Contexto Empresarial
Trabalho Escolar: Contexto Empresarial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 25/5/2014 • 2.126 Palavras (9 Páginas) • 184 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONCLUSÃO 9
REFERÊNCIAS 10
1 INTRODUÇÃO
Sustentabilidade empresarial é um conjunto de ações que uma empresa toma, visando o respeito ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável da sociedade. Logo, para que uma empresa seja considerada sustentável ambientalmente e socialmente, ela deve adotar atitudes éticas, práticas que visem seu crescimento econômico (sem isso ela não sobrevive) sem agredir o meio ambiente e também colaborar para o desenvolvimento da sociedade.
Além de respeitar o meio ambiente, a sustentabilidade empresarial tem a capacidade de mudar de forma positiva a imagem de uma empresa junto aos consumidores. Com o aumento dos problemas ambientais gerados pelo crescimento desordenado nas últimas décadas, os consumidores ficaram mais conscientes da importância da defesa do meio ambiente. Cada vez mais os consumidores vão buscar produtos e serviços de empresas sustentáveis.
Vale apena ressaltar que, sustentabilidade empresarial não são atitudes superficiais que visem o marketing, aproveitando a chamada “onda ambiental”. As práticas adotadas por uma empresa devem apresentar resultados práticos e significativos para o meio ambiente e a sociedade como um todo.
A contabilidade possui diversas áreas de conhecimento e todas são de extrema importância, como futuros profissionais precisamos estar cientes da importância dos mais diversos assuntos para garantir o sucesso das empresas, nesse sentido, o empreendedorismo sustentável é um grande aliado das empresas, pois além de colaborar para os seus investimentos ele ainda passa ao publico a idéia de que a empresa preocupa-se com o meio ambiente, com as questões sociais, cidadania, etc.
2 DESENVOLVIMENTO
Primeiramente é preciso expor que hoje há uma discussão sobre o conceito de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade, apresentam-se a seguir as duas visões: Quando se menciona desenvolvimento sustentável, uma vez que muitos utilizam o termo para designar a expectativa de que o país entre numa fase de crescimento que se mantenha ao longo do tempo, faz com que tal forma de desenvolvimento pressuponha a expansão econômica permanente, gerando melhoria nos indicadores sociais, além da preservação ambiental.
Sustentabilidade é a capacidade de se auto-sustentar, de se auto-manter, uma atividade sustentável qualquer é aquela que pode ser mantida por um longo período indeterminado de tempo, ou seja, para sempre, de forma a não se esgotar nunca, apesar dos imprevistos que podem vir a ocorrer durante este período. Pode-se ampliar o conceito de sustentabilidade, em se tratando de uma sociedade sustentável, que não coloca em risco os recursos naturais como o ar, a água, o solo e a vida vegetal e animal dos quais a vida (da sociedade) depende. Apesar de apresentarem similaridades tornam-se comum relacionar desenvolvimento sustentável a políticas públicas e sustentabilidade as demais ações. A partir desta explanação o termo a ser utilizado neste trabalho será sustentabilidade, pois relaciona o termo com as empresas e organizações. Na área empresarial a preocupação com a sustentabilidade tem se generalizado, e um grupo mais envolvido com esta inquietação criou uma entidade voltada a sustentabilidade empresarial, ligada ao movimento internacional de empresários com este foco.
O objetivo fundamental de qualquer organização é obter o maior retorno possível sobre o capital investido. Para tanto, utiliza-se de ferramentas disponíveis para estar à frente dos concorrentes, obtendo maiores margens e fatias de mercado. No entanto, com as mudanças em sentido global, além dos fatores econômicos e estruturais, outros começam a fazer parte da responsabilidade das empresas, que são as questões do meio ambiente natural e as questões sociais. Para que as organizações possam contribuir para a sustentabilidade devem modificar seus processos produtivos, quando for necessário, para se tornarem ecologicamente sustentáveis. Isto implica em construir sistemas de produção que não causem impactos negativos e que estejam contribuindo para a recuperação de áreas degradadas ou oferecendo produtos e serviços que contribuam para a melhoria da performance ambiental dos consumidores e clientes de uma indústria.
Outra preocupação que emerge é que uma volumosa camada da população mundial que sofre com a pobreza, fome e exclusão social. As empresas procuram resultados financeiros, ampliação de fatias de mercado e sobrevivência e manutenção de sua competitividade. A globalização da economia e o acirramento da competição mundial elevam a escala de produção, com a conseqüente busca da redução dos custos. Diante deste panorama as empresas passam a se reestruturar para se adequarem a esta nova percepção. As pressões sociais e restrições impostas fazem com que as empresas sejam forçadas a buscar formas de reduzir seu impacto ambiental e a melhorar sua imagem frente a sua responsabilidade social. Neste sentido, muito tem sido feito para a sustentabilidade do setor produtivo.
