ANÁLISE DOS PONTOS CRÍTICOS DO PREPARO DE SONDAS DE UM HOSPITAL E A RELAÇÃO COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE
Casos: ANÁLISE DOS PONTOS CRÍTICOS DO PREPARO DE SONDAS DE UM HOSPITAL E A RELAÇÃO COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: beatrizcatto • 26/8/2014 • 5.505 Palavras (23 Páginas) • 559 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
BEATRIZ HELENA CATTO GOMES
ANÁLISE DOS PONTOS CRÍTICOS DO PREPARO DE SONDAS DE UM HOSPITAL E A RELAÇÃO COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE
MARINGÁ – PR
2006
SUMÁRIO
RESUMO 3
1 INTRODUÇÃO 4
2 OBJETIVOS 17
3 JUSTIFICATIVA 18
4 METODOLOGIA 19
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 21
5 CONCLUSÃO 25
REFERÊNCIAS 27
ANEXO 29
RESUMO
INTRODUÇÃO: A dieta enteral é comprovadamente benéfica na evolução de pacientes hospitalizados ou que tenham obtido alta após cirurgia, traumas, sepses, pneumonias, problemas neurológicos, desnutrição, cânceres ou quaisquer outros problemas que impeçam a ingestão oral. A observação da presença de contaminação nas dietas enterais administradas em hospitais, leva à necessidade de se tomar medidas para a redução dos riscos de contaminação microbiana durante a produção da nutrição enteral. As Boas Práticas de Preparação da Nutrição Enteral (BPPNE) estabelecem orientações gerais nas operações de preparação da Nutrição Enteral.
OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi analisar os pontos críticos do preparo de nutrição enteral de um hospital privado da região noroeste do estado do Paraná e a relação com a Legislação Vigente.
MÉTODO: A análise dos pontos críticos de preparo da Nutrição Enteral (NE) foi realizada através da aplicação do check list da RDC n°63/2000 da agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e classificados segundo critério do Programa Alimentos Seguros (PAS),
RESULTADOS E DISCUSSÃO: De uma forma geral, dos 185 itens analisados, 55,14 % encontraram-se Conformes, indicando um resultado crítico das condições (< 60%), incluídas desde a inspeção das atividades da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional até o Controle de Qualidade, segundo o Programa Alimento Seguro (PAS). Na categoria Imprescindível (I), 50% dos itens estavam Conformes, quando os critérios do PAS estabelecem uma porcentagem de 100% para essa categoria, bem como a RDC 63/200 que estabelece que quando um só item imprescindível não estiver conforme a atividade afetada deverá ser imediatamente suspensa. Individualmente; os itens Necessários (N) ficaram numa porcentagem de 55% Conformes, estando classificado pelo PAS como crítico; os itens Recomendáveis (R) atingiram 72,50% Conformes, sendo classificados como aceitável, e os Informativos (INF) ficaram em 17,24%, considerados críticos.
CONCLUSÃO: Segundo a legislação, o hospital não está de acordo com as BPPNE, necessitando de uma adequação das condições para oferecer à sua clientela uma dieta enteral segura.
Palavras-chave: Nutrição Enteral, Boas Práticas de Produção de NE, Pontos críticos.
1 INTRODUÇÃO
Nutrição Enteral é a administração de alimentos liquidificados ou de nutrientes através de soluções nutritivas com fórmulas quimicamente definidas, na forma isolada ou combinada, por infusão direta no estômago ou no intestino delgado através de sondas. A Nutrição Enteral está indicada em pacientes com necessidade nutricionais normais ou aumentadas, cuja ingestão, por via oral, está impedida ou é ineficaz, mas que tenham o restante do trato digestório funcionante aproveitável, e visa a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas (TEIXEIRA-NETO, 2003; RDC Nº 63/2000).
Várias modalidades de dietas estão disponíveis em nosso meio, para uso na nutrição enteral e estão classificadas como Dietas Naturais ou Artesanais, e Dietas com Fórmulas Definidas (TEIXEIRA-NETO, 2003).
As “Dietas Naturais ou Artesanais” são obtidas a partir de alimentos naturais liquidificados, na qual se emprega, de maneira geral, o leite de vaca ou o extrato protéico de soja, o ovo, os óleos vegetais, o açúcar, o sal de cozinha, os sucos de frutas, etc. Essas dietas apresentam como vantagens o fato de preencherem as necessidades nutricionais da maioria dos pacientes, serem fáceis de preparar e serem de baixo custo. Como desvantagens apresentam alta viscosidade, dificultando ou impossibilitando sua administração através de sondas de fino calibre, como as para nutrição enteral, produzem grandes quantidades de resíduos, possuem geralmente um alto conteúdo de lactose, e exigem um manuseio excessivo dos ingredientes quando do seu preparo, o que aumenta consideravelmente o risco de contaminação microbiológica do preparo final (TEIXEIRA-NETO, 2003).
As dietas com fórmulas definidas são dietas industrializadas e permitem uma especificação, com precisão, especialmente as ditas monoméricas, sobre qual o tipo e a quantidade de cada nutriente que está sendo administrado. Elas podem ser classificadas em Modulares e Completas (TEIXEIRA-NETO, 2003).
As dietas modulares são constituídas pela associação de produtos industrializados (módulos) conhecidos como complementos dietéticos, disponíveis em nosso meio , em várias modalidades. Esses produtos são apresentados na forma de pó solúvel e constituem concentrados de proteínas de natureza diversa, carboidratos, lipídios, minerais e vitaminas em concentrações variáveis. Isoladamente, elas não podem ser consideradas como dieta completa devido à falta de um ou outro nutriente fundamental ou devido à concentração inadequada dos mesmos. Quando combinadas adequadamente, podem configurar dietas completas de excelente qualidade (TEIXEIRA-NETO, 2003).
As dietas modulares apresentam uma série de vantagens como possuírem baixa viscosidade, baixa produção de resíduos; serem de fácil digestibilidade,
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