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Resenha sobre o filme: Capitalismo uma historia de amor

Por:   •  6/6/2018  •  Resenha  •  1.557 Palavras (7 Páginas)  •  1.544 Visualizações

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''Capitalismo, uma história de amor'', é um documentário norte-americano dirigido por Michael Moore no ano de 2009, em meio à crise americana. O filme trata sobre a mesma e o sistema que fez com que ela existisse, o capitalismo, com suas diversas faces ao longo do século XX até a atualidade. Inicia-se com o reaquecimento do sistema econômico, após a quebra da bolsa na crise de 29, passando pelo capitalismo ''de classe média'', até a desqualificação do tal sistema no governo de Ronald Reagan.

O capitalismo, após a Segunda Guerra Mundial, criou uma ilusão, onde existia uma classe média feliz sobre os destroços das outras potências mundiais da época, e foi esse modelo econômico ''perfeito'' que os EUA quis vender para o resto do mundo como o ideal. Mas a nova crise do tal sistema, que acontecera no governo Reagan, mostrou o contrário, com a crise imobiliária diversos bancos e financiadoras quebraram, fazendo com que as famílias, que foram enganadas a investir suas casas na bolsa de valores, perdessem tudo. Em meio a esta crise foi possível ver o caráter imoral do capitalismo, onde existiam, por exemplo, os ''abutres de condomínio'' que seriam oportunistas que iriam ''limpar a carcaça'' deixada pelo despejo dos moradores, todos queriam se aproveitar da desgraça alheia. No filme, o capitalismo é dado como o sistema que ''dá e toma'', e a pessoas são divididas em quem tem tudo e quem tem nada, não existe a classe média.

O governo de Ronald Reagan, que tinha como objetivo reconstruir os EUA, fez com que milhões de pessoas fossem demitidas e ainda sim, os funcionários que permaneceram haviam que trabalhar o dobro, mas com os salários congelados, mas isso está longe dos atos mais absurdos que o capitalismo proporcionou a população. Como os Estados Unidos possuía uma nação completamente liberal, os serviços que deveriam ser públicos não existem, as escolas, hospitais, prisões, são todos privados. Os capitalistas se aproveitam disso de maneira mais cruel, como no caso, citado no documentário, do reformatório infantil da Pensilvânia onde cerca de 6500 crianças foram condenadas injustamente e tiveram que ficar mais que o tempo previsto, e também no caso absurdo no qual empresas de grande porte como Wal Mart, City Bank, Nestle, entre outros, compravam apólices de seguro para os operários escondido, onde o dinheiro não era repassado para a família, com fim de lucrar em cima de suas mortes. A respeito deste caso das apólices, o diretor Michael Moore entrevistou o advogado Michael Myers, que disse o seguinte ''Em um seguro de vida normal, onde alguém se protege contra a perda de um ente querido ou um provedor da família, não se deseja a morte dessa pessoa. Com esses seguros, as empresas que os compram, querem que os empregados morram segundo as projeções da apólice. Vale-se mais morto que vivo para uma empresa.'', esse processo foi denominado ''seguro dos caipiras mortos''.

O governo tenta, de forma insistente, mostrar que o capitalismo é algo bom para a população, quando, na verdade, é bom somente para os empresários. No documentário, são mostradas algumas definições de capitalismo dadas por quem se beneficiara por ele, como por exemplo, que o capitalismo é uma maneira eficiente da sociedade votar nos benefícios que ela quer que sejam realizados, ou que seriam livres para tentar e lucrar, que o sistema de livre empresa era algo maravilhoso. Os capitalistas para perpetuarem mais esse sistema, disseram que o mesmo era compatível com as leis de Deus e aos ensinamentos a bíblia, mas a opinião dos padres entrevistados não condizem com tal afirmação. De acordo com os padres o capitalismo é um pecado, é contrário a compaixão, é injusto, imoral, obsceno e absurdo, que ao contrário do que as leis de Deus pregam, não proporciona bem- estar a todos, além de manipular as próprias vítimas deste sistema a apoiá-lo por meio da propaganda.

De acordo com os memorando confidenciais escritos pelo Citigroup sobre como as coisas estavam, os EUA não eram mais uma democracia, e sim, uma plutonomia, que se define por uma sociedade onde quem controla e se beneficia equivale a 1% da população elitizada, que possuía mais fortuna do que todos os bens dos outros 95%. Um problema encontrado pelo Citigroup foi que a população poderia se revoltar e querer a riqueza igual, mas o poder de voto era igual para todos e são apenas 1%, ou seja, minoria. Um questionamento plausível é: porque a população não se revoltava perante a isso? A explicação é dada pela esperança e desejo de um dia fazer parte desta classe rica.

Até mesmo as mentes viram mercadoria deste sistema capitalista, tendo em vista que, os melhores alunos de matemática e ciências do país são designados as finanças, ou seja, para Wall Street. Esses alunos podem financiar seus estudos com o empréstimo estudantil, mas ficam devendo aos bancos durante aproximadamente 20 anos, para realizar o pagamento acabam trabalhando para os bancos e não para a comunidade. Os mesmos eram ajustados para trabalhar com derivativos, que se define em uma aposta secundária num produto básico, pode-se ter uma opção na ação que te dá um privilégio e não a opção de dar e vender, o cineasta define como: ''esquemas complicados de aposta''.

Como já mencionado anteriormente, os governantes utilizavam da propaganda para que a população fosse conivente ao sistema capitalista. Com essas propagandas e Wall Street direcionada, basicamente, em ''apostas'', a população foi convencida que fazer empréstimos dando suas casas como garantias seria um bom negócio, mas não

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