ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – CAFS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – CAFS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Keline Santos Sousa¹ Carla Andréa Silva²

¹Acadêmica do Curso de Administração na Universidade Federal do Piauí – UFPI, [e-mail]

²Orientador(a), docente da Universidade Federal do Piauí – UFPI, [e-mail]

Resumo

A inclusão de pessoas com deficiência (PcD) no ensino superior é uma questão recente, mas de grande importância na nossa sociedade, pois nos mostra como é possível superar as desigualdades tanto físicas, sociais e educacionais. Dados do Inep apontam que o acesso de PcD ao ensino superior no país aumentou 518,66% entre 2004 e 2014 e como vemos o numero de matriculas de pessoas com necessidades especiais no ensino superior só aumentam cada vez mais. Neste presente artigo veremos um relato de experiência sobre a participação no projeto de inclusão para alunos portadores de necessidades especiais nos diferentes cursos ofertados no CAFS, esse projeto é titulado como: Atendimento Educacional Especializado, desenvolvido na Universidade Federal do Piauí – UFPI/CAFS, tendo como coordenadora a professora Carla Andréa Silva e como objetivo do projeto, oferecer o acompanhamento pedagógico aos alunos de diferentes cursos do CAFS que possuem algum tipo de deficiência em seu cotidiano acadêmico. O objetivo desse relato é mostra de forma clara como o desenvolvimento desse projeto está ajudando na permanência de alunos com deficiência no curso de Administração do CAFS. A justificativa desse artigo é mostrar que é possível sim estabelecer métodos e processos educativos mais fácies e simples que tornem o ensino superior mais acessível a todas as pessoas ate mesmo as para as pessoas com deficiências.

Palavras-chaves: Inclusão; Pessoas com Deficiência (PcD); Ensino Superior; Curso de Administração; CAFS.

Introdução

A Educação Nacional tem como princípios: o ensino com igualdade de condição para o acesso e permanência na escola; a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; a garantia de padrão de qualidade; gratuidade de ensino público, entre outros, conforme reza o disposto no art. 3º da Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional (LDB) e no artigo 206 da Constituição Federal Brasileira. São muitos marcos legais, políticos e pedagógicos que asseguram hoje, no Brasil, a educação inclusiva como política pública. Conforme é citado no inciso III do Art. 208 da Constituição Brasileira: o atendimento das pessoas com deficiência deve ocorrer “preferencialmente na rede regular de ensino” (BRASIL, 1988). Mais vemos uma grande preocupação na inclusão de PcD nas instituições de ensino superior, na oferta presencial, mais do que na oferta a distância. Sabemos que se pensamos por uma lado a educação a distância é ainda a mais acessível pra as PcD, porém a grande maioria dos alunos ainda sonha e almeja ter a famosa experiência de estar presente no âmbito universitário fisicamente e não só no virtualmente. As PcD representam um percentual expressivo da população mundial (a OMS estima que seja de 10%) da população brasileira. Segundo o censo demográfico do IBGE de 2010, quase 24% de nossa população apresenta deficiência, o que significa aproximadamente 45,6 milhões de pessoas no mundo possui algum tipo de deficiência.

Este artigo apresenta um relato de experiência sobre a inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior, que discursa sobre os métodos e processos que as monitoras do projeto Atendimento Educacional Especializado desenvolvido nessa instituição, utilizam em suas praticas com os alunos nas disciplinas que os cursos dispõem para facilitar e ate mesmo minimizar as possíveis dificuldades que os alunos com deficiência venham a ter no âmbito acadêmico, no quesito de aulas e atividades acadêmicas desenvolvidas, facilitando assim a sua permanência no curso.

Metodologia

Essa experiência de monitoria para a inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior foi realizada no âmbito da Universidade Federal do Piauí- UFPI/CAFS, com todos os alunos portadores de alguma deficiência nos cursos ofertados pela instituição, no desenvolvimento do projeto titulado como Atendimento Educacional Especializado, coordenado pela docente da universidade à professora Carla Andréa Silva e demais docentes da instituição mencionada, como também com a participação de alguns discentes de cursos que comtemplam a presença de alguns alunos com deficiência, tendo como finalidade pratica da monitoria para esses alunos com necessidades especiais no ambiente acadêmico do CAFS. Esse projeto vem sendo bem aceito na instituição no decorrer do processo, e tem como objetivo geral oferecer o acompanhamento pedagógico aos alunos dos diferentes cursos do CAFS que possuem algum tipo de deficiência em seu cotidiano acadêmico e como objetivos específicos organizar e oferecer atividades de assessoramento e acompanhamento a esses alunos. O projeto conta com a participação de dois alunos-bolsistas e três alunos voluntários que atuarão na condição de aprendizes durante todas as etapas e ações do projeto desse modo a garantir que estes possam realizar o acompanhamento de alunos com alguma deficiência matriculados no CAFS, atuando precisamente sobre a rotina de estudos destes no curso de graduação ao qual estão matriculados.

Para garantir que o projeto realize os seus objetivos, os participantes devem dedicar-se ao projeto 12 horas semanais, sendo 6 horas de total dedicação ao atendimento individual dos alunos com deficiência atendidos pelo projeto, 4 horas dedicadas à produção de matérias ou adaptações de atividades para esses alunos, e 2 horas dedicadas a realizações de pesquisas e estudos sobre as deficiências dos alunos atendidos, para melhor compreender e fundamentar os métodos e procedimentos que serem realizados no decorrer do projeto com esses alunos.

Relato de Experiência

 O cenário educacional moderno conta com a ajuda de diversas novas tecnologias, métodos e sistemas que não só facilitam o ensino, como a acessibilidade das pessoas com deficiência na sua buscar por novos conhecimentos.

Acessibilidade trata do acesso a locais, produtos, serviços ou informações efetivamente disponíveis ao maior numero e variedade possível de pessoas, independente de suas capacidades físico-motoras e perceptivas, culturais e sociais (BRASIL, 2010). Porém quando falamos em acessibilidade queremos não só aborda o sentido do acesso físico a estrutura das universidades de ensino superior, mais também ao acesso da produção educacional em si que é oferecida a todos os alunos que estão matriculados na instituição com o intuído de aprender e aprimorar seus conhecimentos para assim vim a garantir um futuro melhor para todos. E é nessa parte que o projeto esta focado, na parte da inclusão, do acompanhamento e assessoramento as necessidades plenas de alunos que possuem alguma deficiência e que venham ater alguma dificuldade que o empesam de permanecer no meio acadêmico.