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Desperdicio Alimentos

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Por:   •  9/11/2014  •  1.412 Palavras (6 Páginas)  •  251 Visualizações

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Desperdício de Alimentos

Robert van Otterdijk:Perda de alimento e desperdício referem-se à redução quantitativa ou qualitativa do alimento disponível para consumo humano por meio da cadeia de abastecimento agrícola. Essa redução ainda é considerada perda ou desperdício mesmo que essa sobra seja redirecionada para alimentação de animais ou vire adubo. Qualquer produto agficola destinado ao consumo humano, mas que tenha outro fim, é considerado perda ou desperdício.

Perdas quantitativas referem-se à queda da produção agrícola, por exemplo, 7 toneladas de batata em vez de lO. Já a perda qualitativa tem a ver com alteração das propriedades fisicas dos produtos agrícola, como queda de valor nutricional, da cor e da consistência.

A perda de alimento está relacionada à diminuição desintencional da produção agrícola. É normalmente resultado da ineficiência da cadeia alimentícia, da colheita feita de forma imprópria, do armazenamento inadequado, falta de infraestrutura e falta de acesso aos mercados. Tudo isso acontece tipicamente durante a produção agficola e nos estágios de processamento da cadeia.

O descarte não intencional de produtos agrícolas tem várias causas. Um prodntor pode achar que os preços estão muito baixos para cobrir os custos da colheita e do transporte e, por isso, deixar que a produção estrague no campo. Um supermercado pode descartar batatas velhas porque os clientes compram somente as que acabaram de chegar, mesmo que as mais antigas estejam boas para o consumo.

Perda de alimento, portanto, refere-se à remoção acidental de comida dessa grande cadeia, tipicamente conduzida por produtores rurais ou por aqueles que processam o alimento nos primeiros estágios dessa cadeia. Desperdício de alimento refere-se ao descarte deliberado de comida da cadeia alimentícia, conduzido tipicamente por varejistas e consumidores no fim da cadeia.

As estatísticas apontam que 1,3 bilhão de toneladas de alimento são desperdiçadas por ano. De onde vem esses números? Como é possível fazer um cálculo desse?

O estudo da FAO sobre perda e desperdício de alimento no mundo foi um metaestudo baseado em dados disponíveis sobre esses temas, lsso significa que estudos existentes foram analisados, e as perdas em diferentes regiões e para diferentes produtos foram calculadas. O dado aponta que o desperdício mundial de alimento é de um terço, aproximadamente 33% é uma perda total média.

No entanto, a maioria desses estudos foi feita com metodologias diferentes e suas conclusões podem, portanto, variar. Em algumas áreas e para alguns grupos de produtos não existiam estudos disponíveis. Nesses caso, os números foram calculados com base em informações similares quanto à geografria, área sociopolítica e produtos com qualidades similares.

Uma das principais tarefas da iniciativa Save Food (Pensar, Comer, Conservar) é agora analisar cadeias específicas em países específicos - como a cadeia do milho no Quênia e a cadeia do feijão na Índia - e ver se os resultados conferem com as estimativas. Nós também trabalhamos com parceiros, instituições de pesquisas e governos para desenvolver uma metodologia unificada. Poderemos, no

A consciência mundial está aumentando gradativamente. A FAO e outros parceiros trabalham há 40 anos nas perdas pós-colheita. No início, não se notava a enorme escala do desperdício e da perda porque as intervenções eram localizadas. Foi somente após o estudo global, quando essas questSes foram colocadas em uma escala mundial, que se percebeu o tamanho do problema. Ou, falando de outra maneira, o potencial que a redução do desperdício na produção tem para a produção mundial.

Vocês têm dados sobre o desperdício no Brasil?

O Brasil é um dos países líderes quando se trata de combater a perda e o desperdício de alimentos. O projeto Fome Zero é famoso em todo o mundo e foi fundado pelo atual diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva. O programa tem como objetivo garantir a segurança alimentar e nutfieional do Brasil.

Com base na constatação de que uma única intervenção não poderia resolver o problema, 30 programas complementares foram criados, incluindo novas leis, subsídios de comida, apoio à agricultura familiar, alimentação escolar, aulas de culinária e alimentação saudável, melhoria dos mecanismos do mercado de alimentos e redução de desperdício. Juntas, essas iniciativas reduziram a desnutrição crônica no Brasil em 3o%, com melhorias nas condições de vida e aumento da geração de renda em muitas das áreas mais pobres do pais.

O Ministério da Agricultura e o Serviço Social da Indústria (SESI) continuam com o programa de educação alimentar lançado em 2008 e estão ajndando mrtros lrat'ses ~ ~tprerrdere~rr etnrr e~~s experiências. Estudos separados sobre as perdas de alimentos e resíduos no Brasil serão lançados. O país também trabalha na iniciativa Diga não ao desperdício e no desenvolvimento da metodologia para que tenhamos resultados comparáveis, como mencionado anteriormente.

Quem são os culpados por tanto desperdício?

A resposta mais rápida é: todos nós. Perdas e desperdício ocorrem praticamente em rodas as partes da cadeia da indústria alimentícia e mudanças precisam ser implementadas em todos os lugares, desde a produção, malha rodoviária, armazenamento, mercados, distribuição, venda no varejo e comportamento do consumidor. Alterações nas leis e regulamentações precisam acontecer para facilitar isso.

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