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A Importância De Hedge

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Por:   •  14/4/2014  •  1.555 Palavras (7 Páginas)  •  383 Visualizações

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A RELAÇÃO RISCO VERSUS RETORNO

E A IMPORTÂNCIA DO HEDGE

Sabe-se que o comportamento futuro dos preços de mercado não é um aspecto que possa ser antecipado com precisão. Entretanto, é possível utilizar simulação numérica, para conhecer os resultados alcançados em cada uma das variáveis. Para executar essa tarefa, sugere-se a Simulação de numerais no qual são empregadas a equação de difusão de preços e grande quantidade de números aleatórios, para identificar um ponto negativo nos investimentos futuros á imprecisão da antecipação do futuro. Os resultados desse procedimento, normalmente milhares criarão cenários para cada uma das variáveis, que serão utilizados um a um nos cálculos numerosos valores futuros prováveis para a empresa.

Dessa avaliação individual para as variáveis relevantes, pode-se chegar ao impacto do comportamento de mercado sobre o resultado operacional da empresa, empregando a técnica de correlacionar as variáveis dentro de um mesmo cenário e, a seguir, substituí-las na equação estrutural. Essa etapa é fundamental para a decisão de aprofundar o estudo sobre hedge ou não. Se os efeitos da instabilidade de preços das variáveis relevantes da economia não mostrarem significativos, o hedge não será estratégia efetiva. Por outro lado, essa análise poderá mostrar fragilidades significativas na estrutura de produção, bem como indicar riscos potenciais para o valor da empresa, falhas de processo, necessidade de fortalecer salvaguardas em contratos e urgência na adoção de medidas de proteção de resultados.

Determinados os elementos de risco para o resultado da empresa e as prováveis trajetórias dos preços, o próximo passo é conhecer o impacto de cada um dos cenários identificados como prováveis sobre esse resultado. Esse procedimento indicará, do ponto de vista da empresa, se há motivação para hedge. Ressalta-se que a importância dessa fase está diretamente relacionada à métrica adotada, pois, mesmo que tenham sido observados valores financeiros elevados para o risco de mercado sobre o valor da empresa, essas perdas poderiam ser diluídas se:

 A empresa tiver um porte tão grande que o peso relativo das variações de valor – risco – sobre o resultado total ou patrimônio se mostre não-representativo;

 Tradicionalmente, for observada grande variabilidade de resultado em todas as empresas do setor, estando essa instabilidade já incorporada em todas as análises de investidores e credores como consequência das características do ramo de atividade;

 A empresa apresentar baixo grau de aversão ao risco, fazendo com que medidas de estabilização de resultado não sejam tão relevantes.

Devido a necessidade de hedge a literatura moderna aponta diversos aspectos como prováveis razões para a execução de hedge. O planejamento deverá mostrar claramente a motivação para a ação, estabelecendo o elemento de risco e o modo como o hedge poderá ajudar a mitigar seus efeitos. A seguir, são descritas alguns dos principais argumentos que não só justificariam a ação individual do administrador, como também decisões conjuntas, fazendo com que o hedge melhore as condições corporativas.

 Redução da volatilidade dos resultados para atrair investidores avessos ao risco.

 A abordagem clássica do uso de hedge mostra os benefícios da redução da volatilidade dos resultados sobre as decisões dos investidores.

 Considerando que a teoria econômica postula a presença da aversão ao risco nos investidores, estes preferem que seus ativos apresentem máximo retorno com mínimo de risco.

Suponha-se que existam apenas dois ativos: um é livre de risco, mas apresenta rentabilidade relativamente baixa; e outro é a propriedade de uma empresa, que tem rentabilidade mais elevada, mas com risco. Embora essa imagem seja uma caricatura, não é muito diferente da decisão dos investidores no mundo real. Em relação às empresas, os investidores destinam seus recursos para renda fixa e investimentos adicionais na empresa ou para outros ramos de atividade se julgam que o risco não é suficientemente compensado pelo retorno adicional do investimento. Nesse caso, busca-se a redução da variabilidade do resultado por meio de hedge, sem afetar de maneira significativa o retorno do ativo. É um equilíbrio frágil, que o administrador deve procurar encontrar para manter a atividade da empresa. Apesar de essa posição ter boa fundamentação teórica, não existe estatísticas que confirmem a influenciada menor volatilidade de resultados da empresa sobre a decisão de investir nessa empresa. É possível que, em algumas situações, essa vinculação apareça com destaque e seja facilmente comprovada no planejamento. Assim, recomenda-se que essa hipótese seja analisada com cautela, observando-se o risco-retorno do setor que a empresa está inserida e o perfil de aversão ao risco de acionistas e investidores, antes de ser demonstrado no planejamento.

Aumento da alavancagem financeira da empresa representa a relação entre o capital de terceiros (empréstimos obtidos) e o capital próprio da empresa. Normalmente, quando é observado custo menor no capital de terceiros, a empresa tentará aumentar sua proporção no capital total, objetivando reduzir a taxa do custo médio ponderado do capital (WACC).

A decisão de alavancar a empresa parece ser estratégia interessante, porém pode trazer grande problema: a falência, ou seja, quando 100% do capital da empresa pertencem aos credores. A teoria de finanças corporativas demonstra que a vantagem do capital de terceiros sobre o capital próprio vai desaparecendo com a elevação da proporção porque o custo do capital aumenta à medida que a empresa se torna mais próxima de seu limite de endividamento. A razão para esse salto nos custos não poderia ser atribuída apenas ao endividamento adicional, mas também à volatilidade dos resultados da empresa. Esta cresce com a alavancagem e pode ser arriscada se estiver em patamar muito próximo do limite de endividamento.

Nesse caso, o hedge permitiria à empresa realizar a captação de empréstimos adicionais, pois isso implicaria amortecimento da volatilidade dos resultados, transmitindo a impressão de menor risco para a empresa, mesmo em condições de alavancagem superior. Ou seja, resultaria em custo menor do capital adicional, melhoria da imagem da gestão junto a investidores,

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