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O Anjo do Gueto de Varsóvia

Por:   •  8/8/2019  •  Dissertação  •  719 Palavras (3 Páginas)  •  118 Visualizações

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Aluno(a)

Franciele Almeida da Silva

Disciplina

Fundamentos Históricos e teórico-metodológicos do serviço social.

O Anjo do Gueto de Varsóvia

“Se você vê um homem se afogando, deve tentar salvá-lo, mesmo que não saiba nadar”. Uma pequena frase que teve um grandioso impacto na vida de mais de 2500 crianças judias, que teriam suas histórias interrompidas nos campos de extermínio não fosse o amor ao próximo e o profissionalismo de Irena Sendler. Jovem assistente social, única filha de uma mulher Cristã e de um médico que era exemplo de profissional e solidariedade, a polaca moradora de Varsóvia, levou ao pé da letra o conselho que o pai lhe deixou, e arriscou sua vida, indo contra um regime totalitário e cruel.

Durante a segunda guerra mundial os alemães invadiram a Varsóvia e disseminaram seus ideais, que incluíam o extermínio de raças ‘impuras’ em sua grande maioria os judeus. Em outubro de 1940 os nazistas determinaram a transferência imediata de todos os judeus para um gueto, um antigo bairro que, tinha a capacidade para 60 mil pessoas em poucos meses, já mantinham cerca de meio milhão de judeus, cercados por um muro que os mantinha isolados e vigiados de perto pelos nazistas.

Manter os judeus nesses guetos fazia parte do plano, uma vez que estando em grande aglomerado de pessoas com mínimas cotas de alimentos, produtos sanitários e farmacêuticos em quantidade insuficientes, tudo isso aliado a um inverno rigoroso, eles iam morrendo aos pouco, e os que sobreviviam a essa barbárie começaram a ser levados aos campos de concentração, mas, o que se imaginava ser apenas um campo para trabalho escravo, era também um centro de extermínio, onde era promovida execuções sumárias de homens, mulheres e crianças judias.

Irena, juntamente com sua equipe do departamento de bem estar social de Varsóvia, trabalhavam incessantemente, na tentativa de ajudar os judeus minimizando o sofrimento, elas contrabandeavam roupas, alimentos e remédios para dentro dos guetos, porém com os boatos acerca dos campos de extermínio ela teve de se posicionar ainda mais radicalmente, tornando-se uma das principais ativistas da Zegota, era incumbida de tirar crianças do gueto, obter documentos falsos e encontrar uma família ou local onde as abrigar.

Por sua luta na linha de frente para a garantia dos direitos sociais e humanos, como assistente social da sua época e que estavam bem além do que o próprio departamento em que trabalhava tinha como meta, Irena foi levada a prisão, na qual foi mantida por três dolorosos meses, com constantes interrogatórios e torturas, a fim de que deletasse todo o sistema dos ativistas zegota. Mesmo tendo suas pernas e pés quebrados ela se manteve firme e no dia do fuzilamento foi solta por um soldado que teria sido subornado. Nada do que viu e passou impediu que Irena continuasse sua caminhada, com documentos falsos ela manteve sua atividade “ilegal”, ajudando a salvar milhares de judeus.

Tão antiga quanto a história das civilizações é a ideia de direitos humanos, que só veio tornar-se patrimônio comum da humanidade após os horrores da grande guerra, onde milhões de judeus tiveram negados progressivamente todos os seus direitos e garantias

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