Contato extensivo com ações práticas

No Brasil, a formação em Engenharia Florestal foi regulamentada em 1960. Embora seja uma profissão relativamente nova, na comparação com outros países onde ela já existe há bem mais tempo, os engenheiros florestais brasileiros conseguiram desenvolver técnicas que se tornaram modelo para todo o mundo. O setor florestal representa cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.

O país tem uma marcante vocação florestal – basta lembrar que foi uma árvore, o pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.), que deu origem ao seu nome. O setor florestal brasileiro vê-se diante do desafio de equilibrar o desenvolvimento socioeconômico com a manutenção de um alto nível de biodiversidade, serviços ambientais e de proteção ambiental.

Em geral, o curso forma profissionais para administrar os recursos florestais, visando sua utilização sustentável de modo a atender às diversas demandas da sociedade brasileira, com sólida formação para o entendimento e a operacionalização das funções sociais, tecnológicas, econômicas e ambientais das florestas.

Este profissional está habilitado para trabalhar aliando a produção, a conservação ambiental e o desenvolvimento social. Um dos grandes desafios deste profissional é contribuir para a redução do desmatamento causado pela ocupação desordenada do solo, a expansão da fronteira agrícola e a extração ilegal de madeira.

A Engenharia Florestal pode ser definida como a ciência que trata do ordenamento científico das florestas nativas e plantadas para a produção contínua de madeira e serviços ambientais. Sistematiza conhecimentos aplicáveis ao manejo, à utilização e à proteção dos recursos florestais de modo a obter benefícios para a sociedade com o mínimo de impacto no ambiente e com a conservação dos recursos naturais para as gerações atuais e futuras.

O campo de atuação do engenheiro florestal é bastante amplo, englobando tanto a conservação como a utilização e a gestão dos recursos provenientes das florestas. Ele é responsável pela produção florestal, seja nos reflorestamentos ou no manejo de florestas nativas. E pode atuar na comercialização dos produtos florestais, tais como madeira, látex, resinas, alimentos, plantas ornamentais e mercado de carbono.

O engenheiro florestal deve saber também como conservar a biodiversidade de áreas protegidas, os solos e os recursos hídricos em microbacias hidrográficas. O engenheiro florestal é também o profissional mais habilitado a trabalhar na recuperação de áreas degradadas, no licenciamento ambiental e em estudos de impactos ambientais de empreendimentos.

O mercado de trabalho é amplo e permite atuar nas empresas florestais (tanto em atividades operacionais quanto em pesquisa e desenvolvimento), no setor público, em órgãos ambientais e secretarias da esfera federal, estadual ou municipal, institutos de pesquisa públicos ou privados e universidades. Outra possibilidade é a iniciativa privada, com atividades de consultoria, prestação de serviços e administração de empresas, além do terceiro setor.

Na UNESP

Amplo contato com atividades práticas

O curso de Engenharia Florestal em Botucatu possui uma infraestrutura composta de três fazendas experimentais – Lageado, Edgárdia