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A Gravidez na Adolescencia

Por:   •  27/6/2016  •  Projeto de pesquisa  •  5.248 Palavras (21 Páginas)  •  257 Visualizações

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RESUMO

Este trabalho tem por finalidade realizar um estudo sobre Gravidez na Adolescência, visando promover uma discussão que leve em consideração os vários aspectos que constituem o assunto.  A gravidez na adolescência constitui tema de grande relevância na realidade social brasileira. Visto que esta se tornando problema comum na sociedade contemporânea, atualmente o enfoque tradicional relaciona a gravidez como indesejada e decorrente da desinformação sexual das jovens que buscam o prazer momentâneo nas relações informais entre parceiros. O presente artigo busca dar ênfase nos aspectos que levam a uma gravidez cada vez mais cedo analisando a importância do significado individual da gravidez, quais as causas reais deste problema vivenciado pela sociedade, qual papel da família diante destes casos. Há a necessidade de reformulação das políticas públicas para com essa população, é necessária uma maior conscientização dos jovens a fim de evitar problemas futuros.

Palavras-chave: Gravidez, Adolescência, Família, sexualidade.

Introdução

Adolescência momento da passagem da até então criança para vida adulta esta fase de transição é marcada por uma serie de descobertas e uma delas é a sexualidade que se não abordada da forma correta acarretara problemas futuros para o  adolescente. Um destes problemas é o da gravidez na adolescência, um problema que esta tomando conta de nossa sociedade, cada vez mais cedo nossos jovens estão se tornando pais e como identificar estes problemas, a falta de estrutura familiar contribui para isto? Onde há algumas décadas uma jovem ainda virgem era motivo de orgulho para si e sua família hoje é algo raro de se encontrar, perderam – se os valores hoje o jovem busca aceitação perante os grupos sociais nem que para isto tenha de deixar os valores de lado. Denomina-se gravidez na adolescência a gestação ocorrida em jovens de até 18 anos que estejam passando pela fase da adolescência. Na maioria dos casos esse tipo de gravidez não foi planejada ou desejada, e acontece em meio a relacionamentos sem estabilidade.

A abordagem do tema da gravidez na adolescência tem se tornado problema social, uma vez que nem toda adolescente tem condições fisiológica para gestar e incapacidade psicológica para criar. A gestação passa a ser encarada como indesejável, e possui consequências biológicas, psicológicas e sociais negativas. A gravidez é uma fase de aprendizado faz parte do processo da sexualidade. Devido às repercussões sobre a mãe e sobre o concepto é considerada gestação de alto risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS 1977, 1978), porém, atualmente postula-se que o risco seja mais social do que biológico. A atividade sexual na adolescência vem iniciando cada vez mais precocemente, com consequências indesejáveis imediatas como o aumento da frequência de doenças sexualmente transmissíveis nessa faixa etária; e gravidez. A adolescência é um período de descobertas para os jovens tudo é novidade. Quando a atividade sexual tem como resultante a gravidez, gera consequências tardias e em longo prazo, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido. A  adolescente poderá apresentar problemas de crescimento e desenvolvimento, emocionais e comportamentais, educacionais e de aprendizado, além de complicações da gravidez e problemas de parto. Há inclusive quem considere a gravidez na adolescência como complicação da atividade sexual. O assunto a ser abordado por este artigo é o da gravidez na adolescência para isto deve–se conhece melhor tal conceito.

Denomina-se gravidez na adolescência a gestação ocorrida em jovens de até 18 anos que se encontram, portanto, em pleno desenvolvimento dessa fase da vida – a adolescência. Esse tipo de gravidez em geral não foi planejada nem desejada e acontece em meio a relacionamentos sem estabilidade. No Brasil os números são alarmantes, (MORAES, 2001). A gravidez na adolescência acontece desde os primórdios da civilização. A mulher começava a sua vida reprodutora próxima a puberdade e raras eram as que ultrapassavam a segunda década de vida em consequência de complicações advindas da gravidez e do parto. Na Idade Média, as meninas mal saiam da infância, logo no inicio da menarca, qual é o limite entre a infância e a vida adulta, eram praticamente obrigadas a casar com homens cuja idade girava em torno dos 30 anos. No século passado no Brasil, as sinhazinhas também eram casadas com maridos escolhidos pelos pais basicamente escolhidos a fim de unir os capitais das famílias e geravam filhos para seus maridos, só deixando de fazê-lo quando havia alguma complicação. No Brasil somente ocorreram mudanças significativas no final do século passado, decorrentes da Revolução Industrial na Europa, e devido às consequências da I Guerra Mundial, onde ouve a abertura de vagas de trabalho no campo e em outras áreas voltadas para serviço feminino, às mulheres estavam em vários setores de atividades até então exercidas por homens.

Surgia assim a concepção da adolescente que se lançava no mercado de trabalho. Nestes casos a gravidez a impedia de evoluir na profissão, além de comprometer a estrutura financeira da família num dos períodos mais difíceis economicamente. Com o fim da II Guerra Mundial ouve uma serie de transformações sociais. Isto assegurou a quebra nos valores sociais importantes até aquele período, levando os jovens que até então já possuíam a característica de viver em grupos, a se unir cada vez mais, estabelecendo assim padrões de convivência em que a atividade sexual é considerada o símbolo da liberdade, do uso do corpo em sua totalidade.

Em meados de 1950 surge à pílula anticoncepcional, que influenciou a maior inserção no mercado de trabalho e também uma liberdade sexual que a mulher ainda não tinha. O comércio da pílula anticoncepcional teve início, no Brasil, em 1962, dois anos depois de ela ter sido aprovada nos EUA pela Food and Drug Administration (FDA). Os métodos contraceptivos dão certa segurança porem nem sempre seu uso é feito da forma correta, atualmente estes são distribuídos de forma gratuita pelo Sistema único de Saúde – SUS.

A inserção da mulher no mercado de trabalho eliminou aquela ideologia qual ela apenas serviria para reprodução e cuidar da casa e filhos. Isto reduziu drasticamente o numero de filhos por casal. Atualmente a sociedade tem passado por profundas mudanças em sua estrutura, inclusive aceitando a sexualidade dos adolescentes, já se aceita o sexo antes do casamento e de certa forma a gravidez na adolescência. Basta compararmos o período atual com algumas décadas atrás, quando o fato de perder a virgindade era motivo de desonra para a adolescente e a família, além de, na maioria das vezes, culminar com sua expulsão da casa dos pais. Estes tabus, inibições e estigmas estão diminuindo, e a atividade sexual entre jovens está aumentando. E é este fator que causa cada vez mais o aumento no numero de pais com menos de 18 anos.

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