Produção textual Interdisciplinar em grupo

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CURSO SUPERIOR DE BACHAREL DE SERVIÇO SOCIAL

JACKIANE LACERDA SOARES[pic 4]

LUZINEIDE BORGES

NADJA MICHELLE VIEIRA MARINHO

                           

Produção textual Interdisciplinar em grupo

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2013

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LUZINEIDE BORGES

NADJA MICHELLE VIEIRA MARINHO

                 Produção textual Interdisciplinar em grupo

Trabalho apresentado ao Curso Superior de Bacharelado em Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a Atividade Interdisciplinar em grupo – Módulo VII, Profº.:  Amanda Boza, Helenara R. Sampaio, Rodrigo E. Zambon, Rodrigo Trigueiro.

Encruzilhada-Bahia

2013

1.Introdução

O presente artigo “Pobreza no Brasil contemporâneo e formas de seu enfrentamento” (Maria Carmelita Yazbek) relata sobre a pobreza no no Brasil como uma das manifestações da questão social.. A autora esclarece que, no Brasil, com a promulgação da Constituição de 1988, conquista tardiamente os direitos sociais, adquirindo legalmente a cidadania plena. Contudo, este reconhecimento legal não significou a concretização desses direitos, nem sequer em termos programáticos ou orçamentários.

 O Brasil, nas últimas décadas, vem confirmando, infelizmente, uma tendência de enorme desigualdade na distribuição de renda e elevados níveis de pobreza. Nos últimos anos houve a implantação do programa bolsa Família, para tentar amenizar os elevados níveis de pobreza, O programa visa reduzir a pobreza a curto e em longo prazo através de transferências condicionadas de capital, que por sua vez, visa acabar com a transmissão da miséria de geração a geração. É considerado um dos principais programas de combate à pobreza no mundo. 

 2.A pobreza no Brasil e suas formas de enfrentamento

 A pobreza é algo que sempre esteve presente na história da humanidade. Relatos não faltam no decorrer dessa história que possibilitam a identificação da sua ocorrência, independentemente do povo e período histórico. O presente artigo Pobreza no Brasil contemporâneo e formas de seu enfrentamento ( Maria Carmelita Yazbeck), tem a finalidade de apresentar uma abordagem critica- reflexiva sobre a pobreza no Brasil, apresentado suas principais causas e conseqüências, bem como demonstrando como o tema foi abordado historicamente do ponto de vista econômico, sociológico e político.

A pobreza pode ser entendida como a carência ou a falta de meios para suprir as necessidades básicas dos indivíduos. Essa concepção pode ser interpretada em sua forma mais acentuada, também chamada de miséria ou indulgência, em que não é garantido o mínimo necessário para a sobrevivência, como a alimentação, ou em sua forma menos acentuada, em que os indivíduos não têm acesso de forma digna a bens e serviços de grande importância para uma vida saudável como vestuário, transporte, habitação, saúde, educação e lazer.  É um problema multidimensional em que as causas vão desde tendências históricas de exclusão social de raça e gênero a aspectos econômicos de exploração de uma classe sobre a outra em virtude da detenção dos meios de produção, corroborada por uma dominação política de nítido favorecimento às classes mais abastadas.

A metodologia utilizada pela autora para conceituar pobreza começa de uma concepção histórica  da denotação inicial do termo referindo-se a pessoas desamparados, passando pela interpretação do fenômeno com base nos princípios cristãos, na Idade Média, em que era alvo da caridade e fraternidade cristã, até passagem gradativa da concepção de pobreza em âmbito privado, onde a pobreza passou a ser tratada como questão social, alvo da proteção do Estado de Bem-Estar através de um sistema de auto-proteção da sociedade que viria a se apoiar em princípios estruturais no campo econômico e no campo social. A autora esclarece que, no Brasil, com a promulgação da Constituição de 1988, conquista tardiamente os direitos sociais, adquirindo legalmente a cidadania plena, enfatizando os programas sociais de enfrentamento a pobreza, como o Programa Bolsa Familia.

    O Bolsa Família criado pela Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, unificou todos os benefícios sociais (Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Cartão Alimentação e Auxílio Gás) do governo federal num único programa. A medida visa dar mais agilidade na liberação do dinheiro a quem precisa, reduziu burocracias e criou mais facilidade no controle dos recursos, dando assim mais transparência ao programa.

Segundo a autora o Programa Bolsa Familia atende mais de 13 milhões de famílias no Brasil, sendo  que sua população total  é de aproximadamente de 197 milhões, o programa atinge  apenas 6,5% da população. Sendo uma variável quantitativa,  o contingente de pessoas em extrema pobreza totaliza 16,27 milhões de pessoas, o que representa 8,5% da população total. Embora apenas 15,6%  da população brasileira residam em áreas rurais, dentre as pessoas em extrema pobreza, elas representam pouco menos da metade (46,7%). A outra parte (53,3%) situa-se em áreas urbanas, onde reside a maior parte da população – 84,4%.

 2.2 Serviço Social e o Programa Bolsa Familia

      A assistência social é uma das maiores áreas de intervenção do assistente social. Como afirma Yasbek, a administração e a execução de ações vinculadas às políticas sociais, particularmente a assistência é um campo próprio de trabalho do assistente social. É graças a essa mediação que o “assistente social interfere nas relações sociais que fazem parte do cotidiano de sua população usuária” (1999: 96). Com o envolvimento direto e indireto do profissional em projetos e programas estaduais e ou municipais, tornando-se hoje quase indispensável a concorrência deste profissional em projetos de políticas sociais de responsabilidades da administração municipal, tais como as de saúde, educação, habitação popular, além de programas assistenciais” (RAMOS,1997, p.76)