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A importância de uma gestão bem-sucedida de um sistema de saúde

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Por:   •  21/10/2013  •  Artigo  •  1.233 Palavras (5 Páginas)  •  429 Visualizações

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Inicialmente o sistema único de saúde foi criado em 1988 com a proposta de disponibilizar atendimento de saúde de qualidade para toda a população do país. Com o passar do tempo foi sendo percebido que a proposta apesar de brilhante não era algo tão simples de ser concretizada de forma satisfatória.

Com o passar dos anos a população tomou proporções que o sistema de saúde já não dava conta de proporcionar o atendimento médico para todos, como era previsto. Para ajudar a solucionar este fato foram criados os planos de saúde, que são privados e não recebem nenhuma ajuda financeira do governo. Logo, os beneficiários a estes planos deveriam arcar com o custo de seus próprios bolsos. Havia uma estima de que o atendimento de plano de saúde seria mais “selecionado” e portanto de melhor qualidade de atendimento do que o SUS. Acontece que a realidade hoje não se mostra desta forma já que o atendimento dos planos de saúde privados vêem sendo comparados com o SUS ha muito tempo. Ambos os sistemas geram uma grande espera por atendimentos, falta de médicos especializados, falta de pagamento aos profissionais de forma adequada e satisfatória, falta de equipamentos de diagnósticos necessários,filas para cirurgias e a lista de insatisfações só aumenta.

Em 1997, foi criado um imposto denominado contribuição provisória sobre movimentação financeira (CPMF). Este imposto foi criado a partir de movimentações financeiras a fim de auxiliar no fundo nacional de saúde. Este imposto

A CPMF, conforme dito acima, foi criada para ser utilizada em recursos da saúde, tentando equilibrar os recursos do país de forma mais justa. Mas o que seria exatamente um recurso destinado à saúde? O que aconteceu foi que vários projetos, construções, foram justificadas em prol da saúde para que o recurso pudesse ser retirado do CPMF sendo que não seria o mais correto. A promulgação da Emenda Constitucional N° 29, ela diz além de aumentar os investimentos no setor de saúde que está proibida a redução dos gastos com a saúde, isso é um fato importante aos gestores do setor (MINISTÉRIO DA SAUDE, 2002). Porém a emenda 29 não cumpriu seu papel de forma satisfatória e a população hoje não acredita mais nessa forma de recurso pois acreditam que essa forma de solucionar o problema de saúde não foi bem gerido e se sentiram lesados de alguma forma.

Com isso, levando em conta toda a história do sistema de saúde, percebe-se uma carência no que seria mais importante para o sucesso do sistema de saúde, a gestão. Se realmente os princípios do SUS tivessem sido seguidos á risca e se a regionalização, hierarquização e equidade tivessem cumprido seus papeis para gerar atendimentos mais eficientes aos locais mais necessitados uma grande parte dos problemas poderia ter sido resolvida. O que acontece é que hoje os hospitais das capitais ficam repletos de indivíduos de cidades do interior que muitas vezes ficam a horas de distância da capital de destino. Esse tipo de deslocamento deveria ser evitado uma vez que acarreta em superlotação dos hospitais que mal conseguem atender a demanda local. Quando menciono hospitais não são somente os públicos mas os das redes privadas também, já que hoje ter plano de saúde não é incomum. Esse tipo de problema poderia ter sido evitado se todas as formas pensadas para o sucesso do sistema de saúde tivesse sido administrada de acordo com o que era previsto de fato.

Muitos economistas dizem que o que falta para o sistema de saúde no país é dinheiro, mas dinheiro mal gerido aumentaria os problemas que já são grandes hoje. O que é preciso fazer é levantar os problemas e direcionar os recursos para os locais de maiores necessidades, como o próprio sistema já previu. E não só isso, promover também melhorias nas condições de trabalho e atendimento. Há locais, principalmente em interiores, que faltam materiais básicos para o paciente e também para o trabalhador da saúde.

Segundo OECD, os Estados Unidos tem uma economia que mais gasta com saúde, ganhando do Reino Unido e Canadá. Mas apesar dos grandes recursos investidos não é nos Estados Unidos que temos a maior expectativa de vida. Se tomarmos como base somente o Canadá e os EUA, a expectativa de vida ao nascer era de 2,5 a mais no Canadá em 1995 sendo que este tinham gastos em torno de US$ 2.095 contra US$ 4.090 nos EUA.(BAPTISTA, 2011). Tomando o Canadá como uma boa referência de um dos sistemas que funcionam de forma

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