Charles Darwin
Exames: Charles Darwin. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nanirpessoa • 17/5/2014 • 849 Palavras (4 Páginas) • 233 Visualizações
Quando Charles Darwin publicou A Origem das Espécies em 1859, já se sabia que as espécies existentes podiam sofrer modificações ao longo do tempo. Isto é a base do melhoramento artificial, que já era praticado há milhares de anos. Darwin e seus contemporâneos também eram familiarizados com o registro fóssil e sabiam que haviam ocorrido grandes mudanças nos seres vivos ao longo do tempo geológico. A teoria de Darwin dizia que um processo análogo ao melhoramento artificial também ocorria na natureza, ele chamou este processo de seleção natural. Essa teoria também dizia que as mudanças nas espécies existentes, devidas primariamente à seleção natural, poderiam, se dado o tempo suficiente, produzir as grandes mudanças que vemos no registro fóssil.
Depois de Darwin, o primeiro fenômeno (mudanças dentro de uma espécie já existente, ou conjunto genético, ou pool gênico) foi denominado “microevolução”. Há uma abundância de evidências para se crer que ocorram mudanças dentro das espécies existentes, tanto domésticas quanto selvagens, então a microevolução é incontestável. O segundo fenômeno (Mudanças em larga-escala ao longo do tempo geológico) foi denominado “macroevolução”, e a teoria de Darwin de que os processos responsáveis pelo primeiro fenômeno podem explicar o segundo foi controversa desde o início. Muitos biólogos, durante e depois do tempo em que Darwin viveu têm questionado se o equivalente natural da criação doméstica poderia fazer o que a criação doméstica nunca fez – em outras palavras, produzir novas espécies, órgãos e planos corporais. Nas primeiras décadas do Século XX, o ceticismo sobre este aspecto da evolução era tão grande que a teoria de Darwin foi eclipsada. (Ver o Capítulo 9 do livro de Peter Bowler – Evolution: The History of an Idea, University of California Press, edição revisada, 1989).
Nos anos de 1930, os “neo-Darwinistas” propuseram que as mutações genéticas (que Darwin desconhecia) poderiam resolver o problema. Apesar de a grande maioria das mutações ser prejudicial (e assim não poderem ser favorecidas pela seleção natural), em casos raros elas podem beneficiar um organismo. Por exemplo, mutações genéticas podem explicar alguns casos de bactérias resistentes a antibióticos; se um organismo está na presença do antibiótico, tal mutação é benéfica. Entretanto, todas as mutações benéficas conhecidas afetam somente a bioquímica de um organismo; a evolução Darwiniana requer mudanças em grande escala na morfologia ou anatomia. Na metade do Século XX, alguns geneticistas Darwinianos sugeriram que “macromutações” ocasionais poderiam produzir as mudanças morfológicas em grande escala requeridas pela teoria de Darwin. Infelizmente, todas as mutações morfológicas conhecidas são danosas, e quanto maiores seus efeitos, mais danosas são. As críticas científicas das macromutações passaram a chamar isso de hipótese dos “monstros promissores” [hopeful monsters]. (Ver o Capítulo 12 do livro de Bowler).
A controvérsia científica sobre se os processos observáveis dentro de espécies e conjuntos gênicos existentes (microevolução) podem explicar as grandes mudanças ao longo do tempo geológico (macroevolução) continua até hoje. Aqui estão alguns exemplos de artigos científicos recentes, revisados por especialistas, que fazem referência a isso:
<!--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->David L. Stern, “Perspective: Evolutionary Developmental Biology and the Problem of Variation”, Evolution 54 (2000): 1079-1091. [Perspectiva: Biologia do Desenvolvimento Evolutiva e o Problema da Variação].
<!--[if !supportLists]-->o <!--[endif]-->“Um dos problemas mais antigos na biologia
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