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Resenha critica sobre o modo de produção capitalista e suas tranformações societárias

Por:   •  16/3/2021  •  Resenha  •  1.242 Palavras (5 Páginas)  •  365 Visualizações

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Resenha crítica sobre o modo de produção capitalista e suas transformações societárias

Os textos estudados fazem uma análise sobre o Modo de Produção Capitalista, as crises e suas transformações na sociedade. Debate esse de suma importância para o Serviço Social, visto que a profissão se insere no cenário contraditório entre o Modo de Produção Capitalista e a classe trabalhadora (reconhecendo-se como profissão e categoria assalariada, estando comprometida com as lutas sociais da mesma).

Entender o Serviço Social é tarefa impossível para os que não observam com atenção a teia do capitalismo. Este é responsável pela produção da riqueza e da pobreza na mesma medida.O Serviço Social, por sua vez, tem um comprometimento com as lutas sociais e com a classe trabalhadora, ao mesmo tempo, em que se reconhece como classe assalariada, que reproduz as relações sociais existentes na sociedade.Com o reconhecimento da “questão social” por parte do Estado não apenas como “caso de polícia”, mas de “política”, a profissão torna-se necessária, seja para os dominantes, seja para aqueles que nada possuem a não ser a força de trabalho despendida a cada dia, destinando-a para a produção do lucro e para a sua reprodução também.

Sobre a institucionalização do Serviço Social no Brasil, Yazbek (2009, p. 5) dirá que

[...] O Serviço Social se institucionaliza e legitima profissionalmente como um dos recursos mobilizados pelo Estado e pelo empresariado, com o suporte da Igreja Católica, na perspectivado enfrentamento e regulação da Questão Social, a partir dos anos 30, quando a intensidade e extensão das suas manifestações no cotidiano da vida social adquirem expressão política.

Compreender a profissão,a sociabilidade em que esta se insere, as contradições e o seu

posicionamento com relação à classe trabalhadora é tarefa árdua. Por isso, faz-se necessário utilizar a história e a teoria para tal objetivo. Desse modo,são abordadas nos textos as crises e suas contradições, as transformações que estas trouxeram para a sociedade, e qual é o papel do assistente social frente à essas demandas.

CRISE DO CAPITAL, TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS E SEUS QUESTIONAMENTOS SOBRE O SERVIÇO SOCIAL

No texto "Economia Política:Uma Introdução Crítica", Netto e Braz (2006) discutem, no capítulo 7,sobre as crises e suas contradições, mostrando que a crise é uma característica do capitalismo, pois “não existe capitalismo sem crise”. Os autores destacam que a história do desenvolvimento do capitalismo está ligada a uma sucessão de crises econômicas, pois “a história, real e concreta, do desenvolvimento do capitalismo a partir da consolidação do comando da produção pelo capital, é a história de uma sucessão de crises econômicas”. (NETTO; BRAZ, 2006, p. 156)

No início tais crises eram localizadas, mas a partir da Segunda Guerra Mundial, essas crises se generalizaram por todo o globo, sendo a Crise de 1929 a mais catastrófica. Vários fatores contribuem para uma crise, como por exemplo, superprodução e subprodução de mercadorias, falências entre outros. Netto e Braz (2006) destacam as crises pré-capitalistas, que são crises de subprodução e as crises capitalistas que são de superprodução. A crise é a interrupção do movimento D-M-D', o capitalista investe dinheiro em mercadorias com o objetivo de obter mais dinheiro, e isso acabava não acontecendo nos momentos de crise, interrompendo assim o processo de acumulação.As crises são resultados da “natureza contraditória do desenvolvimento capitalista, que ao potencializar seu processo de reprodução ampliada, reproduz fatores que expõem suas contradições e acionam crises”(BRAZ, 2012, p.470). Os autores ainda destacam que entre uma crise e outra acontece o ciclo econômico que tem 4 fases: a crise, depressão, retomada e auge.

Desse modo, pode-se observar que a contradição fundamental do Modo de Produção Capitalista é entre a produção socializada e a apropriação privada, ou seja, ao mesmo tempo em que se produz a riqueza, produz-se a pobreza, como Marx bem escreveu na Lei Geral de

Acumulação Capitalista.

Com o avanço do projeto neoliberal e dos governos autoritários, o capitalismo passou por uma crise sistêmica em 1873, crise esta que o capitalismo enfrenta até hoje e que trouxe problemas, sendo estes objeto de intervenção do Serviço Social. Estando as crises indissociáveis do modo de produção capitalista, tem-se uma série de respostas dadas pelo capital, entre as quais a tecnologia, fator dúbio que ao mesmo tempo aumenta a capacidade de produção e que também é responsável por demissão e precarização do trabalho.

Na sociedade civil, a partir das transformações que foram surgindo resultados da nova crise sistêmica nos anos 1970, as oligarquias se movimentavam de maneira crescente, enquanto as classes subalternas experimentavam crises visíveis, que causaram desemprego, precarização do trabalho, baixos salários, etc, expôs um problema que é objeto de trabalho do serviço social a “questão social”. Nenhuma dessas transformações trouxe qualquer

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