A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo
Por: kamilacs7 • 22/8/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.539 Palavras (7 Páginas) • 288 Visualizações
"A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" um dos livros fundamentais da teoria sociológica clássica.
A Arte, Arquitetura, Imprensa, Especialistas, Estado todos tem importância dentro da Ética protestante e o Espírito do Capitalismo. Em todas as épocas, circunstancias qualquer parte do mundo, é possível verificar o capitalismo como poder de suma importância na vida do ser humano em busca desenfreada do lucro (enriquecer) o qual o espírito da ambição torna-se a mais importante conquista do homem. As nações ricas ao converte-se ao protestantismo são beneficiadas na luta econômica pela existência. Os ideais do catolicismo vão em direção a educar seus fies no sentido a indiferença para com os bens matérias o qual Deus é o qual predestina à vida do individuo, enquanto o protestantismo propõe uma inversão ao materialismo o qual o valor ético foi capaz de criar condições para um desenvolvimento econômico.
A Ética protestante e o espírito do capitalismo, ensaio de Max Weber (1864-1920) sobre a ética puritana e a cultura capitalista moderna, foi publicado nos anos de 1904 e 1905, na revista alemã é um dos livros mais importantes da história da humanidade, pois relata duas vertentes importantes na vida do ser humano Religião e Capital, livro muito consultado, elogiado por muitos e criticado também.O livro analisa a gênese da cultura capitalista moderna e sua relação com a religiosidade puritana adotada por igrejas e seitas protestantes dos séculos XVI e XVII: a partir de observações estatísticas, Weber constatou que os protestantes de sua época eram, de um modo geral, mais bem-sucedidos nos negócios do que os católicos. Os últimos ajustes ao estudo foram feitos no ano da morte do autor, quando o texto passou a fazer parte dos Ensaios reunidos de sociologia da religião.
Foi possível perceber que Max Weber faz uma análise entre a ética protestante e o espírito do capitalismo, ou seja, a relação que a religião tinha na vida secular, enfaticamente em aspectos econômicos. As Igrejas Protestantes no século XVI diferem em aspectos da Igreja Católica, os protestantes começam a dar valor ao trabalho e logo ao lucro. Diante desse novo aspecto de ver a vida, Weber tenta mostrar que há uma relação entre alguns países mais desenvolvidos, e o domínio dessa nova religião. Mas desconsidera que o protestantismo foi o gênese desse espírito capitalista moderno, e que alguns fatos são de origem histórica..
A ética protestante se baseia exatamente no que é mais desejado pelo capitalismo. Ao mesmo tempo em que dignifica o trabalho como forma de prestar serviço a Deus, condena o consumo excessivo do que não for necessário para as necessidades básicas do corpo já que considerava uso indevido de uma dádiva divina. Estes parâmetros possibilitaram uma conversão rápida da classe dominante ao protestantismo e, por conseguinte, uma maior acumulação de capitais para os países que adotaram essa religião.
Max ressalta ainda que não foi coincidência que na Europa, mais precisamente na Alemanha e Inglaterra que o Capitalismo teve êxito e crescimento satisfatório e que talvez isso não viesse a acontecer se fosse país predominantemente católico, mas que fato para o acontecimento do capitalismo não necessita que uma nação seja obrigatoriamente de religião protestante, visto que antes mesmo sem o surgimento desta religião, muitos países católicos já praticavam de certa forma o capitalismo, pois havia, indústria, comercio, troca de mercadorias muito antes da existência do capitalismo, porém, com o protestantismo dando força ao ganho lícito, invocando pessoas a trabalhar de forma digna e que não seria pecado viver financeiramente tranquilo que o ocidente praticou o capitalismo livremente, diferentemente do catolicismo que pregava que lucro era pecado e que todos tinham que se conformar com a condição que Deus lhe deu.
Uma simples olhada nas estatísticas ocupacionais de qualquer país de composição religião mista mostrará com notável frequência uma situação que muitas vezes provoca discursões na imprensa e literatura, que principalmente na Alemanha, o fato que os homens de negócios, donos de capitais, assim como os mais especializados e mais habilitados tecnicamente e comercialmente das empresas modernas é predominantemente protestante.
Na verdade além de outros fatores, o protestantismo surge junto com a reforma religiosa para quebrar com alguns paradigmas adotados pela igreja católica e nisso acredita o protestantismo que as atitudes aqui na terra não trará salvação para ninguém, que os critérios para isso vão muito além e o autor deste livro vem com um capitalismo de forma racional e que uma determinada crença religiosa condicionam o aparecimento de uma moralidade econômica. E isto não é mera ilusão, pois religião e modo econômico de uma civilização caminham juntos, mesmo que aqueles que negam essa concepção acabam que indiretamente praticando qualquer forma econômica que acredita e isso é fato, não se pode fugir de participar do mercado econômico e isso forma algo coletivo e não é nada individual numa sociedade.
Segundo Weber, já havia um espírito pré-capitalista, mas esse não era organizado, mas existia. As pessoas daquele tempo já haviam se adaptado a esse espírito e iam se aprofundando cada vez mais, não se dando conta do quanto já estavam envolvidas. A religião encarregou-se apenas de organizar o modo de trabalho cotidiano. Quando Lutero introduz a ideia de que toda tarefa era dada por Deus, as pessoas as realizavam como se fosse uma vocação. E assim nasce o método do trabalho regrado, pois tudo tinha a finalidade de agradar somente a Deus, tudo era um dom de Deus. A vocação para ele era algo aceito como uma ordem divina, à qual cada um deveria adaptar-se. Para Weber, Lutero tinha uma doutrina pura e ética. E há um fato que comprova que o único objetivo de Lutero era com Deus e com a salvação, de acordo com Weber, o resultado da reforma foi imprevisível e até mesmo indesejável, muitas vezes oposto até ao pensamento dos próprios reformadores.
João Calvino pode ter ido um pouco mais além de Lutero, apesar de seguir aspectos da doutrina Luterana. Calvino valorizava o trabalho e o lucro, pode-se dizer que traz um espírito capitalista, porém esse lucro não se transformava em investimento, que é como funciona o capitalismo moderno. Segundo Weber, Calvino apenas trabalhava para guardar o dinheiro, não o gastava com coisas mundanas, e por isso ficava cada vez mais rico. Weber ressaltou ainda que a relação do calvinista com Deus era realizada em seu profundo isolamento. O calvinista condenava que um homem poderia livra-lo dos seus maus atos, apenas Deus poderia fazer isso. Para os calvinistas o mundo servia apenas para glorificar Deus, nada era em benefício da carne. A predestinação era o ponto central do Calvinismo, cada um nasce determinado para efetuar tal atarefa. Segundo Weber, o Calvinismo trouxe um ponto positivo: a ideia de necessidade de se provar a fé de cada um na atividade secular.
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