Atps desenvolvimento economico
Por: anabia102030 • 11/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.917 Palavras (8 Páginas) • 157 Visualizações
REFERENCIAL TEÓRICO
Desenvolvimento Econômico de acordo com Bresser (2006) é um fenômeno histórico que vem acontecendo nos países que almejam a sua revolução capitalista, ou seja, que querem se inserir neste sistema de acumulação de capital, se caracterizando assim pelo aumento sustentado da produtividade ou da renda por habitante.
Em um estudo bibliográfico sobre o desenvolvimento econômico e social são essenciais para tal entendimento a definição clara de alguns conceitos, um exemplo disso é o significado do Produto Interno Bruto (PIB):
A medida frequentemente mais utilizada para contabilizar o valor total da produção de um país é o Produto Interno Bruto (PIB). A definição de PIB que iremos adotar será a seguinte: trata-se do valor monetário de toda a atividade produtiva desenvolvida numa determinada área geográfica (geralmente, um país) durante um determinado período de tempo (regra geral, um ano ou um trimestre). O produto em causa é designado por interno, uma vez que apenas é contabilizada a produção realizada por unidades residentes (tenham elas ou não origem nacional, ou seja, sejam ou não empresas cujo capital social é maioritariamente pertencente a cidadãos do país). O termo bruto indica que nesta contabilização se ignora a possibilidade de deduzir as amortizações correspondentes à depreciação do capital fixo (de máquinas, equipamentos e outros instrumentos disponíveis para produzir) (GOMES,2012).
Porém Bresser, explicita o conceito do Produto Interno Bruto (PIB) por meio de uma comparação entre países que diz:
Os Estados Unidos, por exemplo, são exemplos de estado forte cujo tamanho, em termos de carga tributária, é médio (30% do PIB). Já a França e a Suécia, com cargas tributárias respectivamente de 45% e 55% do PIB aproximadamente, são exemplos de estados forte e grandes. O tamanho do aparelho do estado, portanto, não garante sua força. O Brasil é um país que tem o estado grande em termos de carga tributária especialmente se considerarmos seu nível de renda per capita, mas cuja força é apenas média. (BRESSER,2006)
Compreende-se que para que ocorra o desenvolvimento econômico de um país é necessário a expressão qualitativa positiva de alguns índices, como é o caso do PIB, já explicitado, do Índice de Gini e a Curva de Lorenz, em que este primeiro, podemos conceitua-lo de acordo com o Instituto de Pesquisa Economicamente Aplicada (IPEA) da seguinte forma:
O Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um (alguns apresentam de zero a cem). O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor um (ou cem) está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza. Na prática, o Índice de Gini costuma comparar os 20% mais pobres com os 20% mais ricos. No Relatório de Desenvolvimento Humano 2004, elaborado pelo Pnud, o Brasil aparece com Índice de 0,591, quase no final da lista de 127 países. Apenas sete nações apresentam maior concentração de renda. (IPEA,2004)
Já a Curva de Lorenz de acordo com o Instituto de Pesquisa Estratégica do Ceará (IPECE) é: “uma curva que mostra como a proporção acumulada da renda (φ) varia em função da proporção acumulada da população (ρ), estando os indivíduos ordenados pelos valores crescentes da renda”.
Ainda em conformidade com o IPECE percebe-se que o Índice de Gini está atrelado ao Coeficiente de Lorenz, perceptível na seguinte citação:
Este índice consiste em um número entre 0 e 1, onde 0 corresponde à completa igualdade de renda (onde todos têm a mesma renda) e 1 corresponde à completa desigualdade (onde uma pessoa tem toda a renda, e as demais nada têm). A construção do coeficiente de Gini é baseado na “Curva de Lorenz”. (IPECE, 2012)
Descrever sobre desenvolvimento econômico e social também nos remete a revelar um conceito muito conhecido que é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que significa:
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um índice que serve de comparação entre os países, com o objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida a população. O relatório anual do IDH é elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) órgão da Organização das Nações Unidas (ONU). Este índice é calculado com base em dado econômicos e sociais que vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. Este índice também é usado para apurar o desenvolvimento de cidades, estados e regiões. (SANTORO, 2012)
Em conformidade com o site Portal Brasil (2010), o mesmo elenca um ranking do IDH de alguns países:
1º Noruega
2º Austrália
3º Nova Zelândia
4º Estados Unidos
5º Irlanda
73º Brasil
O IDH engloba três aspectos considerados essenciais pelo Programa Nacional da Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD): o conhecimento (medido por indicadores de educação), a saúde (medida pela longevidade) e o padrão de vida digno (medido pela renda). O progresso, segundo o órgão, deve ser mensurado não apenas pelo crescimento econômico, mas também por conquistas em saúde e educação.
Todos esses conceitos são indispensáveis para o entendimento deste estudo. O crescimento econômico tem sido parte da atenção de pesquisas, dado constituir-se em aspecto de interesse não apenas na área acadêmica, mas também nos chamados círculos políticos e em outras áreas de pesquisa, como redução de pobreza e desenvolvimento econômico. Contudo como é proposto a análise do desenvolvimento econômico dos países do agrupamento Brasil-Rússia-Índia-China-África do Sul (BRIC) para melhor entendimento, remete as seguintes informações:
Os dados das médias para os períodos 1980-1992 e 1993-2005 revelam que o desempenho das economias em termos de crescimento do PIB real é marcado por uma discrepância favorável à China e à Índia, com taxas próximas a 10% e 6%, respectivamente, enquanto Brasil, Rússia e África do Sul tiveram taxas de crescimento variando entre 1,1% (Rússia) e 3,1% (África do Sul). Comparando o primeiro com o segundo período, percebe-se que houve redução na taxa de crescimento populacional para os quatro países, considerando-se que a Rússia participa somente do segundo período, enquanto Brasil e África do Sul configuram-se como os países com maiores taxas, acima de 1,5%. Ao se analisar o PIB real dos países em relação ao PIB real dos EUA entre os dois períodos, percebe-se certa estabilidade para a China, uma elevação para o Brasil, e redução para a Índia e África do Sul. Em termos de estabilidade macroeconômica, levando- se em conta a inflação, Brasil e Rússia são os países com histórico inflacionário relevante, embora, recentemente (2000 a 2005), ambos os países tenham revelado significativa reversão dessa tendência, China, Índia e África do Sul, por outro lado, demonstram baixos patamares inflacionários ao longo do período de análise.
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