mecanicistas e repetitivas, provocando danos físicos e emocionais, insatisfações e estresses.

Com as sequelas do capitalismo os trabalhadores viviam em condições de miséria, insatisfeitos e descontentes organizaram manifestações e lutas por melhores condições de trabalho e de vida, sendo necessário aos burgueses efetuar um controle social capaz de conter essas insatisfações, bem como o aumento acelerado da pobreza, recorrendo a práticas assistencialistas, surgindo os primeiros assistentes sociais, enquanto agentes sociais executores da pratica de assistência social ligados a segmentos religiosos, mais tarde, profissionalizaram-se com ênfase na prestação de serviços, com a denominação de Serviço Social.

A emergência e institucionalização do Serviço Social como especialização do trabalho ocorre nos anos 20 e 30, sob influência católica européia. Com ênfase nas idéias de Mary Richmond e nos fundamentos do Serviço Social de Caso. Nos anos 40 e 50 o Serviço Social brasileiro recebe influência norte-americana. Marcado pelo tecnicismo, bebe na fonte da psicanálise, bem como da sociologia de base positivista e funcionalista/sistêmica. Sua ênfase está na idéia de ajustamento e de ajuda psicossocial estando a serviço da doutrina social da Igreja.

Nos anos 60 e 70 há um movimento de renovação na profissão, que se expressa em termos tanto da reatualização do tradicionalismo profissional, quanto de uma busca de ruptura com o conservadorismo, estabelecendo interlocução com as Ciências Sociais e se aproxima dos movimentos “de esquerda”, sobretudo do sindicalismo combativo e classista que se revigora.

A partir da década de 70 a profissão, sob as idéias marxistas e através de documentos produzidos em vários encontros de Serviço Social em algumas cidades brasileiras, engaja-se no movimento de reconceituação, provocando rupturas com o conservadorismo e assistencialismo, propondo alternativas de ações e não apenas executando.

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