REFLEXÃO INSTITUIÇAO VIVA CAZUZA

Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação

Curso de Graduação em Psicologia

Estágio básico em processos psicossociais e promoção da saúde - AV1

Rio de Janeiro

2019

Eleger um serviço como possível campo de estágio:

O campo escolhido como possível para a realização do Estágio básico em processos psicossociais e promoção da saúde, foi a Sociedade Viva Cazuza, organização que tem como objetivo prestar assistência à crianças e adolescentes portadores do vírus HIV, bem como assistência social à adultos em tratamento pela rede pública na mesma condição. Além disso, tem um papel importante na difusão de informações a respeito do HIV e da AIDS.

Entender qual a demanda de trabalho do referido serviço:

A Sociedade Viva Cazuza trabalha com a assistência e prevenção da AIDS, oferecendo casa de apoio, cestas básicas, cuidados, roupa, escola, assistência médica e emocional aos jovens e crianças portadores de HIV/AIDS (além dos pacientes adultos, que na sua maioria são analfabetos, e são cadastrados para receberem mensalmente cesta básica e apoio no tratamento), possibilitando a restauração da dignidade e qualidade de vida daqueles afetados direta ou indiretamente pelo HIV, principalmente à população carente e/ou com menor acesso a informações corretas sobre os meios de prevenção, diminuindo assim a mortalidade pela AIDS.

Em 1994 a Sociedade Viva Cazuza criou a Casa de Apoio Pediátrico, um abrigo destinado à crianças e adolescentes carentes portadores do HIV/AIDS em regime de internato. A casa é hoje referência em AIDS pediátrico. As crianças e/ou adolescentes abrigados são encaminhados pelo Juizado de Menores e a instituição passa a ser responsável além do abrigo, pelo tratamento do HIV, educação, atividades físicas e de lazer tentando suprir as necessidades individuais dos jovens, visando priorizar a integração social e respeitar a individualidade de cada um, trabalhando para manter o vínculo familiar sempre que possível. De acordo com a instituição, o perfil de crianças encaminhadas vem mudando nos últimos anos em função do aumento de bebês expostos ao HIV em consequência do uso de drogas, principalmente o crack, por mulheres jovens que vivem em situação de rua. Hoje a Casa de Apoio Pediátrico abriga desde recém-nascidos até jovens de 19 anos de idade. Para os que permanecem internados por um longo período, a instituição tenta dar possibilidade para que esse jovem tenha uma vida independente quando for embora, e para isso são feitas parcerias com escolas, cursos profissionalizantes, cursos de línguas, desenho, academias e clubes.

A ONG também realiza o chamado Programa de Adesão e Tratamento, onde acompanha 140 pessoas que têm dificuldades para ler e compreender a prescrição médica. Um cartão colorido é distribuído pela instituição e ajuda os pacientes analfabetos a identificar os remédios e os respectivos horários que devem ser tomados durante todo o tratamento. A disciplina é fundamental para o controle da doença, e além disso, essa ação também beneficia a autoestima do paciente, pois faz com que ele não dependa de terceiros para ler suas prescrições, devolvendo a ele de certa forma o controle do seu próprio tratamento. Esse trabalho também é responsável pela melhora nutricional dos pacientes atendidos, como pela diminuição do índice de doenças, causadas pelo mau uso dos antirretrovirais. Muitos deles possuem filhos, que acabam sendo indiretamente auxiliados para que permaneçam junto a seus pais, evitando dessa forma separá-los, enviando-os para uma instituição, em função do HIV materno ou paterno.

O terceiro projeto da ONG consiste em um site educativo e informativo sobre AIDS, que tem como objetivo disseminar informações científicas atualizadas sobre a doença para a língua portuguesa. Além disso, médicos especialistas realizam a cobertura de congressos nacionais e internacionais,