Café

O café é uma cultura que tem como origem a Etiópia. Por ser uma planta perene e de clima tropical logo se disseminou pelo mundo, não demorando a chegar ao Brasil, pois o país atendia todas as necessidades exigidas para a sua adaptação e conseqüentemente a produção. A cafeicultura no Brasil foi iniciada em 1727, na qual as primeiras plantações formaram-se a partir de poucas plantas introduzidas no estado do Pará, logo a primeira exportação do produto deu-se em 1732. Nos Estados do Norte não houve, no período colonial, grande interesse pelo café, a não ser no Ceará e na Bahia. Sua introdução no Rio de Janeiro, em 1760, despertou maior interesse e, daí, o cultivo se irradiou pelos Estados vizinhos e para São Paulo. Em Campinas, o café entrou em 1797, mas apenas trinta anos depois é que se intensificou seu plantio na região (FURLANI & MACHADO, 2006).

O cafeeiro é uma planta que tem porte arbustivo ou arbóreo, com um caule lenhoso, lignificado, reto e quase obtendo a forma cilíndrica. Botanicamente é classificado como pertencente à família das Rubiáceas e ao gênero Coffea que reúne diversas espécies, sendo Coffea arabica (café arábica) e Coffea canephora (café robusta) as de maior interesse econômico e representa, praticamente, 100% de todo o café comercializado, na qual o café arábica participa com cerca de 70% da produção mundial e o café robusta com 30%.

O Brasil é o maior produtor e exportador de café e o segundo maior consumidor perdendo apenas para o EUA. Hoje a cafeicultura merece destaque, pois além de gerar riqueza para o país, é uma das culturas mais plantada no território brasileiro o que proporciona um desenvolvimento econômico e social.

Na implantação da lavoura cafeeira, vários são os fatores que contribuem para o seu sucesso, dentre os quais, a produção de mudas sadias e bem desenvolvidas é à base de sua sustentação, principalmente tratando-se de uma cultura perene como a do cafeeiro. Desse modo, a produção de mudas e a implantação dos viveiros, sobretudo utilizando-se cultivares melhorada, devem ser feitas de forma criteriosa, pois as mudas com boa qualidade proporcionarão um desenvolvimento uniforme da lavoura, uma melhor produção inicial e um maior rendimento por área (SILVA et al., 2000).

Começar bem, com boas mudas, de variedades produtivas, com espaçamento e outras práticas adequadas de plantio, é essencial, para que, ao longo dos anos, se possam ter bons retornos de produtividade. Além disso, o plantio de mudas de boa qualidade é essencial, pois condiciona ao cafeeiro uma carga genética adequada e influi decisivamente na formação da estrutura do sistema radicular e da parte aérea da planta. Por isso, se diz que o bom cafezal depende de uma boa muda.