AS POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO
Por: Natália Luz • 1/2/2018 • Bibliografia • 5.227 Palavras (21 Páginas) • 211 Visualizações
Site: www.isepro.com.br
CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
DISCIPLINA: POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO.
CARGA HORÁRIA: 30h PÓLO DE PICOS / PIAUÍ
PROFESSOR(A): Esp. Natália Santos Luz
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Assinatura do (a) professor (a) da disciplina
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Assinatura do (a) coordenador (a) da IES
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Assinatura do (a) aluno (a)
EMENTA:
A prática profissional do assistente social: reflexão sobe o papel do profissional no mundo contemporâneo e os processos de intervenção na sociedade. A instrumentalização do serviço social e as metodologias de ação: concepção, elaboração e aplicação de instrumentos e técnicas. Processos avaliativos no serviço social.
OBJETIVO GERAL:
Compreender o Serviço Social como trabalho e refletir a inserção do assistente social na divisão sócio técnica do trabalho como trabalhador e partícipe de distintos processos coletivos de trabalho tendo a mediação como categoria fundamental em seu processo de trabalho.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Analisar o serviço social como trabalho e o assistente social enquanto trabalhador inserido na divisão sócio técnica do trabalho;
- Compreender a especialização do serviço social como profissão, seus fundamentos teóricos e desenvolvimento de habilidades ante as expressões da questão social;
- Discutir as dificuldades e as estratégias vivenciadas no processo de trabalho do assistente social no contexto da sociedade contemporânea e a reestruturação produtiva
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
- O serviço social no brasil e a categoria trabalho.
- Teoria e prática: um desafio para o profissional.
- A política social como campo privilegiado da intervenção profissional.
- A intervenção profissional no campo da política social e seus desafios na atualidade.
- A instrumentalidade no serviço social.
- Prática e teoria: a relação com os instrumentos.
- A avaliação e o monitoramento na política de assistência social.
METODOLOGIA:
- Aula expositiva e dialogada com base nas leituras propostas.
- Exploração dos conteúdos teóricos articulados às experiências práticas dos alunos.
- Trabalhos individual e em grupo.
RECURSOS DIDÁTICOS:
Apostila, dinâmicas, vídeos, Projetor Multimídia, quadro de acrílico, pincel, notebook, textos entre outros materiais didáticos pedagógicos.
AVALIAÇÃO:
O processo de avaliação se dará de forma contínua ao longo das aulas, por meio da participação das atividades realizadas, conforme a metodologia escolhida. A média final (MF) é a média aritmética entre as notas do trabalho Individual (TI) e do trabalho em grupo (TG)*, segundo a fórmula: MF = TI + TG
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OBS: O aluno que obtiver média final (MF) inferior a sete e menos de 75% de presença durante as aulas será considerado reprovado.
INTRODUÇÃO
O movimento ocorrido no âmbito do Serviço Social latino-americano, a partir da década de 1970, mudou decisivamente os rumos da profissão no continente. Esse processo, denominado Movimento de Reconceituação passa a dar ampla visibilidade à política social como espaço de luta para a garantia dos direitos sociais (FALEIROS, 1990).
Nesse contexto, segundo Campos (1988, p. 13) no Brasil, ao final da década de 1970, os assistentes sociais já se posicionavam fortemente em relação à “formulação das políticas sociais enquanto intervenção estatal”.
Há o reconhecimento de que a política social reveste-se de um caráter contraditório, pois, ao mesmo tempo em que atende aos interesses do capital, atende também às necessidades da classe trabalhadora. Portanto, a sua expansão é marcada pela luta dos trabalhadores na perspectiva da conquista e da consolidação dos direitos sociais (IAMAMOTO, 2003; YAZBEK, 2000; PEREIRA, 2008)1.
No Brasil, o debate instaurado em torno da profissão, e sobre a relação visceral entre Serviço Social e política social, floresceu e aprofundou-se significativamente ao longo das duas últimas décadas do século 20 e consolida-se no início do século 21. Período de intensa mobilização de segmentos da sociedade civil, no sentido de ampliar e garantir direitos em setores de ponta: saúde, previdência e assistência.
Isso favoreceu tanto a inserção da profissão e de seus profissionais no embate político da sociedade brasileira como, também, a discussão sobre a intervenção profissional dos assistentes sociais no terreno da política social.
Com referência a intervenção profissional, observa-se que a inclusão da política social no debate da profissão permitiu situar mais concretamente os seus objetivos na sociedade capitalista. Pôde-se sobrepor, no campo da intervenção, a questão do “por que fazer” à do “como fazer” (MIOTO, 2009, p. 214).
- O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E A CATEGORIA TRABALHO
Considerando o surgimento do Serviço Social no Brasil na década de 1930, onde a atuação dos agentes sociais pautava-se nos princípios cristãos de caridade e moralização, segundo a doutrina da Igreja Católica - período em que Getúlio Vargas viabilizava as leis trabalhistas, numa tentativa de conter a insatisfação da crescente massa proletariada, numa mescla de “concessões” de direitos, caridade e repressão - a gênese da profissão se estabelece portanto, numa ação de controle social, por meio de instrumentos de assistencialismo, doutrinamento moral, e propagação da ideologia de responsabilização do indivíduo pela sua condição e devotamento ao Estado e a Igreja pela “ajuda” prestada.
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