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A PRESENÇA FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO E OS REFLEXOS DESSA MUDANÇA PARA AS RELAÇÕES FAMILIARES

Por:   •  11/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.401 Palavras (6 Páginas)  •  361 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

A PRESENÇA FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO E OS REFLEXOS DESSA MUDANÇA PARA AS RELAÇÕES FAMILIARES

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Campo Formoso

2014

A PRESENÇA FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO E OS REFLEXOS DESSA MUDANÇA PARA AS RELAÇÕES FAMILIARES

Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social  da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina   Ética Profissional; Família, Cultura e Sociedade; Política Social II do 5º Semestre.

Prof. Clarice da Luz Kernkamp, Maria Angela Santinie  Maria Lucimar Pereira.

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Campo Formoso

2014

  1. Introdução:

A presença feminina sempre foi pedra fundamental para as constituições familiares historicamente estabelecidas, funcionando como figura central, apesar de via de regra dever obediência ao homem, sempre esteve conferido à mulher o poder de direcionar e vocacionar a família, sendo respeitada pelo Estado e pela igreja pelo desempenho dessa função.

Era muito comum as mulheres se ocuparem apenas dos trabalhos domésticos, considerando que as famílias eram bastante numerosas e à elas geralmente se agregavam parentes, fazendo com que a atividade de gerenciamento de todo esse contingente, além das funções de alimentar, limpar, cuidar, cumprir os deveres do casamento e procriar faziam parte do roteiro à ser seguido como garantia de perpetuação da espécie, das famílias e sobretudo do poder.

Ao homem, por outro lado eram estipuladas as obrigações de manter sob às suas expensas as numerosas famílias, arregimentar patrimônio e por fim contribuir com a sua genética para geração das crianças. Cabendo às mulheres apenas o desenvolvimento de tarefas fora do lar conjugal, par serviços à outras famílias ou à igreja, não sendo vista como mão de obra potencial. E durante muito tempo a sociedade viveu e aceitou essa toada como via de mão única.

A partir do entendimento de que à cada um era dada uma função social e econômica e que o trabalho era a ferramenta para isso, a mulher passa a chamar para si outras responsabilidades, desvencilhando-se da figura essencialmente maternal e submissa, para apresentar-se como agente transformados das relações de trabalho e também familiares.

Ao buscar emprego e renda a mulher não só rompeu com paradigmas sociais e religiosos, foi capaz de promover mudanças contextuais e comportamentais nunca antes pensadas, com reflexos diretos inclusive sob o papel sócio econômico do homem e forçando o Estado a adequar-se às novas demandas sociais estabelecidas pelo latente desejo de mudar que durante muito tempo foi sufocado pelas pressões socias e religiosas que acabavam por conceder a mulher a condição de submissão.

  1. COMO A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO SE REFLETIU NA EVOLUÇÃO DO PAPEL FEMININO.

A divisão social do trabalho tem como marco a separação dos produtores e bens e serviços e manufaturas. Para que se verifica-se a divisão social do trabalho, analisava-se um cenário em que estivessem presentes trabalhadores, com maior ou menor capacitação técnica, sendo donos de suas próprias ferramentas ou desenvolvendo trabalho para ou outros, que ali funcionavam como captadores da mão de obra remunerada ou meros exploradores.

Com o fortalecimento das estações de trabalho, ditas oficinas, que em verdade eram pequenas manufaturas com processo extremante simples, não só o trabalhador pouco qualificado passaram a ser necessários para auxiliar os artesãos, nessa oportunidade também as mulheres passaram à ser captadas para o desempenho dessas funções com pequena remuneração e sem grande formação técnica anterior.

Podendo auferir sua própria renda, sem dependência econômica do homem e fazendo-o sem execração pública, a mulher vê-se pela primeira vez em igualdade de condições com o homem, ou seja, desempenhando o seu labor para sustentar a família, e esse talvez tenha sido o primeiro passo para a libertação feminina

Sendo dona das rédeas da sua vida a mulher passou a conquistar cada vez mais espaço no mercado de trabalho, embora a remuneração, na maioria das vezes fosse menor do que a do homem no desempenho das mesmas funções, para quem sempre havia vivido à sobra do homem, qualquer réstia de luz parecia satisfatório. E foi assim, vivendo sub-remunerada, acatando a dupla jornada que a mulher conseguiu superar a barreira social para experimentar colocar-se como mão de obra.

Para trabalhar fora a mulher precisou romper com as amarras da maternidade e delegou a mais intrínseca função que lhe era confiada, a gestão da família, à outras mulheres. Os filhos passaram a frequentar a escola, outros membros da já referida família numerosa passaram a cuidar dos afazeres domésticos, também nesse intervalo social, passamos a visualizar socialmente as família monoparental, ou seja, a mãe solteira.

  1. COMPORTAMENTO DA SOCIEDADE E DO MERCADO À NOVA FIGURA TRABALHADORA.

De fato à funções que são melhor talhadas à mão de obra feminina, as atividades têxteis e cerâmicas foram as inicialmente melhor desenvolvidas, mas também a produção de bebidas, alimentos e condimentos manufaturados requisitavam a força de trabalho da mulher com maior destaque.

        Não há função que seja exclusivamente masculina, atualmente é possível encontrar mulheres em número elevado e crescente na construção civil, nas atividades petrolíferas, de navegação, políticas e até espaciais. De modo que a mulher conseguiu evoluir ao longo da história lançando-se no mercado de trabalho e conseguindo mostrar seu valor, ganhando espaço e formação técnica.

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