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Celulas Tronco

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Por:   •  11/3/2015  •  1.888 Palavras (8 Páginas)  •  183 Visualizações

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1 Introdução

O tema células-tronco tem estado constantemente presente não só no meio acadêmico, mas também nos meios de comunicação e na sociedade em geral. De fato, este é um tema instigante, que traz muitas perspectivas para os campos da medicina regenerativa, biologia celular e biologia do desenvolvimento.

Leigos e especialistas de todas as áreas concordam que a ciência está a serviço da população, principalmente quando se trata de pesquisas para a descoberta da cura de doenças que afetam milhares de pessoas. É consenso que as promissoras pesquisas envolvendo células-tronco são importantes e devem continuar, porém , quando se discute a origem, de onde as células-tronco serão retiradas, não só o consenso, mas a autonomia dos cientistas desaparece e as pesquisas não avançam.

A discussão se situa na utilização de embriões congelados - a maioria armazenada em clínicas de Reprodução Assistida- ou na utilização da técnica de Clonagem Terapêutica, onde é necessária a utilização de óvulos doados para a pesquisa.

Em 1999, as células-tronco foram eleitas pela revista Science1. Naquele ano, foi demonstrado que células-tronco de tecidos adultos mantinham a capacidade de se diferenciar em outros tipos de tecidos. No ano anterior, as primeiras linhagens de células-tronco embrionárias humanas foram estabelecidas. Desde então, o número de artigos científicos sobre células-tronco vem crescendo exponencialmente, onde novos paradigmas são estabelecidos.

2 Célula tronco

2.1 O que são as células tronco

As células-tronco são células capazes de auto-renovação e diferenciação em muitas categorias de células. Elas também podem se dividir e se transformar em outros tipos de células. Além disso, as células-tronco podem ser programadas para desenvolver funções específicas, tendo em vista que ainda não possuem uma especialização.

Basicamente, as células tronco podem se autorreplicar, ou seja, se duplicar, gerando outras células-tronco. Ou ainda se transformar em outros tipos de células.

3 Formação das células tronco

O surgimento dessas células se dá da seguinte maneira: o espermatozoide fecunda o óvulo, dando origem ao que chamamos de zigoto. O zigoto sofre mitoses dando origem a uma “bola de células”, que se diferenciam originando os folhetos germinativos, que em seguida se diferenciam em tecidos e órgãos do organismo.

Essas células originadas das mitoses do zigoto são as células-tronco, que também são chamadas de células-mãe ou células estaminais.

4 Classificação das células tronco

4.1 Totipotentes, aquelas células que são capazes de diferenciarem-se em todos os 216 tecidos que formam o corpo humano, incluindo a placenta e anexos embrionários. As células totipotentes são encontradas nos embriões nas primeiras fases de divisão, isto é, quando o embrião tem até 16 - 32 células, que corresponde a 3 ou 4 dias de vida;

4.2 Pluripotentes ou multipotentes, aquelas células capazes de diferenciar-se em quase todos os tecidos humanos, excluindo a placenta e anexos embrionários, ou seja, a partir de 32 - 64 células, aproximadamente a partir do 5º dia de vida, fase considerada de blastocisto. As células internas do blastocisto são pluripotentes enquanto as células da membrana externa destinam-se a produção da placenta e as membranas embrionárias;

4.3 Oligotentes, aquelas células que se diferenciam em poucos tecidos;

4.4 Unipotentes, aquelas células que se diferenciam em um único tecido.

Constitui um mistério para os cientistas a ordem ou comando que determina no embrião humano que uma célula-tronco pluripotente se diferencie em determinado tecido específico, como fígado, osso, sangue etc. Porém em laboratório, existem substâncias ou fatores de diferenciação que quando são colocadas em culturas de células-tronco in vitro, determinam que elas se diferenciem no tecido esperado. Um estudo está sendo desenvolvido pela USP para averiguar o resultado do contato de uma célula-tronco com um tecido diferenciado, cujo objetivo é observar se a célula-tronco irá transformar-se no mesmo tecido com que está tendo contato. As células-tronco da pesquisa foram retiradas de cordão umbilical.

5 CLASSIFICAÇÃO QUANTO ASUA NATUREZA

5.1 Adultas

São células indiferenciadas encontradas no meio de células diferenciadas que compõem as estruturas do corpo. Elas têm a função de renovar e reparar os tecidos do corpo. Acredita-se que residam em nichos dos tecidos, algumas nas camadas externas de pequenos vasos sanguíneos, onde permanecem sem se dividir até que isso seja necessário.

São extraídas dos diversos tecidos humanos, tais como, medula óssea, sangue, fígado, cordão umbilical, placenta etc. (estas duas últimas são consideradas células adultas, haja vista a sua limitação de diferenciação). Nos tecidos adultos também são encontradas células-tronco, como medula óssea, sistema nervoso e epitélio. Entretanto, estudos demonstram que a sua capacidade de diferenciação seja limitada e que a maioria dos tecidos humanos não podem ser obtidas a partir delas.

Por existirem em quantidades reduzidas no corpo e pela dificuldade que apresentam para se dividir em relação às embrionárias, a produção em laboratório desse tipo de célula-tronco é limitada. Mesmo assim, cientistas desenvolvem a cada dia novos métodos para incrementar a cultura e manipulação destas células para utilização em tratamentos de lesões ou doenças.

As CT adultas que mais conhecemos são as presentes na medula óssea, que desde a década de 1950 são utilizadas no tratamento de diferentes doenças que afetam o sistema hematopoiético. Na medula óssea, encontram-se CT hematopoiéticas, que podem dar origem a todos os diferentes tipos de células do sangue (linfócitos, hemácias, plaquetas, etc.).

As CT estão presentes em muitos tecidos adultos, onde atuam na manutenção dos mesmos, repondo células mortas. Porém, as CT presentes no adulto eram vistas tradicionalmente como restritas em seu potencial de diferenciação a somente células do tecido onde elas residem. Por exemplo, as CT hematopoiéticas são capazes de regenerar o sangue após destruição daquele tecido por irradiação, e células do fígado proliferam na tentativa de regenerar aquele órgão.

Nos últimos anos, uma série de trabalhos vem questionando

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