Antropologia
Tese: Antropologia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 25/10/2013 • Tese • 969 Palavras (4 Páginas) • 484 Visualizações
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Questão 1:
A partir da observação e análise da charge “O olhar antropológico” de autoria do profº Augusto Tavares, (Disponível em: <http://aulasdoaugusto.blogspot.com.br/2010/02/charge-o-olhar-antropologico.html#!/2010/02/charge-o-olhar-antropologico.html>. Acesso em: 14 jun. 2013), apresentada acima, explique, num texto de no mínimo 08 linhas, o conceito de Antropologia Cultural. (2,5 pontos)
1) Nós seres humanos podemos ser extremamente observadores, este interesse nos faz evoluir, desenvolver novas técnicas, novos medicamentos, conhecer novos planetas, ter maior compreensão espacial, etc... Porém, não é preciso ir to longe para tentar elucidar a curiosidade que nós temos por nós mesmos. Questões intrínsecas dos seres humanos, como “Quem somos” “De onde viemos” e “Para onde vamos”. Estudar o comportamento social dos seres humanos, seus hábitos, organizações políticas, religiosas, suas conquistas territoriais, enfim todos os aspectos comportamentais inerentes ao homem nos possibilitam uma maior compreensão da espécie, e a este campo de estudo denomina-se Antropologia Cultural e está relacionada aos comportamentos instintivos (hereditário) e adquiridos (por aprendizagem).
Questão 2: Assista ao vídeo “Falar açoriano, um luxo cultural”, disponível no link: <http://www.youtube.com/watch?v=uf-cZMJIlP0&feature=related> (Acesso em: 14 jun. 2013). E articulando-o ao conteúdo da disciplina, explique, por que se diz que a antropologia exige uma “transformação do olhar”. Utilize passagens do vídeo e de textos externos ao material didático para fundamentar sua resposta. (2,5 pontos)
2) Ao nascer somos conduzidos por um sistema, e uma vez dentro dele tudo converge apenas para seu centro, e os outros sistemas nos são exóticos. Este sistema é a cultura propriamente dita, “Tecelão quase compulsivo de si próprio, borda sem cessar teias de significados para dar sentido ao mundo” (GEERTZ,1989:15). Somos seres influenciáveis, e adquirimos certezas que nos foram passadas, certezas como opção religiosa, política entre ouros comportamentos, mas agir de modo antropológico nos obriga, no entanto olhar a cultura alheia não mais com indiferença e ou desprezo, e sim com diferença. Sim, sendo apenas a nossa e outra cultura duas entre tantas outras possíveis, isso nos permite valorizar tanto as culturas distintas a nossa como também a nossa própria, ao ponto que alcançamos um novo ângulo de observação e apreciação, este mais alto, mais nítido e com maior alcance.
Questão 3: A curiosidade do homem sobre si próprio sempre existiu, mas a passagem do curioso, do exótico e do bizarro, para uma consciência da alteridade é que marca realmente o pensamento do homem sobre o homem (LAPLANTINE, 1995, p.13), e a reflexão a respeito da diferença. A partir do que foi estudado na disciplina de Antropologia Cultural, explique esta colocação em um texto fundamentado de no mínimo 08 linhas. (2,5 pontos)
3) Ter a curiosidade por outro homem, de outra cultura, não necessariamente é uma postura antropológica cultural. Somos seres capazes de julgar uns aos outros, e fazemos isto com as nossas medidas, sempre partindo de nosso ponto de vista. Enquanto este modo de exploração da diversidade cultural humana predominou não houve evolução antropológica, ao ponto que não bastava conhecer o outro, se não nos reconhecíamos, não aprofundávamos o conhecimento de si próprio. Ou seja, somente com uma visão relativista é que começamos a agir e a desvendar nossas próprias atitudes. Com esta nova atitude, o ponto de vista foi alterado, não mais com o etnocentrismo em vigor foi possível não apenas olhar para fora, mas também para dentro com uma visão externa, crítica. O “eu” entrou em evidência, por haver um contato com o outro ( nesse caso u outro como de outra sociedade, outra cultura).
Questão 4: Leia o texto “Nós, os outros: construção do exótico e consumo de moda brasileira na França”, de Débora Krischke Leitão (2007) - disponível no link: <http://www.scielo.br/pdf/ha/v13n28/a09v1328.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2013 -. Explique, por meio de um texto de no mínimo 08 linhas, porque torna-se fundamental para a Antropologia estranhar aquilo que nos parece familiar, para assim descobrir o exótico que está congelado dentro de nós pela reificação e pelos mecanismos de legitimação (ELÍBIO JUNIOR, POYER, 2008). Sua resposta deve estar fundamentada. (2,5 pontos)
4) A antropologia existe não apenas para compreender o outro, mas sim a si próprio, o homem pelo homem. Partindo desse pressuposto, e tomando com base o texto de Débora Krischke Leitão, é possível compreender que o desejo pelo exótico não é tão e somente pelo “outro”, parece haver oculto uma aversão ou negação do eu, em que se busca algo imaginado, criado no próprio inconsciente. Não é uma busca legítima pelo exótico, como afirma a autora, “Mas ainda que se mostre enquanto celebração do outro, o exotismo talvez não esteja tão distante daquele que em aparência é seu oposto, o etnocentrismo.” Trecho retirado do texto de referência, página 7, linhas 16 e 17. Pois se trata muito mais de um exótico almejado do que o real, deturpando imagem do “outro”, mostrando desconhecimento. Mas esta é uma questão que envolve outras muitas áreas, como por exemplo, o marketing. O que de fato me parece ser esclarecedor é que os “Franceses” buscam em produtos teoricamente exóticos suprir necessidades sensoriais e de prazer em conhecer o outro, cria-se até certa sofisticação nessa atitude. Atitude que da mesma maneira ocorre com “brasileiros” que quando se deparam com perfumes “Franceses” fabricados na Suíça (o que nem sempre se sabe, ou importa) e que são vendidos em lojas no Brasil tornam-se objetos de consumo. Esta atitude demonstra subjetivamente uma negação do eu, não se permite olhar de fora para dentro, com estranheza e curiosidade. Antropologicamente isso me parece ser uma atitude avessa a etnocêntrica, de maneira negativa, pois nega a si, e coloca o “outro” com total positividade mesmo que ele não exista. A antropologia serve para além de compreender o “exótico” compreendermos o verdadeiro “eu”.
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