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A EVOLUÇÃO DE UM PRODUTO POLÊMICO

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Por:   •  23/3/2014  •  862 Palavras (4 Páginas)  •  235 Visualizações

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Aproveitando o contexto atual marcado pela polêmica sobre os efeitos nocivos do fumo, apresento a seguir uma breve retrospectiva da evolução do cigarro como produto, com foco na indústria tabagista, a partir da coletânea de diversas publicações encontradas sobre o tema.

Cigarros Prince Albert da Reynolds

O objetivo é tentar prover uma perspectiva mercadológica do desenvolvimento do cigarro como produto, influenciado por fatores sócio-culturais, econômicos, históricos, geográficos, etc.

Não é, portanto, objeto desta postagem fazer críticas à indústria tabagista, ou ao sucesso das campanhas publicitárias e dos instrumentos de marketing usados para atrair e fidelizar consumidores. Porém é relevante mostrar como o mercado e as indústrias tabagistas se moldaram, diante das pressões e das regulações feitas pela sociedade e pelos governos de diversos países, em função dos graves problemas de saúde causados pelo fumo. Acredito que essa postagem possa também ajudar a explicar o surgimento de conglomerados industriais a partir da tendência de diversificação da indústria tabagista.

Para a elaboração dessa postagem, recorri a diversas publicações sobre o tema, muitas das quais foram traduzidas por mim, complementadas com informações corrigidas, comentários, fotos e imagens encontradas na minha pesquisa.

O tabaco tem uma longa história originada nas Américas. Os índios Maias do México esculpiam desenhos em pedra mostrando o uso do tabaco. Estes desenhos datam de algo entre 600-900 DC. O tabaco era cultivado pelos índios americanos antes dos europeus saírem da Inglaterra, Espanha, França e Itália para a América do Norte. Os nativos americanos fumavam tabaco através de uma espécie de tubo para fins religiosos e médicos. Eles não fumavam todos os dias.

O tabaco foi a primeira safra cultivada com fins comerciais na América do Norte. Em 1612 os colonos da primeira colônia americana em Jamestown, na Virgínia, plantavam o tabaco como cultura de rendimento. Era a sua principal fonte de dinheiro. Naquela época as outras culturas comerciais eram o milho, algodão, trigo, açúcar e soja. O tabaco ajudou a financiar a Revolução Americana contra a Inglaterra. Além disso, o primeiro presidente dos EUA também cultivava tabaco.

Por volta de 1800, muitas pessoas passaram a consumir pequenas quantidades de tabaco. Alguns mastigavam. Outros fumavam ocasionalmente através de um tubo, ou enrolavam manualmente o cigarro ou o charuto. Em média, as pessoas fumavam cerca de 40 cigarros por ano.

Os primeiros cigarros comerciais foram feitos em 1865 por Washington Duke em sua fazenda de 300 acres em Raleigh, Carolina do Norte. Seus cigarros de palha eram vendidos aos soldados no final da Guerra Civil.

2 – A Evolução da Indústria do Tabaco

Segue agora a minha tradução de um trecho do estudo publicado pela Faculdade de Direito da Universidade de Dayton, que apresenta detalhes sobre a evolução da indústria tabagista, incluindo algumas correções. Vide: http://academic.udayton.edu/health/syllabi/tobacco/history.htm

O Novo Mundo descoberto

Em 15 de outubro de 1492 Cristóvão Colombo, ao chegar à América, recebeu como presente dos índios americanos, folhas de tabaco secas. Logo depois os marinheiros trouxeram tabaco de volta para a Europa e essa planta passou a ser cultivada em toda a Europa.

A principal razão para a crescente popularidade do tabaco na Europa eram suas supostas propriedades de cura. Os europeus

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