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Controle Ou Monitoramento Ambiental

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Por:   •  15/10/2014  •  3.465 Palavras (14 Páginas)  •  579 Visualizações

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Universidade Tecnológica Federal do Paraná -

Toxicologia

I.

I.1. Controle ou Monitoramento Ambiental

O monitoramento ambiental visa determinar os níveis de agentes químicos no ambiente ocupacional, para avaliar uma exposição potencial, isto é a quantidade do agente químico que pode alcançar os organismos vivos. Assim, com base nos dados obtidos e no conhecimento do risco toxicológico das substâncias, é possível evitar que a contaminação atinja níveis perigosos.

Pode se definir monitoramento ambiental como:

“A medida e a avaliação, qualitativa e quantitativa, de agentes químicos no ambiente ocupacional para estimar a exposição ambiental e o risco à saúde, comparando os resultados com referencias apropriadas”.

Este controle foi por vários anos efetuado como único modo de se prevenir o aparecimento de alterações nocivas para a saúde decorrentes da exposição ocupacional. Baseia-se na definição, para um grande número de substancias químicas, como a concentração no ar abaixo da qual nenhum efeito tóxico deverá ocorrer em pessoas normais e na vigilância para que a exposição ocupacional não ultrapasse esses limites. Esse controle considera que os agentes tóxicos penetram no organismo por inalação.

Para se estabelecer as concentrações máximas para uma exposição ocupacional uma série de informações cientificas são exigidas, tais como: os conhecimentos das propriedades físico-químicos; investigações toxicológicas sobre toxicidade aguda, sub- aguda e crônica pelas diversas vias de introdução; experimentos em animais e observações no homem. Pode se notar, que os estudos para a fixação dos limites permissíveis são complexos e dispendiosos, e apenas alguns países os realizam. Assim os EUA, “URSS”, Alemanha, Suécia e Tchecoslováquia determinam esses limites, enquanto outros paises, como a Inglaterra, Argentina, Peru, Noruega, Brasil etc, adotam os limites dos EUA com as adaptações necessárias as condições de trabalho em cada país.

No Brasil estas adaptações são feitas de acordo com a área, podendo ser do Ministério do Trabalho, da Saúde, etc. A NR-15 (Norma Regulamentadora nº 15, 1978, Ministério do Trabalho, utiliza os valores adaptados da ACGIH-USA de 1977. Estes valores foram reduzidos em 78% em virtude da jornada semanal no Brasil ser de 48 horas, naquela época (até 1989), com relação às 40h preconizadas pela ACGIH).

Os Limites de Exposição Ocupacional – LEO, propostos pela ACGIH - USA (American Conference of Governamental Industrial Hygienist), são os chamados TLV’s onde:

TLV (THERESOLD LIMIT VALUE) “referem-se às concentrações das substâncias dispersas na atmosfera que representam as condições sob as quais se acredita, que quase todos os trabalhadores possam estar expostos continua e diariamente, sem apresentar efeitos adversos à saúde”.

“Os valores de TLV são calculados para um período de 7 a 8h por dia, num total de 40h semanais, sem que isso traga danos para a sua saúde. O TLV é uma média que permite flutuações em torno dela, desde que no final da jornada de trabalho o valor médio tenha sido mantido.”

Os principais tipos de TLV são:

 TLV – TWA (Time Weight Average) – È a concentração média ponderada pelo tempo de exposição para a jornada de 8h/dia, 40h/semana, à qual praticamente todos os trabalhadores podem se expor, repetidamente, sem apresentar efeitos nocivos.

 TLV –STEL ((Short Time Exposure Limit) – É a concentração na qual os trabalhadores podem se expor, por um curto período, sem apresentar efeitos adversos. O tempo máximo de exposição aos valores do TLV- STEL é de 15 minutos, podendo ocorrer, no máximo, 4 vezes durante a jornada, sendo o intervalo de tempo entre cada ocorrência de pelo menos 60 minutos. O TLV – TWA não pode ser ultrapassado ao fim da jornada.

Os valores de TLV – STEL devem ser vistos como complementos dos valores de TLV – TWA. Na verdade servem para controlar flutuações das concentrações das substâncias acima dos valores de TWA estabelecidos. Os valores de TLV – STEL são determinados para substâncias que apresentam efeitos nocivos agudos, prioritariamente aos efeitos crônicos.

 TLV – C (Ceiling) – É a concentração máxima permitida que não pode ser ultrapassada em momento algum durante a jornada de trabalho. Normalmente é indicado para substâncias de alta toxicidade e baixo limite de exposição.

“Contudo devido a grande variação na suscetibilidade individual uma pequena % de trabalho pode sentir desconforto diante de certas substâncias em concentrações permissíveis segundo os LTs, ou mesmo abaixo deles: um número menor pode ser mais seriamente afetado pelo agravamento de uma condição pré- existente ou pelo desenvolvimento de uma doença ocupacional”, absoluto e não pode ser em nenhum momento. Nos EUA esse valor máximo é adotado para algumas substâncias com sigla TLVc,como foi visto acima.

Esquematicamente tem –se

LT - Os limites de exposição ocupacional da NR-15, no Brasil, são chamados de Limites de Tolerância (LT) e são compilados das tabelas dos valores de TLV-TWA e se referem às concentrações médias máximas que não devem ser ultrapassadas numa jornada de 8h/dia, 48 horas/semana. É também uma média que permite flutuação ao longo da jornada de trabalho. Os LT brasileiros são extrapolados dos TLV através de uma média aritmética.

Nos EUA é calculado periodicamente o chamado nível de ação (NA), ou seja, a concentração a partir da qual os controles médicos e periódicos devem ser iniciados. De acordo com a legislação Brasileria e recomendações internacionais o NA corresponde a uma concentração igual a metade das concentrações máximas permitidas.

Onde:

NA = Nível de Ação

LEO = Limite de Exposição Ocupacional

Esquematicamente têm-se:

HISTÓRICO DOS LIMITES DE TOLERÂNCIA

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