Nos últimos anos, as questões ambientais invadiram os negócios e mostraram a capacidade de se criar valor para clientes, acionistas e outras partes interessadas. As forças da globalização levaram empresas a incorporar a dimensão socioambiental na gestão. Hoje, as empresas querem associar suas marcas a projetos, iniciativas e parcerias com ONGs, divulgam as Metas do Milênio, os Princípios Pacto Global, ostentam as ISOs, apresentam relatórios. Por outro lado, os gestores recebem uma avalanche de informações, banalizando as práticas e as políticas de responsabilidade social e os processos de gestão. Parece que as preocupações estão mais direcionadas a mostrar que somos “socialmente responsáveis” e “sustentáveis” do que integrar a dimensão socioambiental nos negócios. E ainda se supõe que “sustentável” se refere aos aspectos ambientais e “responsabilidade social” aos aspectos sociais, e que sustentabilidade é um novo modelo de negócios, mais “moderno” do que responsabilidade social.
A idéia de sustentabilidade, ou desenvolvimento sustentável, começou em grande parte com a preocupação ambiental, que acabou por envolver as dimensões econômica e social e, a partir dos anos 1990, passou a incluir a responsabilidade social empresarial. A evolução do conceito de responsabilidade social é diferente. Sua origem está nas questões éticas que envolvem a relação entre empresas e sociedade e na filantropia empresarial. O conceito teórico de responsabilidade social originou-se na década de 1950, quando a literatura formal sobre responsabilidade social corporativa aparece nos Estados Unidos e na Europa. O conceito de desenvolvimento sustentável está hoje totalmente integrado ao conceito de responsabilidade social: não haverá crescimento econômico em longo prazo sem progresso social e também sem cuidado ambiental. Todos os lados devem ser vistos e tratados com pesos iguais. Mesmo porque estes são aspectos inter-relacionados. Da mesma forma que o crescimento econômico não se sustenta sem uma equivalência social e ambiental, programas sociais ou ambientais corporativos não se sustentarão se não houver o equilíbrio econômico da empresa. A figura a seguir apresenta a evolução de conceitos de RSE e sustentabilidade
O modelo da sustentabilidade é uma nova forma de fazer negócios, que tem como pressuposto o novo papel da empresa na sociedade. Sustentabilidade e responsabilidade social trazem para o modelo de negócios a perspectiva de longo prazo, a inclusão sistemática da visão e das demandas das partes interessadas, e a transição para um modelo em que os princípios, a ética e a transparência precedem a implementação de processos, produtos e serviços. Exemplos: AÇÃO VERDE: Formado por entidades do setor produtivo de Mato Grosso, o Instituto Ação Verde é uma Organização Social de Interesse Público (Oscip) direcionada ao fomento de práticas sustentáveis. A Aprosoja é um dos membros mais atuantes da Ação Verde, tendo participado de sua fundação. Você pode conferir notícias sempre recentes sobre a atuação do instituto no site www.acaoverde.org.br. A Aprosoja possui o Certificado de Neutralização de Gases de Efeito Estufa - Selo Empresa Responsável: Floresta Viva, por promover ações de neutralizações de gases poluentes através da compra de créditos de carbono.Através do Instituto Ação Verde, foi mensurada a quantidade de Carbono emitida direta e indiretamente pelas atividades realizadas pela Aprosoja e a partir desse estudo foi calculada a quantidade de árvores necessárias para equilibrar a emissão desse gás na atmosfera. Como medida de compensação ambiental, a associação e o instituto plantaram as árvores nas margens do Rio Cuiabá, ação que também contribui para recuperação e preservação da área degradada.
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL VERSUS EMPREENDEDORISMO
A situação do meio ambiente no Globo desafia a humanidade a preservar os recursos naturais e, ao mesmo tempo, possibilitar um desenvolvimento social justo, permitindo que as sociedades humanas atinjam uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos, colocando em ação todas as premissas do desenvolvimento sustentável. A necessidade de consolidar novos modelos de desenvolvimento exige a construção de novas alternativas de utilização dos recursos, orientada por uma racionalidade ambiental e uma ética da solidariedade. Nesse contexto, surgem inúmeras oportunidades de empreender impulsionando o desenvolvimento sustentável e construindo um novo conceito de negócios, o eco empreendedorismo, orientado na busca de inovações que proporcionem benefícios ao meio-ambiente e à sociedade e, como contra partida, garantir uma alternativa sustentável de geração de riqueza tanto para empresa como para sociedade em geral. O conceito eco empreendedorismo tem como proposta empreender de forma sustentável, utilizando inovações ligadas à prática ecologicamente correta.
