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Por:   •  11/9/2013  •  4.584 Palavras (19 Páginas)  •  642 Visualizações

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A administração é uma habilidade humana 

A capacidade administrativa do homem é muito antiga. Há 3000 anos, na construção das pirâmides do Egito, certamente trabalharam eficientes gerentes e supervisores, capazes de organizar o trabalho de milhares de pessoas. Entretanto, apenas recentemente, houve preocupação de analisar a administração de modo sistemático e coerente. 

A administração nada mais é do que a condução racional das atividades de uma organização, seja ela lucrativa ou não-lucrativa. 

O campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo da Administração em geral, não se preocupando onde ela seja aplicada, se nas organizações lucrativas (empresas) ou se nas organizações não-lucrativas. A habilidade humana consiste na capacidade e facilidade para trabalhar com pessoas, comunicar, compreender suas atitudes e motivações e liderar grupos de pessoas. 

Além disso, tem outras habilidades que compõe a habilidade humana, habilidade técnica: Consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para o desempenho de tarefas específicas, por meio da experiência e educação. É muito importante para o nível operacional. Habilidade conceitual: Consiste na capacidade de compreender a complexidade da organização como um todo e ajustamento do comportamento de suas partes. Essa habilidade permite que a pessoa se comporte de acordo com os objetivos da organização total e não apenas de acordo com os objetivos e as necessidades de seu departamento ou grupo imediato. É muito importante para o nível institucional. 

Acontecimentos sociais que ocasionaram o surgimento das teorias da administração 

O aprofundamento da Revolução Industrial a partir da segunda metade do século XIX gerou inúmeras conseqüências para a sociedade, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento e aumento da complexidade das organizações empresariais. O aparecimento exponencial de novas tecnologias, invenções, inovações técnicas e sociais, e a tendência de concentração do capital, ocasionaram o surgimento de grandes fábricas responsáveis por empregar - em um só local – centenas e às vezes milhares de seres humanos que só tinham a força de trabalho a oferecer aos detentores dos meios de produção. 

Dentro desse contexto de grandes mudanças econômicas, sociais e demográficas, muitos estudiosos e profissionais começaram a perceber o quão difícil se tornava a organização e o controle dessas grandes empresas, as quais precisavam lidar com diversas variáveis, ao mesmo tempo em que buscavam garantir o lucro necessário à manutenção do empreendimento e a remuneração do capital investido. Como esclarece Beynon (1995), no início do século XX, grandes empresários, como Ford, Rockefeller dentre outros, estavam com bastantes problemas em seus conglomerados, principalmente no que tange à gestão dos empregados. Dessa forma, foram nas duas primeiras décadas do século passado que apareceram os acadêmicos e “peritos da indústria”, os quais apresentaram-se oferecendo ajuda aos empresários americanos e europeus. 

Como havia a necessidade de produção em massa, devido à demanda sempre crescente e a exploração de novos mercados, a relação empregado x empregador parecia ser a mais complexa. Os principais problemas podem ser assim enumerados: 

1) altíssimas taxas de rotatividade da mão-de-obra; 

2) pressão por produtividade por meio de atitudes muitas vezes agressivas e injustas; 

3) baixa qualificação dos empregados; 

4) necessidade de adaptação às novas tecnologias, como a linha de montagem; 5) modelos de remuneração capazes de gerar motivação e produtividade. 

Surge, então, neste momento, no despontar do século XX, os primeiros trabalhos de cunho científico na administração. Os expoentes dessa fase científica foram dois engenheiros: Frederick Winslow Taylor, responsável pelo desenvolvimento da Escola da Administração Científica, e Henri Fayol, criador da Teoria Clássica. Dessa forma, a chamada Abordagem Clássica da Administração é formada pelas duas abordagens construídas por esses dois engenheiros pesquisadores. 

Os trabalhos de Taylor podem ser considerados como a primeira tentativa de fundar uma “ciência da administração”. O pesquisador era engenheiro, e teve a possibilidade de atuar em vários cargos dentro uma fábrica, desde operário até engenheiro-chefe. 

Após alguns anos como empregado, Taylor passou a trabalhar como consultor, aperfeiçoando suas pesquisas e idéias sobre gestão. O aspecto fundamental de sua teoria é a busca do aumento da eficiência da organização, por meio da racionalização do trabalho e da obtenção de métodos mais eficientes de controle dos trabalhadores. 

De acordo com Pugh (2004), para solucionar a questão do relacionamento empregado x empregador, Taylor propõe quatro “grandes princípios”: 

1) O desenvolvimento de uma verdadeira ciência do trabalho, em que seria necessária uma investigação científica para se chegar a uma jornada de trabalho justa. Neste caso, o empregador saberia qual a quantidade de trabalho ideal a ser realizada pelo trabalhador, e este receberia uma alta taxa de pagamento, já que este busca a “maximização de seus ganhos”; 

2) A seleção científica e o desenvolvimento progressivo do trabalhador. Aqui caberia à administração da organização desenvolver os trabalhadores, buscando garantir que estes se tornem altamente produtivos, ou seja, de “primeira linha”; 

3) A conexão da ciência do trabalho e trabalhadores cientificamente selecionados e treinados; 

4) A constante e íntima cooperação de gestores e trabalhadores. Esta cooperação eliminaria os conflitos, já que os gestores e operários estariam cientes de suas responsabilidades e funções. 

Para Moraes (1988), o trabalho de Taylor visou resolver a problemática da dependência do capital frente ao trabalho vivo. Para isso, a administração deveria entender sistematizar e normatizar a execução das tarefas dentro da organização, visando à máxima produtividade por meio das ferramentas adequadas. Braverman apud Moraes (1988) demonstra os três princípios estabelecidos por Taylor: 

1) Dissociação do processo de trabalho das especialidades dos trabalhadores, cabendo ao administrador reunir e organizar o conhecimento que antes pertencia apenas aos trabalhadores; 

2) Separação de concepção e execução, ou seja, o trabalhador deve apenas executar

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