Avaliação Preliminar Da Influência Da População De Ipomoea Pes-caprae(L.) R. Br.na Variação Granulométrica De Dunas Nas Praias Oceânicas Da Marcela E Ponta D'Areia De São Luís - MA.

Universidade Federal do Maranhão

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

Departamento de Oceanografia e Limnologia

Ecologia Geral

Alunos: Daniel de Matos Pereira, Willmara Braga Diniz Guimarães, Bruno

2ª AVALIAÇÃO – ARTIGO CIENTÍFICO

São Luís – MA

2014

Avaliação preliminar da influência da população de Ipomoea pes-caprae(L.) R. Br.na variação granulométrica de dunas nas praias oceânicas da Marcela e Ponta d’Areia de São Luís – MA.

Pereira, D. M¹

¹Universidade Federal do Maranhão – [e-mail]

1. Introdução

Estudos de variabilidade granulométrica visam classificar e caracterizar a granulometria do ambiente estudado. Para isso, muitos levam em consideração, áreas-fonte, localização geográfica, rota de distribuição geomorfológica dos ambientes deposicionais e a presença de organismos nestes locais. Um dos principais indicadores de variação granulométrica é a vegetação (Hesp, 1991).

No caso de praias, em muitos casos, há formação de dunas que têm seu sedimento “protegido” pela vegetação. A Ipomoea pes-caprae(L.) R. Br., vulgarmente conhecida como “salsa-da-praia”, é uma das mais comuns nestes setores. Sua distribuição acontece, sobretudo, no pós-praia e duna frontal, em climas temperados quentes e tropicais. Em São Luís, sua ocorrência é por toda costa litorânea maranhense.

Entre suas principais características está seu grande sistema caulinar dotado de ramos longos que alcançam até 40m de comprimento (Gasper, Holetz, Quadros, 2006). Por conta disso, suas raízes são profundas com elevado desenvolvimento. Em geral, indivíduos mais jovens tendem a ter raízes e caules menores quando comparados a indivíduos de maior maturidade.

Seu elevado comprimento e desenvolvimento promove uma seleção granulométrica natural mantendo grãos maiores e deixando que grãos menores sejam expostos e então transportados pela ação eólica.

2. Questão

Há variação granulométrica de dunas, nas praias oceânicas da Marcela, Ponta do Farol e Ponta d’Areia de São Luís - MA, com vegetação de Ipomoea pes-caprae(L.) R. Br.? Se sim, a idade dos indivíduos está relacionada a essa variação?

3. Hipótese

Espera-se que a presença de Ipomoea pes-caprae(L.) R. Br., nas duas praias escolhidas, seja um fator importante para a variabilidade granulométrica nas dunas das praias oceânicas da Marcela e Ponta d’Areia de São Luís – MA. Além disso, acredita-se que indivíduos mais jovens influenciem menos nessa diferença do que mais maduros.

4. Objetivo

Objetivo Geral: Avaliar, de maneira preliminar, se há variação granulométrica em dunas que apresentam Ipomoea pes-caprae(L.) R. Br nas praias oceânicas (Marcela e Ponta d’Areia) de São Luís.

Objetivos específicos:

-Determinar a composição sedimentar de cada duna adotando padrões granulométricos e estatísticos segundo Folk e Ward (1957).

-Avaliar se indivíduos jovens influenciam menos na variabilidade granulométrica de dunas do que os maduros e comparar estes resultados através do método da comparação de Spearman.

5. Metodologia

5.1. Área de Estudo

No litoral de São Luís do Maranhão há presença de dunas por toda ao longo de sua extensão, bem como presença de vegetação costeira de restinga. Nesta localidade foram realizados dois perfis amostrais transversais à linha de costa, sobre a face praial. O perfil Praia da Marcela (2°29’17.47”S; 44°17’10.53” W), que apresenta dunas com vasta cobertura de Ipomoea pes-caprae(L.) R. Br. O perfil Ponta D’Areia (2°30’13.15” S; 44°19’06.19” W) que encontra-se a junto ao setor deposicional do espigão costeiro da Ponta D’Areia.

5.2. Experimentos e Parâmetros

Foram selecionados, aleatoriamente, 80 indivíduos, sendo 60 para PM e 20 em PA, durante os meses de Agosto, Setembro e Outubro de 2014, de Ipomea pes-caprae(L.) R. Br., em quadrantes de 20x20cm para 200m² em cada área amostral totalizando 50 quadrantes. De cada indivíduo, foram analisadas raiz, caule, folha, flor e fruto. Sendo estes conservados em FAA (Formol a 40%, ácido acético glacial e álcool a 50%) e conservados por 24h em álcool 70% (Gasper, Holetz, Quadros, 2006). Os indivíduos foram classificados segundo sua maturação com valores de 1 a 5. Sendo,