É o empreendedorismo com foco na sustentabilidade ambiental, de acordo com os princípios do desenvolvimento sustentável. Os negócios relacionados ao meio ambiente estão em intenso crescimento, gerando várias oportunidades dentro deste nicho de negócios sustentáveis, proporcionando, assim, algum tipo de benefício para o meio-ambiente, seja na prevenção ou na remediação de problemas gerados pelo processo produtivo e na criação de produtos. “É o segmento de mercado que reúne produtos e serviços que se propõe solucionar problemas ambientais ou que utilizam métodos mais racionais de exploração dos recursos naturais para a produção de bens e serviços, baseando-se nos critérios de sustentabilidade” (REIS, 2005)
Empresas Eco empreendedoras:
Empresas: Ramo de negócio:
Cooperativa Bambuzerias de Mato
Grosso
Móveis e Artesanato
RockAll Fertilizantes orgânicos
Cristalino Jungle Lodge Ecoturismo
Cerâmica Lavaqui Cerâmica e Construção Civil
Cooperatriva BioAgrepa Produtos orgânicos
O Balanço Social é um mecanismo utilizado pelas empresas para tornarem públicas as suas intenções e compromissos, visando à transparência de suas ações no exercício da responsabilidade social corporativa (RSC), trazendo informações qualitativas e quantitativas.Relatório de Sustentabilidade Empresarial, Balanço Social Corporativo, Relatório Social e Relatório Social-Ambiental são outros nomes utilizados pelas organizações, especialistas e acadêmicos para designar o material informativo sobre a situação da organização em relação a questões sociais e ambientais.
O Balanço Social (ZARPELON, 2006) tem como foco demonstrar publicamente que a intenção da organização não é somente a geração de lucros com um fim em si mesmo, mas o desempenho social. Este é obtido através do compromisso e da responsabilidade para com a sociedade, por meio da prestação de contas do seu desempenho sobre o uso e a apropriação de recursos que originalmente não lhe pertenciam. Também do ponto de vista da melhoria da imagem da organização, o Balanço Social é um mecanismo bastante utilizado.
O Instituto Ethos (2009) afirma que o Balanço Social é um meio de dar transparência às atividades corporativas, de modo a ampliar o diálogo da organização com a sociedade. É também uma ferramenta de gestão da responsabilidade social, pela qual a empresa entende de que forma sua gestão atende à sua visão e a seus compromissos estabelecidos em relação ao tema da Responsabilidade Social Empresarial (RSE), e em direção à sustentabilidade. É importante enfatizar que este não é um modelo fixo, mas uma estrutura que pode ser usada como base. Com o objetivo de orientar as organizações na aplicação desta estrutura foi elaborado um Guia de Elaboração. Ele não pretende eliminar a necessidade de ajuda externa na preparação do balanço social, mas contribuir para a estratégia de ação a ser empreendida e os passos essenciais a serem dados. (ETHOS, 2009)
Quantias monetárias que foram investidas na tentativa de trazer retornos à sociedade podem ser encontradas no rol de informações do balanço social, bem como publicações pertinentes aos projetos implantados pela organização na área social, variando conforme o modelo aplicado. Além disto, o balanço social não está restrito a empresas privadas, pois é passível de utilização por organizações sem fins lucrativos, haja vista que pode fazer parte do escopo das políticas internas que a regem, sendo pertinente para esta realizar um demonstrativo de suas ações no âmbito social. O balanço social pode ter ainda como norteador a incorporação de indicadores de desempenho ou desenvolvimento social, procurando demonstrar a eficiência das estratégias e ações realizadas pela organização. Há um debate também sobre a necessidade ou não de tornar os balanços das empresas obrigatórios e regulados.
3 CONCLUSÃO
A sustentabilidade empresarial é uma realidade no Brasil, isso demonstra que inúmeras empresas preocupam-se com o futuro do país. Empreender de maneira sustentável vem sendo o foco das instituições, pois isso trás inúmeros benefícios a elas, visto que os clientes, investidores, sociedade em geral valorizam as ações promovidas por essas empresas. A contabilidade tem papel importante nesse aspecto, pois precisa desenvolver relatórios confiáveis que acarretem essetipo de informações e mais do que isso precisa ter profissionais que tenham a exata dimensão do que significa uma contabilidade voltada para as questões ambientais e sociais.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Fernando. O Bom Negócio da Sustentabillidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira , 2002.
< http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/sustentabilidade_empresarial.html>.
< http://www3.ethos.org.br/cedoc/responsabilidade-social-empresarial-e-sustentabilidade-para-a-gestao-empresarial>
< http http://www.aprosoja.com.br/sustentabilidade/acao-verde>
ZARPELON, Márcio Ivanor. Gestão e responsabilidade social: NBR16.001/SA 8.000. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006.
Instituto Ethos. Introdução ao Balanço Social. Disponível em: < http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/guia_relatorio/default.htm>. Acesso em: 27 de Abril. 2013.
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