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Contabilidade Gerencial

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Por:   •  12/5/2014  •  7.576 Palavras (31 Páginas)  •  338 Visualizações

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PRODUÇÃO INDUSTRIAL: APROFUNDANDO SOBRE PROCESSOS CONTÁBEIS

1 DEFINIÇÕES CONCEITUAIS

Sistemas de Acumulação de Custos

Um Sistema de Acumulação de Custos, de acordo com Zanluca (2006, p. 1), “corresponde ao ambiente básico no qual operam os sistemas e as modalidades de custeio”. De acordo com o sistema produtivo da empresa deve-se se dar a escolha pelo sistema de acumulação de custos, que pode ser de dois tipos: Sistema de Produção por Encomenda, no qual a fabricação de produtos não padronizados se dá de forma descontínua; Sistema de Produção Contínua, em que a fabricação ocorre em série e são criados produtos padronizados.

Ainda há dois sistemas básicos de acumulação de custos: Sistema de Acumulação por Ordem ou Encomenda, é o sistema que deve ser adotado por empresas em que a produção se dá de forma descontínua, e as encomendas geram produtos não padronizados, ou seja, são custeados conforme a encomenda específica dos clientes. Sistema de Acumulação por Processo é o sistema adotado quando a empresa produz em sistema padronizado ou em produção em massa. Neste sistema “os custos diretos e indiretos são acumulados nas contas de custos durante um determinado período, sendo reclassificados por departamento ou processo no fim desse período” (ZANLUCA, 2006, p. 1), e, ainda, em relação ao custo total de cada processo, este “é dividido pelo total da produção, obtendo-se um custo médio por unidade para o período” (ZANLUCA, 2006, p. 2).

Custeio Variável

Para Tarifa e Silva (2009, p. 34): “Esse método faz uma abordagem da margem de contribuição dos produtos, considerando apenas os custos e as despesas variáveis. Os demais gastos (custos e despesas fixas) são lançados no resultado da empresa pelo seu total”.

Custeio por Absorção

No Custeio por Absorção se dá a atribuição de gastos fixos, juntamente aos gastos variáveis, ao serem custeados os produtos fabricados pela empresa, no entanto, há uma ressalva, conforme expõe Zanluca (2006, p. 4):

Esta atribuição de gastos fixos, entretanto, implica, naturalmente, a utilização de rateios. E nisso reside a principal falha do custeio por absorção como instrumento de controle. Por mais objetivos que pretendam ser os critérios de rateio, eles sempre apresentarão um forte componente arbitrário, que distorce os resultados apurados por produto e dificulta (quando não impede) as decisões da gerência com relação a assuntos de vital importância para a empresa, como, por exemplo, a determinação de preços de venda ou a descontinuação da fabricação de produtos deficitários.

Mesmo que este método apresente a particularidade de ser necessária a utilização de rateio, “para fins fiscais (Imposto de Renda), é obrigatório a utilização do custeio por absorção” (ZANLUCA, 2006, p. 4).

Custos Diretos e Indiretos

Nogueira assim conceitua custos diretos e custos indiretos:

Custos diretos: São aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando apenas que se tenha uma unidade de medida de consumo, como quilo de matéria-prima por produto, unidades de embalagem utilizadas no produto, horas de mão-de-obra gastas no produto, etc.

Custos indiretos: Não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como custos com supervisão, chefias, aluguel da fábrica) (NOGUEIRA, 2009, p. 27).

Custos Variáveis e Fixos

Ortolan et al (2009, p. 6) assim conceitua custos fixos e custos variáveis:

Custos Fixos: são incorridos pela organização independentemente do seu nível de atividade (aluguel, salários/encargos do pessoal administrativo, imposto predial, seguros, depreciação, honorários de diretores, depreciação, material de escritório). Custos Variáveis: o valor varia de acordo com o nível de atividade da organização. Ex.: Comissões de vendedores, embalagens, matéria-prima, mão-de-obra empregada na fabricação, energia elétrica do parque industrial.

Rateio dos Custos Indiretos.

O rateio de Custos Indiretos requer a consideração de critérios que o efetivem.

Segundo Sant’Anna (2011, p. 4):

Rateio de custos indiretos – Custos indiretos como a manutenção da fábrica, a energia elétrica gasta na iluminação da fábrica, depreciação das máquinas de produção, lubrificantes utilizados na produção (máquinas) etc., têm de ser rateados em cada produto, pois não é possível determinar quanto cada produto consome separadamente. Um critério de rateio dos custos indiretos pode ser o quanto cada produto consome proporcionalmente de custos diretos. Se, por exemplo, o produto A consome 23% do total de material e mão-de-obra, 23% dos custos indiretos serão direcionados ao produto. Assim, se o produto B consome 42% do total da matéria-prima (material) e mão-de-obra e o produto C 35% deste total, 42% dos custos indiretos serão rateados para o produto B e 35% dos custos indiretos serão rateados para o produto C.

Outro critério de rateio dos custos indiretos seria apenas considerar o custo de material ou, alternativamente, somente o custo de mão-de-obra em cada produto. Assim, se o produto A consome 25% de horas de mão-de-obra, 25% dos custos indiretos seriam alocados no produto, por exemplo. A quantidade de mão-de-obra aplicada a cada produto determinaria o rateio dos custos indiretos na mesma proporção, neste caso.

O rateio de Custos Indiretos é apurado considerando os custos diretos de cada produto, ou a mão-de-obra empregada para a fabricação dos mesmos.

Produtos em Processo e Produtos Prontos

Costa (2009, p. 3) assim refere-se acerca dos produtos em processo e prontos:

Produtos em processo – quando

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